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Escrito por José Joaquim

Os casos de pedofilia no futebol estão se proliferando no Brasil, atingindo os jovens que estão tentando a carreira nesse esporte.

Há pouco vimos no Espirito Santo, um treinador de um time formador ser preso por conta de tal procedimento. Esse dirigia o 138 Unidos da Vila, time de futebol de Vila Velha, cidade desse estado.

Tal prisão nos motivou a uma análise sobre o tema, que na realidade está atrelado a base social do jovem que busca no futebol uma saída econômica para a sua família.

Hoje o esporte transformou-se não somente um sonho para aquele que o deseja praticar, e sim na própria e pura sobrevivência.

Com a experiência de anos acompanhando campeonatos de categorias inferiores, detectamos que aquele conceito de décadas atrás, em que os pais tinham pavor de ver o filho jogando bola, atualmente não é mais visto como um fator do descaminho, e sim como sobrevivência.

Nas observações feitas, constatamos que o jovem que procura um clube, ou as diversas escolinhas de futebol, traz dentro de si o sentimento e a esperança de toda a sua família, de muitos irmãos e pais pobres.

O esporte tornou-se um porto seguro, com um navio ancorado, em que o futuro atleta poderá dar uma melhor vida para os seus familiares.

Saem de casa cedo, acomodam-se em precários alojamentos, mas que para esses representam um avanço, posto que residem em lugares muitas vezes apertados e sem condições, e com a sua ausência é menos uma boca a alimentar-se e, quem sabe, no amanhã estará levando a comida aos seus entes.

Nesse momento ficam vulneráveis aos predadores.

Verificamos a ânsia que os pais acompanham os seus treinamentos, e muitas vezes promessas são feitas aos santos padroeiros, para que sejam aprovados no clube onde estão treinando.

Quantos bilhetes de recomendação chegam às entidades, encaminhando um futuro atleta, quantas mães levam seus filhos para os treinamentos, com o pensamento voltado para o futuro, que esses sejam profissionais e consigam dar-lhes uma melhor situação.

A escola é deixada de lado, para dar lugar ao esporte. A base social do nosso futebol motiva a falta de preparo intelectual dos atletas, que é notado nas entrevistas que são realizadas após os jogos, pois no anseio de se tornarem profissionais, abandonam tudo, casa, família e a escola, essa fundamental para a sua preparação.

No modelo americano, a educação é a base de tudo, a escola é que abre as portas para os atletas, mas no Brasil tudo corre de forma inversa.

Se tivéssemos uma educação com escolas públicas providas de praças de jogos, esses certamente teriam na base escolar o primeiro caminho, não a ilusão de uma escolinha, que de mil participantes aproveitam cinco, e os demais voltam para casa sob o manto da desilusão, assim como os seus familiares, que tinham a esperança de melhorar o padrão de suas vidas.

Falta uma orientação básica, inclusive nos próprios centros de formação, onde os jovens deverão ser orientados para a necessidade dos estudos, pois muitos não serão captados pelo futebol, e assim mesmo esse esporte é cruel, desde que a maioria de seus praticantes quando encerram suas carreiras ficam sem destino.

O São Paulo é um dos clubes brasileiros que une a escola ao futebol nas suas bases. Um bom exemplo.

Escrito por José Joaquim

Relutamos em publicar esse artigo por conta do título, que achamos bem duro, mas após ouvirmos alguns amigos resolvemos posta-lo pelo seu conteúdo que sem duvidas é inteligente e com uma alta dose de realidade.

A autora é Mariliz Pereira Jorge, colunista da Folha de São Paulo, que trata o tema com uma grande sabedoria na comparação com o momento brasileiro, fato esse que é o normal dessa jornalista que é uma das mais brilhantes do pais. Um pena rara no meio de tantas baboseiras. 

¨BRASIL, UM PAIS DE CORNOS¨

Ser corno é uma das piores coisas da vida. Levamos muito tempo negando o que todo mundo já sabe, que a gente é corno. O chifrudo é quase sempre um iludido, ludibriado, crente. É traído em suas convicções, em suas paixões, em sua lealdade.

Tenho pena do cornudo. Já fui uma. Quem nunca? Quem nunca ficou cego pela fantasia do amor, inebriado pelas promessas de felicidade, um tanto emburrado em prol da relação fracassada.

Ahhh, os cornos. Coitados deles, coitados de nós. Vimos nos últimos dias que o Brasil é um país de cornos. O pior tipo de chifrudo, aquele que é usado, enganado, passado para trás, descobre a traição, vê as provas, uma, duas, três vezes e continua em negação.

