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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A JUVENTUS ATROPELOU O BARCELONA

* Nas conversas diárias que temos com o jornalista Claudemir Gomes, gostamos de dizer que quando assistimos os jogos do futebol europeu sofremos um processo de purificação por conta do que acontece nos gramados do Brasil, que já foi repleto de craques, e hoje é habitado por jogadores medianos e com pouca qualidade.

No dia de ontem um time encheu os nossos olhos com uma aula de futebol, a Juventus de Turim, que está fazendo renascer o bom futebol italiano.

Pela Liga dos Campeões, não tomou conhecimento do rival, o Barcelona e aplicou-lhe uma goleada de 3x0, dando um passo importante para a sua passagem com destino as semifinais da competição.

O futebol argentino apesar de esculhambado por conta da cartolagem, sempre produzindo bons jogadores e entre esses o jovem Paulo Dybala, da Velha Senhora, que foi o nome da partida, com a feitura de dois gols.

No time catalão o único que salvou-se foi Messi, mas tornou-se impotente para conseguir pelo menos um gol.

Neymar passou o tempo todo escondido, assim como Suárez, que pouco produziu.

Uma vitória incontestável de um time que jogou o futebol no chão, sem retrancas ou bolas aéreas.

Quem saiu lucrando foram aqueles que gostam de bons jogos.

A outra partida que seria realizada ontem, entre o Borussia Dortmund e Mônaco, foi adiada por conta de três explosões que afetaram o ônibus do time local, com vidros quebrados, e um jogador ferido, o espanhol Barta.

Foi remarcada para hoje,  e as autoridades locais ainda não conseguiram detectar os motivos e os mandantes de tais explosões.

NOTA 2- O SPORT E A OBRIGAÇÃO DE SER CAMPEÃO

* O dirigente maior do Sport Recife, antes do inicio do estadual declarou que não estava interessado nessa competição.

Na verdade, foi algo pensado, para dar a cobertura a um possível percalço que poderia acontecer

Existe um fato que não se pode esconder, que é o da obrigação da conquista do titulo pelo clube da Ilha do Retiro, por conta das distorção financeira desse em relação aos rivais.

Com uma folha salarial de R$ 4.5 milhões, enquanto a do Santa Cruz e Náutico são estimadas em R$ 540 mil e R$ 450 mil respectivamente, sem falarmos na do Salgueiro, que não ultrapassa a casa de R$ 200 mil, o clube da Ilha do Retiro torna-se o favorito absoluto, e uma derrota pelo caminho seria uma tragédia.

Além disso, seu elenco tem três atletas que custaram quase R$ 15 milhões nas suas contratações, que daria para pagar as folhas anuais dos dois outros grandes da capital.

Por outro lado, os únicos títulos que poderão ser conquistados pelo Sport, são os da Copa do Nordeste e do Estadual, desde que nas demais competições esse será apenas um figurante.

Dois clubes no Brasil tem a obrigação de ganhar os estaduais, o Palmeiras em São Paulo, e o rubro-negro em Pernambuco.

O resto é mi, mi, mi, como bem diz o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que não tem mais nada a fazer, e vive dando entrevistas.

NOTA 3- O FLAMENGO TEM UMA TABELA PARA SER CAMPEÃO BRASILEIRO

* O engenheiro catarinense Horácio Nelson Wendel, apaixonado por tabelas de campeonatos, ao analisar as rodadas do Brasileirão de 2017 apontou algumas falhas, e uma possível ajuda ao Flamengo em seus jogos.

Os times do Sudeste são beneficiados pelo  número de participantes, quando representam 55% do total. Os deslocamentos ficam mais curtos, inclusive aqueles dirigidos ao Sul, e isso também influencia nos locais de seus jogos. 

Com o sinal dado por Wendel  analisamos a tabela, e verificamos que realmente o rubro-negro da Gávea foi um premiado.

O Flamengo jogará três vezes seguidas na cidade do Rio de Janeiro, nas rodadas 7, 8, e 9, e mais três seguidas nas rodadas 11, 12 e 13.

