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Escrito por José Joaquim

Uma cena presenciada pelo jornalista Claudemir Gomes na tarde do domingo na entrada da Ilha do Retiro, deixou bem claro que o futebol brasileiro ruiu, e o resultado final está representado nos estádios ociosos.

Dois jovens vinham com sacolas de plástico nas mãos, e antes de adentrarem ao estádio tiraram as camisas e as trocaram pelas do Náutico.

Trata-se de algo que acontece normalmente nas partidas de futebol, quando torcedores fazem manobras para a preservação de suas vidas. Sem dúvidas é algo grotesco e que mostra a realidade desse esporte em nosso país.

As estatísticas demonstram que apenas 10% da população que acompanha o futebol frequenta os estádios, e por conta disso a nossa média de público fica atrás da Segunda Divisão Inglesa.

Ir a um jogo é um drama para as pessoas sérias e do bem que são muitas nesse país, que enfrentam todos os problemas possíveis para que possam acompanhar os clubes de suas preferências.

Dentro dos gramados o que é apresentado é algo que beira a mediocridade.

O cai, cai exacerbado, as simulações de contusões, a demora para se bater um lateral ou cobrar uma falta, reduz o tempo da partida, enganando o consumidor que pagou por 90 minutos, e assistiu apenas 50. Deveria ter a metade do dinheiro que pagou pelo ingresso, devolvido.

Há sete anos que não assistimos jogos nos estádios de Pernambuco, por conta dos atropelos e em especial pela falta de qualidade do nosso futebol, que vive de sonhos e ilusões.

O sistema está apodrecido, e isso nós observamos na última segunda-feira nos diversos debates sobre a atitude de Rodrigo Caio, durante o jogo do seu clube, o São Paulo, contra o rival Corinthians.

Algo que seria normal em um país sério, tornou-se um tema relevante.

Na verdade o futebol no Brasil não poderia ser diferente do que acontece no país, que teve um presidente terceirizado por uma empreiteira.

Os analistas deveriam entender que nem todos tem a formação desse atleta, que tomou uma atitude sem nenhum sentimento de promoção, mas pelo menos deu um passo bem importante para que os jogadores pelo menos entendam que o desejo de ganhar de qualquer jeito, não é o modelo ideal.

O nosso maior problema é a falta de comando. Se o tivéssemos muitas coisas que acontecem nos gramados poderiam ser suprimidas.

Jogador que simulasse uma falta, ou fizesse de uma possível contusão uma peça de teatro, ou ainda na hora da substituição caísse para ganhar tempo, deveria ser apenado com cartão vermelho. Só assim a partida iria fluir, o tempo de jogo aumentar, entre outras coisas.

Não suportamos mais goleiros caindo quando pegam uma bola sem força, para ganhar alguns segundos.

O futebol nacional se fosse dirigido por gestores com credibilidade, tais fatos poderiam ser suprimidos, e certamente o esporte teria uma nova dimensão. 

A sua queda ajudou a reduzir o nível do rádio e da televisão, com um menor padrão intelectual. Tal fato vem acontecendo há muito tempo.

Assistimos um vídeo de um programa da Fox-Sports que tratava do assunto Rodrigo Caio, e o bate-boca sem sentido foi tão grande, com ofensas entre os participantes, sendo que só faltou no momento uma agressão física, desde que a verbal foi grotesca.

Esse é o retrato do pobre futebol brasileiro, que é a cópia do pobre Brasil.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- ENFIM A NOVELA ACABOU, O SPORT DEPOIS DE 30 ANOS É CAMPEÃO BRASILEIRO

* Em um país sério jamais o Supremo Tribunal Federal iria perder o seu tempo precioso para julgar algo que á tinha sido transitado em julgado.

O Sport já tinha sido declarado Campeão Brasileiro de 1987, tendo jogado inclusive a Copa Libertadores.

Em todas as instancias da Justiça Federal o titulo foi reconhecido, mas o Flamengo ainda insistia em recursos desprovidos de qualquer fator jurídico.

Enfim essa novela absurda acabou, com a decisão da Corte maior da Justiça Brasileira, que convalidou as decisões anteriores. Para o rubro-negro da Gávea só resta procurar o Papa Francisco, para recorrer dessa decisão.

NOTA 2- O VERDADEIRO FUTEBOL

* Um das melhores partidas de futebol dos últimos anos, aconteceu no Santiago Bernabéu na noite de ontem entre Real Madrid e Bayern de Munique, por uma das quartas de final da Liga dos Campeões.

Um futebol de alto nível, intenso, com grandes jogadores no gramado, e que contou ainda com o apito amigo, que deixou passar dois gols de Cristiano Ronaldo totalmente impedido.

O time alemão conseguiu reverter o placar de 2x1 que tinha acontecido em sua casa, levando a partida para a prorrogação, mas com 10 jogadores em campo, por conta da expulsão de Vidal não conseguiu impedir a vitória do adversário.

A equipe espanhola inteira, bem melhor fisicamente, aproveitou a diferença numérica sacramentou a vitória, embora com dois gols ilegais, mas na prorrogação foi bem melhor do que o adversário que fisicamente estava esgotado. 

Já falamos várias vezes de que a televisão fechada salvou aqueles que gostam de um bom jogo, e esse foi um deles. 