Diz ele que todo mundo é cornudo, que a vida é assim, que ele foi chifrado menos vezes do que os outros, que foi corneado para tirar os pobres da miséria, que aceita todos os defeitos morais do seu ídolo para não deixar o Brasil virar a Venezuela, que antes corno do que socialista, que prefere ser corno porque pelo menos agora os pobres podem andar de avião.

Com vocês o corno de político. Mas desses não dá para ter pena. Corno de politico merece toda a traição.

Brasília acabou. A política brasileira acabou. Cerca de 1/3 de nosso Congresso aparece na lista do ¨fim do mundo¨. Ministros, governadores, prefeitos. Todos lá na delação de uma única empresa. Tem gente se gabando que esse ou aquele político não são citados. Ora, não são citados porque eram inexpressivos.

Não são citados nesse escândalo. É ingenuidade acreditar que todas as estatais federais e estaduais não estejam sujas também. Mas tem gente que acredita. Como eu disse, bando de cornos.

Emilio Odebrecht disse que o Brasil funciona assim há 30 anos. Ou seja, ele diz que é prática na gestão de todos os presidentes do Brasil democrático. Podemos considerar que a corrupção é também democrática, passou de um presidente para outro.

Contemplou governadores, prefeitos, políticos do legislativo de todas as esferas.

Não sobra um.

O que todos os brasileiros deveriam fazer? Deixar essa gente, os políticos, abandonada, sem respaldo, sem apoio, com medo de sair nas ruas. Engolir o orgulho, enxugar as lágrimas de decepção, assumir o chifre, abraçar os ¨inimigos¨, encher as ruas de gente e pedir a cabeça do presidente e do Congresso inteiro. 

O que as pessoas fazem desde anteontem? Saem em defesa de políticos. Continuam se matando nas redes sociais. Discutem quem é mais ou menos corrupto. Tem corno #Lula2018, corno #bolsomito, corno #Dilmãe, corno #volta FCH. Acredite tem corno na página de Paulo Maluf defendendo a sua honra. Só não vi, por enquanto, corno do Picolé de Chuchu, porque a pessoa é muito sem carisma mesmo.

Fala-se na articulação de um pacto entre Temer, Lula e FHC pela ¨sobrevivência¨ dessa classe política podre atingida pela Lava Jato, incluindo os três.

Enquanto isso nós, o bando de chifrudos, continua como uma torcida histérica ajudando a salvar um monte de bandido e a acabar de afundar o que restou do Brasil.

Atrás de um corno manso há sempre um político feliz. E rico. Estamos de Parabéns.

NOTA DO BLOG: Solicitamos dos nossos visitantes que façam uma transposição desse artigo para o futebol, e irão identificar os mesmos procedimentos.

Por outro lado devemos separar o joio do trigo, desde que existem políticos honestos que deveriam juntar-se à sociedade para uma limpeza geral. 

Escrito por José Joaquim

Ao ouvirmos os vídeos com as delações premiadas dos executivos da Odebrecht, quando mostraram as propinas por conta das construções das Arenas para a Copa do Mundo, e das obras das Olímpiadas no Rio de Janeiro, ficamos na certeza de os legados ficaram no que foi pago pela construtora aos políticos.

Já tínhamos um péssimo exemplo em 2007, quando o Rio de Janeiro sediou o Pan-Americano, que deixou um legado de superfaturamento de obras, e um Engenhão com o teto caindo, passando dois anos para ser reformado, e de um velódromo destruído.

Nos lembramos das cenas com o ex-presidente Lula comemorando o sediamento em nosso país dos dois grandes eventos.

Na verdade a alegria era a certeza de que o troco seria dado com a distribuição de propinas, da qual esse hoje é acusado.

Os legados tão propalados nas cidades sedes foram poucos no caso da Copa do Mundo, do lado esportivo os equipamentos olímpicos que foram implantados estão abandonados após a Rio-2016.

Tantas obras, tantos recursos, tanta roubalheira, deixando de lado a priorização dos esportes.

O equivoco maior foi o de pensar que a construção de equipamentos resolveria tudo, e que tanto o futebol, quanto os olímpicos seriam impulsionados.

Aconteceu o inverso, o futebol sem público, sem grandes jogadores e um grupo de times medianos, fingindo que são bons por conta de uma mídia ufanista, enquanto nos esportes olímpicos é muito latente a estagnação.

O fato novo está representado na bandalheira de algumas entidades, com seus cartolas aproveitando-se dos recursos públicos que foram disponibilizados.

Na realidade faltava, como ainda falta ao país a ampliação das praticas esportivas necessárias para a sua população, e principalmente as condições de acesso para todos.

É o que chamamos de massificação.