Mais à frente o ciclo aumentou para cinco rodadas na capital carioca, ou seja, 21, 22, 23, 24 e 25.

Sem deslocamentos, a não ser do ônibus que levará o time para os jogos.

Por uma feliz coincidência o time da Gávea fará 11 jogos em casa e 1 jogo fora, em 2 períodos seguidos, de 12 rodadas.

O engenheiro tem razão, ou foi uma coincidência ou o Flamengo tem muita sorte.

São coisas do futebol nacional.

NOTA 4- UM JOGO DO PALMEIRAS SUPERA SEIS CLÁSSICOS DE PERNAMBUCO

* Os seis chamados clássicos entre os times de Pernambuco, que foram realizados no hexagonal do estadual, somaram 29.945 torcedores, entre pagantes não pagantes, convidados, aderentes, etc, já que todos são colocados no movimento financeiro com a missão de inflar os números. 

Um único jogo do Palmeiras no Allianz Parque supera o total apresentado pelos times de nosso estado.

Para que se tenha uma ideia exata, o público publicado no pós jogo de Santa Cruz e Náutico foi de 5.055 torcedores, com uma renda de R$ 23.710,00.

Numa analise matemática tal número não foi o real, desde que ao dividirmos encontramos o preço médio do ingresso em R$ 4,70, totalmente distante do praticado que foi de R$ 25,00, ou seja teve muitos não pagantes nas arquibancadas do tricolor.

A média de público das seis partidas entre os antigos grandes da capital foi de 4.991 por jogo, fato esse que jamais aconteceu na história do nosso futebol.

No ranking geral dos públicos na temporada de 2017, a presença dos pernambucanos é grotesca. O Sport é o 24º com 5.507 pagantes, 16% de ocupação, o Santa Cruz na 34ª posição com 3.670, ocupação de 6,6%, Salgueiro no 49º lugar, com 10% de ocupação e finalmente o Náutico, na 50ª, com 3% de ocupação.

Na verdade essa é a chamada Caravana da Miséria desfilando nos diversos estádios, sob os aplausos de nossas mídias.

NOTA 5- DOIS JOGOS PELA COPA DO BRASIL

* A Quarta Fase da Copa do Brasil será iniciada na noite de hoje no pornográfico horário das 21h45.

Manda quem pode, obedece quem tem juízo.

Na Ilha do Retiro, o Sport recebe o Joinville e no Beira Rio, o Internacional enfrentará o Corinthians.

O rubro-negro de Pernambuco tem boas condições de sobrepujar a equipe catarinense, embora esse tenha crescido no segundo turno do seu estadual, onde ocupa a segunda colocação com a mesma pontuação do líder Chapecoense.

Quanto a partida de Porto Alegre, essa é por demais importante para o Colorado, que tem nessa Copa algo de bom para a recuperação de sua autoestima.

Escrito por José Joaquim

O Brasil perdeu a sua capacidade de indignação, quando a sociedade convive com os desmandos, com a gatunagem, como fossem fatos normais.

O caso da prisão do presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos CBDA) teve alguns momentos de divulgação, mas sem provocar a repulsa da sociedade esportiva, talvez por conta dos recursos que estão sob a mira da Justiça serem pequenos com relação aos da Petrobras e do povo brasileiro.

A faixa ¨Somos Todos Bruno¨, aberta na arquibancada do estádio de Varginha foi o atestado de que estamos perdendo o que restava a um povo assaltado no dia a dia, que era a sua vergonha.

No futebol a indignação já morreu há muito tempo. Esse esporte virou uma esculhambação geral, com um bloco desfilando nas ruas de diversas cidades.

O Circo domina os clubes, e o maior exemplo foi o de uma reunião convocada para que fosse discutida a manobra estudantil dessa entidade com a reforma do seu Estatuto, que só contou com a presença de apenas seis filiados, e com a ausência dos paulistas, muito embora essa tenha sido realizada na sua cidade.

Na realidade vivemos uma era em que a podridão é aplaudida, e quem a combate é execrado por conta de um trabalho digno para a sociedade.