Nunca se falou tanto em esportes como nos últimos anos, e os eventos que foram realizados não deram o impulso pretendido, a não ser nas listas das delações.

Pouco se fez para que a população se integrasse nas práticas esportivas, cujo primeiro e mais importante passo seria a implantação racional nas escolas públicas, que poderão formar um grande celeiro de possíveis novos praticantes.

A escola deixaria de ser uma fornecedora de merenda escolar e cabide para as eleições dos que comandam o setor nos diversos estados, inclusive no governo federal, para se tornar o centro impulsionador não apenas da cultura, como também dos esportes.

Falta ao país um sistema nacional de esportes que possa integrar o município, o estado e a nação, em busca do mesmo objetivo.

Não queríamos legados da corrupção, como estamos presenciando, e sim de algo que pudesse trazer os esportes para a população, e em especial para as escolas.

O resto é pirotecnia de políticos espertos.

* Charge do Diário de Cachoerinha.com 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DE PÊNALTI SANTA CRUZ VENCE O SALGUEIRO

* Assistimos na tarde de ontem dois jogos da Premier League, e em um deles fomos contemplados mais uma vez pelo futebol jogado pelo imparável Tottenham, que goleou por 4x0 o Bournemouth.

O técnico argentino Mauricio Pochettino, tem realizado um trabalho sensacional à frente desse clube, que completou sete vitorias seguidas na competição, e o 12ª consecutiva como mandante. 

Com essa conquista reduziu a diferença para o líder Chelsea para 4 pontos, sendo que esse irá jogar no dia de hoje contra o Manchester United, um clássico de rivalidade, que não existe favoritismo.

Um tropeço dos Blues, a Premier League irá pegar fogo na sua reta final.

No outro jogo mais uma vez o Manchester City embora tenha ganho com facilidade do Southampton por 3x0, sofreu muito no primeiro tempo que terminou empatado em 0x0.

Está faltando ao time de Guardiola um algo mais.

No período da tarde assistimos um bom jogo pelo estadual Catarinense, entre Chapecoense e Joinville, com a vitória do primeiro por 2x0, conquistando o segundo turno, e irá disputar a final contra o Avaí.

O time de Chapecó tem que ser estudado, em especial a sua gestão, que montou um grupo competitivo em pouco tempo, após a tragédia da Colômbia, e esse está seguindo o modelo do anterior, que conquistou a cidade com os seus feitos.

Enquanto isso no Arruda, o Santa Cruz mais uma vez conseguiu uma vitória produzida pela bola parada. Dessa vez através de um pênalti, que se fosse ao contrário não seria marcado.

O jogo foi fraco tecnicamente, com o Salgueiro dono do primeiro tempo, perdendo várias chances de gol, e o tricolor perdido sem conseguir chegar a meta do adversário.

Na segunda fase, sentimos que o time do Sertão cansou, o Santa Cruz melhorou, passou a atacar, achando a penalidade que lhe deu a vitória por 1x0, e agora joga pelo empate no jogo de volta como mandante.

Pelo menos alguma coisa boa aconteceu, com o público de 22.056 torcedores, somando-se os pagantes, e não pagantes, embora o futebol em si tenha deixado muito à desejar.

A decisão está aberta, e de tudo pode acontecer. 

NOTA 2- MAIS UM EX-CLÁSSICO DAS MULTIDÕES

* Na tarde de hoje, no horário digno, teremos o terceiro ex-classico das multidões pelo estadual local.

O quarto jogo entre Sport e Náutico será realizado no final de semana. Uma overdose de jogos com os mesmos clubes, que vem afastando os torcedores dos estádios.

Para que se tenha uma ideia, as duas primeiras partidas tiveram a presença de 7.620 testemunhas, o que mostra de forma clara que existe algo de errado em nosso futebol.

Quanto ao jogo, o Sport é o favorito, com a obrigação de ganhar, por conta das diferenças financeiras entre os contendores.

A folha salarial do Náutico representa apenas 10% do valor total pago mensalmente pelo time rubro-negro.

André terá a obrigação de marcar 4 gols como Fred no último jogo do Atlético-MG pela Libertadores, por conta do seu valor milionário.

Quanto ao alvirrubro, no papel do menino pobre, tentará pregar uma peça no milionário elenco, que não será impossível de acontecer, e para tal basta que esse atue da maneira que se apresentou nos seus últimos jogos, em especial o do Joinville. 

Esperamos que o público tenha uma melhora, desde que trata-se de uma semifinal do estadual local.

NOTA 3- UMA CPI DOS INVESTIGADOS

* Romero Jucá é o campeão de inquéritos autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, com base nas delações da Odebrecht.