Cartola de futebol é como biruta de aeroporto, segue com o vento, e quando esse é mais forte permanece por mais tempo no lugar. Não vamos mudar nunca, desde que a parte mais interessada deseja continuar com esse sistema reinante.

O futebol brasileiro morreu, embora as mídias insistam em mantê-lo vivo, mas contra os fatos não existem argumentos.

Sem comando sério nada será modificado. O Circo do Futebol não tem credibilidade para efetuar mudanças, o retorno todos nós estamos acompanhando.

Estádios vazios, públicos grotescos, uma morte de um torcedor depois do BAVI, brigas entre torcedores antes e depois do jogo Vasco e Flamengo, com várias prisões efetuadas, um quebra-pau entre jogadores do Atlético-PR e Paraná logo após o jogo entre esses, briga de torcidas em Natal. 

Um sinal de que vivemos sob a tutela da MÃE JOANA, e que esse esporte transformou-se em uma guerra civil.

São detalhes de um futebol que perdeu o rumo e marcha para o futuro sem lenço ou documento, e nada de novo nas mãos.

Os estaduais são os exemplos desse sistema medíocre, com jogos do nada para o nada, equipes reservas e com a ausência dos torcedores. Jamais vimos o Sport jogar para 611 torcedores, nem na época das vacas magras.

No final, após mais de três meses dedicados a tais competições as decisões irão acontecer como manda o figurino.

No Rio Grande do Sul está pintando o GRENAL, no Paraná, ATLETIBA, Minas, CRUZEIRO x ATLETICO,  Rio de Janeiro, dois entre os quatro maiores chegarão a final, o mesmo em Pernambuco, em São Paulo ficaram os três grandes, desde que a Ponte Preta foi a intrusa ao derrotar o Santos nos pênaltis, ou seja, nada de novo e sim a mesmice patológica. 

Na verdade, o esporte da chuteira em nosso país, NÃO TEM SALVAÇÃO¨, apenas para os sabidos de plantão.

Escrito por José Joaquim

O Instituto Paraná, divulgou no final do mês de março, uma pesquisa que foi realizada em São Paulo sobre torcedores que torciam por times estrangeiros, e o Barcelona aparece com 27,6% das preferências.

Tal fato não é nenhuma novidade, desde que as ruas mostram isso de forma clara, e só os cartolas do futebol brasileiro não conseguiram entender. Na verdade pouco fizeram para trazer os mais jovens aos estádios, sem um projeto de ocupação para lota-los.

O ¨Hábito Faz o Monge¨, é um antigo ditado bem conhecido no Brasil, e nada melhor do que esse para analisar o risco que corre o futebol por não incentivar uma nova geração a frequentar os campos de jogos.

O esporte está perdendo uma geração de jovens que iria formatar e garantir o seu futuro. São torcedores que por conta da insegurança, da falta de qualidade, e com ingressos muitas vezes abusivos estão deixando os estádios em busca de outros atrativos.

Um exemplo aconteceu no último sábado no Maracanã, quando 71 torcedores vascaínos, da organizada Força Jovem, foram detidos por provocarem uma briga na porta do estádio contra flamenguistas.

O hábito de ir a um jogo e torcer por um time local começa na infância, e vai amadurecendo no decorrer do tempo, e sempre foi retratado em épocas anteriores quando esse esporte era uma reunião de famílias.

Hoje um pai para levar um filho ao estádio pensa duas vezes. Irá transporta-lo para tudo de ruim que possa existir, desde a chegada ao jogo até a volta para casa, quando passam por caminhos tortuosos. Ir a um jogo não dá mais prazer e sim estresse ao consumidor  por conta de atendimentos que ocorrem antes, durante e após a sua realização.

Um outro ditado bem conhecido diz que ¨A PRIMEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA¨, e isso sendo transportado para o nosso momento, se encaixa na sua realidade. 

Quando um jovem torcedor que gosta do futebol faz opção por um clube de um outro estado, ou de outro país, é o reflexo do distanciamento de seu habitat, desde que acompanhando de longe não corre o risco do sofrimento que é o de frequentar um estádio.