Mas na verdade esse não é o único componente da CPI do Futebol que não deu em nada, apenas em um relatório paralelo assinado pelos senadores Romário e Randolfe Rodrigues, que pediu o indiciamento de vários cartolas.

Mais quatro senadores que estavam na Comissão estão na lista de Fachin, numa demonstração de que essa só poderia terminar em uma grande pizza, como de fato aconteceu. 

O relatório de Jucá não indiciou ninguém, apenas fez algumas sugestões. 

A CPI ficou uma Comissão Parlamentar de Investigados.

NOTA 4- O EXCESSO DE CLASSICOS REDUZIU O PÚBLICO NO ESTADUAL CARIOCA 

* O Campeonato Carioca já realizou 10 clássicos, e irá chegar a 15 até o seu final. Uma mercadoria banalizada reduziu o seu poder de venda, e isso aconteceu com relação ao público e bilheterias.

No ano de 2016 foram 14 jogos, com uma Receita de R$ 18.537.793, Lucros dos Clubes, R$ 8.709.920, e taxas da FERJ, R$ 1.774.457.

Na temporada atual, com 10 jogos, a Receita atingiu R$ 6.210.240, Lucros dos Clubes, R$ 3.533.644, Taxas da FERJ, R$ 631.937. Uma queda brutal que não será recomposta nos 5 jogos que serão ainda realizados.

Um fato que deve ser destacado além dessa queda, foi o valor do ticket cobrado, que caiu de R$ 48,00 (2016), para R$ 38,98 (2017), ou seja, nem o ingresso mais barato motivou a ida dos torcedores aos estádios.

A média do publico nos clássicos foi de 24.000/jogo (2016), e 16.000 (2017).

O Flamengo arrecadou R$ 728.569,87, Fluminense (R$ 74.197,01), Vasco com um negativo de -R$ 62.812,42, assim como o Botafogo, com -R$ 386.584,24.

Tais números mostram o modelo do futebol brasileiro, que é gerenciado para ter prejuízo.

Os clubes adoram, desde que não reclamam e aprovam tudo.

NOTA 5- COMO É BOM SER FEDERAÇÃO

* Atualizamos o nosso mapa que contempla as receitas das Federações do Sudeste, demonstrando mais uma vez que essas lucram mais do que a maioria dos clubes filiados.

É algo que não conseguimos entender, desde que as entidades não tem jogadores, não tem times, e atuam apenas como um cartório.

A Federação Paulista de Futebol arrecadou no estadual R$ 1.846.125,02, mais do que 13 clubes disputantes.

Só perdeu para o time do Palmeiras  (R$ 6.659,807), Corinthians (R$ 4.171.451) e São Paulo (R$ 3.504.521).

A entidade bateu o Santos, que teve uma receita de R$ 1.562.339,39.

No Rio de Janeiro que continua lindo, apesar de ter sido assaltado por 11 anos, a FERJ teve uma receita maior do que a de todos os clubes participantes.

A entidade somou R$ 827.790,40, contra R$ 452.572,53 do Flamengo, que foi o clube que mais arrecadou. Enquanto isso o Vasco da Gama tem um prejuízo de -R$ 621.644,52 e o Botafogo pagou para jogar e está no vermelho com -R$ 1.418.949.

No Espirito Santo os números são modestos, mas mesmo assim a Federação local cobra 8% dos jogos dos seus times, que terão apenas representantes na Série D Nacional.

A entidade arrecadou R$ 15.479,96, e só dois clubes tiveram números maiores, o São Mateus, R$ 30.180,07 e o rebaixado Rio Branco, R$ 20.031,90.

Um modelo como esse só Freud poderá explicar. São as Capitanias Hereditárias cobrando o seu foro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- NA ÉPOCA DOS MASCATES

* O Santa Cruz e Salgueiro se enfrentarão em um horário bem esquisito, 18h30 do sábado de Aleluia, no primeiro jogo das semifinais do pobre estadual de Pernambuco.

Trata-se de um encontro entre o pior dos quatro classificados no grotesco Hexagonal do Titulo, no caso o tricolor do Arruda, e o líder, o time do Sertão Central.

Um jogo que promete um bom equilíbrio por conta da paridade dos dois times.

O mais interessante foi a maneira do Santa Cruz vender os seus ingressos, com um carro de som nas ruas, nos lembrando dos antigos mascates que percorriam as cidades vendendo os seus produtos.

Olha a panela, olha a panela!!!

Na época da internet um modelo como esse, mostra na realidade que o nosso futebol está ruim nos gramados, como também fora desses.