Um outro ponto importante para a ausência de jovens nos campos de futebol é por conta do sistema implantado com os preços dos ingressos, que impedem a presença de uma família completa,  entre os seus componentes os mais jovens, que são o futuro da demanda.

Sempre analisamos as pesquisas feitas no setor, e não existe uma única duvida que o futebol brasileiro estagnou no tocante aos públicos nos estádios, onde os seus vazios são normais, e entre os ausentes estão aqueles de uma nova geração, que estão procurando outros rumos.

Sem a solidificação de uma demanda da geração mais nova, o futuro do futebol continuará sombrio, desde que os ingressos de novos torcedores estão sendo menores do que a saída dos mais antigos.

São fatos como esses que deveriam ser analisados pelos que fazem esse esporte no Brasil, que insistem em algo que está errado, se dizimando, e todos fingindo que não estão entendendo.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- SEM EMOÇÕES O EX-CLÁSSICO DAS EMOÇÕES 

* Santa Cruz e Náutico fizeram um jogo aguado, sem sal, sem emoções em um clássico que já foi das emoções, para um público de cinco mil testemunhas.

Sobre a partida nada a comentar, desde que foi mais uma entre várias com um futebol sem qualidade e de pouca técnica.

O placar final de 2x1 para o tricolor do Arruda não foi justo, desde que nenhum dos dois clubes merecia a vitória pelo que apresentaram.

O empate seria o resultado correto, por conta de tudo que foi observado durante toda a partida, mas um pênalti estrambelhado cometido pela defesa do Santa Cruz, deu a vitória para o alvirrubro, que terminou em segundo lugar na competição, e enfrentará o Sport em uma das semifinais. 

A outra será entre o Salgueiro e o tricolor do Arruda.

Em São Paulo, o Santos teria que derrotar a Ponte Preta com uma diferença de dois gols, e não sofrer nenhum.

Só conseguiu o placar de 1x0, e nos pênaltis a equipe de Campinas conseguiu a sua passagem para a fase semifinal da competição, aumentando a crise santista, e balançando a presença do técnico Dorival Junior, e quebrando o esquema montado para que os quatro maiores clubes chegassem juntos na reta final da competição.

A macaca comeu o peixe.

NOTA 2- A VERDADEIRA FACE DO FUTEBOL BRASILEIRO

* O Novo Hamburgo, time do Rio Grande do Sul é um dos semifinalistas  do estadual, e terá como adversário o Grêmio de Porto Alegre.

O time do interior teve a melhor campanha da primeira fase, somando 29 pontos, 73,4% de aproveitamento, motivado pela ausência dos titulares dos grandes na maioria dos jogos. 

Apesar dessa performance o clube encontra-se num trágica situação financeira enfrentando 50 causas trabalhistas e 40 cíveis. As rendas dos seus jogos dão prejuízos, desde que o torcedor da cidade de Nova Hamburgo não tem prestigiado.

Na decisão da vaga para as semifinais contra o São José o estádio estava vazio. A sua média de público é de 1.109 pessoas por jogo. Além disso, o clube terá que renovar com todos os jogadores para a disputa da Série D, e por isso necessita de recursos.

Por conta dessas atribulações, a sua diretoria resolveu propor a Federação Gaúcha, que o jogo de volta que seria realizado em casa, seja marcado para o Beira Rio, contando que irá arrastar uma multidão de gremistas, com uma renda acima de R$ 1 milhão.

A aposta é alta e conta com o ovo dentro da galinha, que é o de vencer, empatar ou perder por um escore mínimo no primeiro jogo que será realizado na Arena do adversário, para que possa criar uma expectativa positiva para os gremistas. 

A diferença entre os disputantes é gritante com relação as folhas salariais. A do Grêmio tem um custo de R$ 9 milhões e o do Novo Hamburgo, R$ 145 mil. Por conta disso é que os estaduais faleceram.

Na verdade o futebol do interior está minguando em todo o Brasil, e um jogo com a visita de um grande time está sendo negociado com o inimigo.

São coisas do nosso futebol.