NOTA 2- CUSTO BENEFÍCIO E O BOTAFOGO

* O Botafogo desde 2016 tem uma gestão com os pés no chão. Viveu momentos financeiros terríveis, e hoje já colhe os frutos de um modelo implantado em sua administração.

No Brasileiro de 2016 foi o 5º colocado, conseguindo uma vaga na Pré-Libertadores, tendo passado por essa e alcançado a fase de grupos.

Hoje está na segunda colocação do seu grupo, com seis pontos a mesma pontuação do líder Barcelona do Equador, e com chances altas de passar para a fase posterior.

O mais interessante e que mostra a realidade do clube, e o trabalho implantado, é que entre as dez folhas salariais dos times da Série A, o clube da Estrela Solitária é o 10º colocado.

O líder é o Palmeiras (R$ 10 milhões), seguido pelo Atlético-MG (R$ 9,0 milhões), Flamengo (7,5 milhões), Corinthians (R$ 7,0 milhões), Cruzeiro (R$ 6,7 milhões), São Paulo (R$ 6,0 milhões), Fluminense (R$ 5 milhões), Santos (R$ 4,3 milhões), Sport (R$ 4,2 milhões) e BOTAFOGO (R$ 2,5 milhões).

Isso é o que chamamos de custo/beneficio. 

NOTA 3- O FUTEBOL E AS PLANILHAS DAS PROPINAS

* O departamento de propinas da Odebrecht usava o futebol como modelo para escalar os políticos que iriam receber as ajudas eleitorais, ou em Caixa 1, Caixa 2, ou mesmo propinas. 

Centro-Avante- Presidente,

Meia- Governador,  

Volante- Deputado Federal,

Ponta- Senador,

Zagueiro- Deputado Estadual,

Goleiro- Base. 

Um deboche.

NOTA 4- BRIGAS E BOMBAS NO JOGO DA LIGA EUROPA

* Na última quinta-feira o início do jogo entre o Lyon e Brasikas, pelas quartas de final da Liga Europa, no Parc Olympique Lyonnais, teve de ser adiado em mais de 30 minutos.

O atraso se deu em decorrência de uma briga generalizada que começou do lado de fora do estádio, passou para as arquibancadas e levou torcedores a invadirem o campo em busca de refúgio.

O jogo era considerado como de alto risco, desde que as autoridades esperavam um ambiente tumultuado. Tal fato confirmou-se horas antes do seu início.

Um grande número de torcedores turcos faziam uma festa do lado de fora do estádio. Em pouco tempo, o ambiente festivo transformou-se em um cenário de guerra.

Bombas de fabricação caseiras explodiram e brigas foram iniciadas. Do lado de fora a segurança recorreu a uso de gás lacrimogênio e prendeu dois torcedores turcos.

A confusão que começou do lado de fora acabou indo para as arquibancadas do estádio. Os torcedores do Brazikas, que estavam no anel superior, começaram a lançar fogos de artifícios em direção aos franceses, que se viram obrigados a invadir o gramado como medida de precaução.

As imagens são impressionantes. Trinta minutos após a bola estava correndo.

Na realidade esse tipo de comportamento não é uma exclusividade do Brasil, desde que existem torcidas organizadas violentas em alguns países da Europa, e a Turquia é um desses.

NOTA 5- O DESEQUILÍBRIO NA LIGA DOS CAMPEÕES

* O CIES Football Obervatory constatou que em 21% dos jogos da atual edição da Liga dos Campeões, desde a fase de grupos,  a vitória se deu por 3 gols de diferença.

Apenas as Ligas de Áustria e Chipre tiveram um percentual de vitórias por 3 ou mais gols, com respectivamente, 22,5% e 21,5%.

Na outra Copa Continental, essa diferença foi vista em 13,5% da Europa League.

As cinco maiores ligas são as mais desequilibradas. Entre elas, a francesa Ligue 1 tem 17,9% de seus jogos com essa diferença, enquanto a Bundesliga tem esse resultado em 16,7% das partidas.

Para os analistas do CIES, essas diferenças estão ligadas ao poderio financeiro dos grandes clubes, evidenciado pelos números da Liga dos Campeões, enquanto nas Ligas menores o dinheiro é curto comparado com as grandes e médias, ou as mais tradicionais, o desempenho é equilibrado, e é mais difícil dois, três ou quatro clubes se distanciarem de forma maior dos demais.

Para esses, a crescente diferença entre uma parcela de clubes não é saudável e precisa ser combatida.

Nos comentários que acompanham esse levantamento, os analistas dizem que é preciso rever a distribuição dos direitos de transmissão e, ao mesmo tempo, mudar as politicas de recursos humanos, regulando as transferências de jogadores.