NOTA 3- A AVACALHAÇÃO DA GUERRA

* A cada rodada de jogos pelo Brasil afora, sempre aparece uma trapalhada. O nosso futebol é sem duvida dos trapalhões.

No jogo entre América de Teófilo Otoni e Tricordiano pela Campeonato Mineiro, que foi ganho pelo primeiro por 4X1, o único gol da equipe perdedora não apareceu na súmula publicada no sistema eletrônico da entidade local.

O árbitro Flavio Teixeira esqueceu, e só fez o reparo cinco horas após o encerramento da partida.

Depois de um goleada e ter o seu gol apagado foi duro para a equipe de Três Corações, que só levou 12 jogadores para a partida, e o banco ficou apenas com um reserva, o goleiro Rogerio.

Que futebol é esse?

NOTA 4- MAIS UMA GOLEADA DA TELONA

* Todas as semanas mostramos aos nossos visitantes que o Brasil é o país do cinema. Os números atestam essa afirmação. Enquanto a maioria de nossos estádios estão ociosos, as salas de projeção estão lotadas.

Nesse final de semana se juntarmos os públicos e as receitas de todos os jogos realizados no país, esses não chegam a 20% do que as bilheterias dos cinemas apresentaram.

A nova versão do clássico ¨A Bela E A Fera, se manteve pela quinta semana como o filme mais visto no cinema brasileiro, somando um público de 549 mil pessoas. No último fim de semana, o filme arrecadou R$ 9,5 milhões de bilheterias.

O total da renda acumulada é de 112 milhões. O público total é de 7,03 milhões de pessoas. Trata-se do maior do ano nos dois setores.

Os dados são do Com Score.

Por pouco o filme religioso ¨A Cabana¨ em sua estreia não ultrapassava o da Disney. Levou 544 mil pessoas aos cinemas, e teve uma renda de R$ 9,0 milhões.

O ranking do final de semana segue com o ¨Poderoso Chefinho¨ (473 mil de público), ¨Smurfs e a Vila Perdida¨(391 mil) e ¨O Vigilante do Amanhã¨(149 mil).

Na verdade tudo isso com segurança, sem brigas e mortes de torcedores.

O futebol brasileiro tem a cara de quem o dirige, ou seja não presta, e o cinema a cada dia levando os seus torcedores.

NOTA 5- UMA JABUTICABA NO SAPOTIZEIRO

* A coluna Radar On Line divulgou algo bem estranho por conta do personagem que é o deputado Vicente Candido, do PT, amigo e sócio de Del Nero. Um peso muito pesado.

Segundo a coluna, o parlamentar começou a rodar na Esplanada para pedir ao governo que inclua o futebol brasileiro nas suas pautas de negociações internacionais.

Ele conversou com o Ministro Aloysio Nunes Ferreira para pleitear que o Itamaraty apresente produtos ligados ao futebol como escolinhas de grandes clubes, mundo afora. Uma das metas seria expandi-las para a China. 

Outro produto a ser trabalhado seria os direitos de transmissão dos jogos da Série A nos países da Ásia e Europa, assim como os jogos da Seleção.

Candido bateu à porta do BNDES. A ideia é convencer o Banco de Fomento a abrir uma linha de crédito para financiar as iniciativas de divulgação do futebol nacional no exterior.

Não temos dúvida de que trata-se de uma jabuticaba em um sapotizeiro.

Divulgar um futebol que é dirigido por um cartola que não pode sair do Brasil, é uma proposta grotesca.

NOTA 6- O CALENDÁRIO E A LOGÍSTICA DO BOTAFOGO

* Não vamos mais discutir o Calendário do futebol brasileiro, desde que os clubes que sofrem com esse nada fazem, e baixam a cabeça para o Circo. Temos  um exemplo de sua insanidade.

O Botafogo tem uma maratona de jogos no período de dez dias. Todos decisivos. Dois deles pela Copa Libertadores em dois países diferentes, e o outro pela final da Taça Rio pelo Campeonato Estadual.

A única solução foi a de criar um grupo de jogadores que irão viver uma correria de jogo-avião-jogo.

O alvinegro viaja hoje para a Colômbia, onde irá enfrentar o Nacional de Medellin amanhã, as 21,45 horas, com uma delegação de 20 jogadores.

Desse número serão selecionados sete que voltarão para o Rio de Janeiro na companhia do treinador Jair Ventura, e que irão compor o elenco que irá enfrentar o Vasco da Gama.

Os treze restantes viajarão para o Equador, e ficarão na espera do retorno dos sete convocados para o jogo contra o Barcelona de Guyaquil, que será realizado na quarta-feira da próxima semana. 

É algo insano e que mostra o modelo de nosso futebol que é destruidor para os clubes e seus atletas.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A PRIMEIRA DERROTA DE SHAKEASPEARE

* O Leicester estava com uma invencibilidade de cinco jogos sob o comando técnico do ex-assistente Craig Shakeaspeare, que assumiu o time após o golpe que derrubou Claudio Ranieri.

No dia de ontem em jogo pela 32ª rodada da Premier League enfim foi derrotado pelo Everton, com duas viradas no placar, que terminou em 4x2 para o time da casa.

O jogo foi excelente, com muita intensidade e o retrato está no resultado do primeiro tempo, com cinco gols marcados, enquanto o Everton conseguiu a sua sétima vitória seguida como mandante.

Em toda a temporada só perdeu um jogo no seu estádio.

Enquanto isso o Manchester United sofreu para ganhar do lanterna Sunderland, embora o placar de 3x0 não tenha refletido a realidade. O jogo estava emperrado com o time do técnico mais caro do mundo José Mourinho, mostrando uma falta de qualidade técnica e tática.

Um belo gol de Ibrahimovic abriu o marcador, e no final do primeiro tempo a expulsão de Larssas atleta do lanterna, abriu espaço na segunda fase para a vitória do time vermelho.

Na realidade apesar das vultosas contratações, o técnico ainda não conseguiu colocar o time nos trilhos, e a cada jogo o futebol apresentado não passa do nível da mediocridade. É o quinto colocado na tabela de classificação com 15 pontos a menos do que o líder Chelsea.

Tanto dinheiro torrado para nada.

NOTA 2- UMA TARDE DE PENITÊNCIA

* O domingo do futebol brasileiro foi na realidade uma tarde de penitência, com os torcedores de joelhos sobre grãos de milho, rezado pela alma desse esporte.

Não conseguimos nos fixar em nenhum dos jogos que estavam sendo transmitidos. Suportamos o do Sport por 37 minutos, e desistimos. Nunca vimos dois times tão ruins, futebol sem qualidade, e um estádio vazio, entregue às moscas, com 616 testemunhas, e uma renda milionária de R$ 2.290,00. 

Assistir um jogo como esse, ouvindo as análises do comentarista empolgado, além do diálogo do narrador com o analista de arbitragem, provocam um estresse que faz mal ao organismo. Desistimos.

Descobrimos o resultado no pós jogo, que foi de 3x1 para o Sport. O rubro-negro escapou do Salgueiro, mas independente do resultado do ex-clássico das emoções não decidirá o segundo jogo da semifinal em casa.

Ficará no terceiro lugar.

Ficamos mudando de canal, e nos deparamos com o jogo Botafogo contra os reservas dos reservas do Fluminense. Não foi pior do que o do Arruda, mas também foi deprimente.

Também desistimos. Soubemos que o tricolor ganhou por 3x1, com a ajuda do árbitro amigo.

Mais um canal e nos deparamos com um jogo que teve exatamente 97 passes errados, 59 do Corinthians e 38 do Botafogo-SP. Não sabemos se foi pior do que os outros, mas o alvinegro paulista penou para ganhar de 1x0 para o adversário do interior. O público foi excelente, com o Itaquerão lotado, recebendo um péssimo futebol.

Desistimos, e fomos para a França, em Paris, com o Saint Germain dando uma goleada de 4x0 contra um time medíocre chamado de Guingamp.

Não aguentamos, e recorremos a um bom livro para terminar um domingo de penitência por conta de um futebol mequetrefe que está sendo jogado no Brasil.

Na verdade todos nós merecemos o que temos.

NOTA 3- O PALMEIRAS NÃO É UM BOM MODELO DE CLUBE

* O Palmeiras é o queridinho das mídias. A Crefisa é a heroína dos desenhos da Marvel.

Tem um famoso jornalista, torcedor fanático do alviverde que todos os dias escreve sobre o clube, e o seu grandioso elenco, considerando-o como favorito à conquista de tudo que disputar. Tem controvérsias.

Na realidade o Palmeiras está com um bom plantel para enfrentar as diversas competições, mas trata-se de uma situação provisória sem um futuro mais longo.

Com o apoio da patrocinadora que na verdade é quem manda em tudo, realizou vultosas contratações, mas vem desprezando as suas bases, que representa um bom futuro.

O interesse da dona da Crefisa é politico eleitoral, e caso não seja atendida nessa pretensão irá dar o adeus. Cedo ou tarde isso irá acontecer, repetindo a era da Parmalat, deixando o clube ao relento.

Temos a convicção de que o futuro do futebol voltará a ser ligado ao trabalho de formação, e nesse item, Fluminense, Corinthians e Santos dão um banho no alviverde de São Paulo, inclusive com investimentos altos nas suas bases.

O tricolor do Rio de Janeiro é o clube que vem apresentando o futebol mais moderno entre todos, graças ao número de atletas formados em Xerém, que  garantem uma folha salarial mais leve, possibilidades de negociações futuras, entre outros detalhes.

O Santos gasta por ano R$ 12 milhões na formação, o São Paulo, R$ 20 milhões. O time do Corinthians tem sempre entre quatro e seis jogadores das bases no time principal.

Temos a certeza de que esses não estão errados, e o futuro irá dar a resposta, caso não abandonem esse trabalho.

Enquanto endeusam o Palmeiras, nós ficamos com esses clubes, desde que formam o futuro do futebol.

NOTA 4- AS CASAS DE APOSTAS E O RISCO DE MANIPULAÇÃO DE RESULTADOS

* O Brasil não conseguiu fiscalizar a roubalheira do Petrolão que envolveu todos os poderes da República, imagine o que poderá acontecer com as Casas de Apostas com partidas de quase todos os campeonatos.

Recebemos por email várias publicidades de tais estabelecimentos, a relação dos jogos, e os valores de premiação por cada real jogado.

O que mais estranhamos são alguns jogos escolhidos, de lugares bem distantes, inclusive com campeonatos de divisões inferiores.

A terceira divisão de São Paulo participa de forma ativa, fazendo parte da relação das apostas. O perigo de manipulação mora nos segmentos menores, desde que não existe a mínima fiscalização.

O Campeonato Catarinense teve recentemente um caso de tentativa de suborno, que foi denunciado pelo goleiro do Internacional de Lages, Neto Vulpi, inclusive com um Boletim de Ocorrência contra Fred Nelson de Oliveira Marques, presidente do Andraus, clube da 2ª Divisão Catarinense.

Segundo o atleta o cartola lhe ofereceu R$ 15 mil para levar dois gols no jogo contra o Joinville, que foi realizado no último sábado.

Tudo gravado em uma conversa pelo WhatsApp.

Embora não tenham ligado o assunto aos jogos esportivos, na realidade o número de gols é uma das apostas mais jogadas, e que paga muito bem.

Em um país corrompido como o nosso, com um futebol sem fiscalização de tudo pode acontecer.

NOTA 5- ESTAGNAÇÃO DO PÚBLICO

* Muito tem se falado sobre os estádios ociosos no futebol brasileiro.

Na verdade não é nenhuma novidade, desde que há anos tal fato vem acontecendo.

No futebol carioca, a maior média de público nos seus clássicos foi no ano de 2015, com 31.907 pagantes. A única exceção.

Em 2011 essa foi de 21.822, 2012 (15.365), 2013 (14.258), 2014 (16.285), 2016 (22.093) e 2017 (15.385).

Sem o ano de 2015, as demais médias fazem parte de uma constante, ou seja os estádios do Rio de Janeiro sempre foram ociosos.