Não existe a menor comparação entre o nosso futebol e o praticado por esses clubes. As diferenças técnicas tem a mesma distância da Terra para Marte. 

No segundo jogo da Liga dos Campeões um outro time de Madrid, o Atlético, ao empatar em 1x1 contra o Leicester, tolheu o sonho do times inglês, e passou para as semifinais da competição, fato esse que vem sendo repetido nos últimos anos. 

A tarde de ontem no Brasil foi uma festa, por conta de um encontro de dois times de outro planeta.  

Por outro lado, não podíamos deixar passar despercebida a atuação do lateral brasileiro Marcelo, que foi o melhor jogador em campo. Uma partida de alto nível.

NOTA 3- FESTIVAL DE JOGOS

* O festival do futebol começa na tarde de hoje, com dois jogos pela Liga dos Campeões.

O Barcelona recebe a Juventus de Turim, trazendo para o Camp Nou um placar de 3x0 conquistado no primeiro jogo, e obrigando ao time catalão a tentar mais um milagre.

Um raio não cai no mesmo lugar por duas vezes. Certamente não iremos ter um novo Paris Saint Germain.

No outro encontro o Monaco que venceu a primeira partida, receberá o time do Borussia Dortmund como favorito,  por conta do bom futebol que está jogando.

Temos uma previsão de que Juventus e Monaco estarão nas semifinais dessa competição, juntando-se ao Real Madrid e Atlético de Madrid.

No período noturno, a Copa do Brasil irá encerrar a atual fase de classificação com a realização de cinco jogos, entre esses o do Joinville x Sport.

Um jogo difícil para o rubro-negro pernambucano que joga com a vantagem do empate, já que venceu o primeiro encontro pela placar de 2x1.

Em Coritiba, o Paraná enfrenta o Vitória, em Minas Gerais o Cruzeiro receberá o São Paulo, no Rio de Janeiro, o Fluminense tentará virar o placar adverso enfrentando o  Goiás, e em Itaquera, teremos o Corinthians recebendo o Internacional, que poderá ser o melhor jogo entre esses.

A tendência é de que os mandantes obtenham vitórias, embora os jogos sejam parelhos.

Dois times brasileiros irão jogar fora de casa pela Copa Libertadores. O Atlético-MG joga contra o Libertad-PA, e o Santos enfrenta o Estudiantes de Santa Fé.

NOTA 4- ANTES DE SER APROVADA, A LEI CAIO JUNIOR JÁ COMEÇA A SER CUMPRIDA

* A proposta ainda depende da aprovação do Senado, a Lei Caio Junior que tem o objetivo garantir os direitos dos treinadores de futebol no Brasil, já colhe os primeiros frutos com o registro  de técnicos no Boletim Informativo Diário (BID), do Circo Brasileiro do Futebol.

Depois de Fernando Tonet, do Parnahyba-PI, que foi registrado na semana passada (dia 12), agora foi a vez de Gilson Kleina, da Ponte Preta ter seu nome publicado nesse Boletim, desde a última segunda-feira.

A Lei Caio Junior trata das relações de trabalho do treinador de futebol. A partir do momento em que o profissional tiver seu vínculo com o cube regularizado, ele vai assinar contrato de pelo mínimo seis meses, terá direito de arena e seguro de vida pago pelo Circo.

Essa Lei estipula uma indenização em caso de demissão antecipada, e regulamenta as férias.

Um avanço para um classe desunida, e que só ficou em alerta após a morte do técnico Caio Junior, na tragédia do Chapecoense.

NOTA 5- CONTAS RECUSADAS E DÉBITOS À PAGAR

* Não bastasse a Segunda Divisão, o Internacional tem uma série de problemas a serem resolvidos, que foram deixados pela gestão anterior.

O seu balanço financeiro não foi aprovado, e uma comissão de sindicância foi instalada para analisa-lo devidamente.

Para que se tenha uma ideia à respeito da gestão de Vitório Piffero à frente do Colorado, existe um débito com Diego Forlan que está na Justiça, e objeto de um acordo no valor de R$ 18 milhões.

Sómente nos direitos de imagem esse soma R$ 8 milhões, que está sendo parcelado em 18 parcelas de R$ 440 mil.

O contrato com o jogador mostra a insanidade no modelo dos clubes brasileiros.

Para ter Forlan de Junho de 2012, até junho de 2015, o Colorado se dispôs a pagar cinco milhões de euros, pela cessão dos direitos de imagem (R$ 17 milhões), 700 mil euros para a empresa Baek Sports por ter realizado a negociação, salário de R$ 200 mil na carteira (mais o 13º), acrescidos de parcelas quadrimestrais de R$ 710 mil.

A soma total dava um salário anual de R$ 4,5 milhões, mais a imagem. O atleta não foi até o final do seu contrato, rescindindo-o, sem retorno do investimento.

Os clubes reclamam dos seus problemas, mas na verdade são os cartolas os responsáveis, quando contratam profissionais fora da realidade, ou seja trabalhando com o ovo dentro da galinha.

Haja Justiça.

NOTA 6- CHAMEM FREUD

* A arbitragem local atuou em todos os jogos do estadual, e não vimos tantos erros que possam diminui-la.

Na hora de comer o bolo, mandam buscar árbitros de fora, e no domingo deu no que deu.

Uma arbitragem nacional custa R$ 20 mil, uma local R$ 8.000,00. O grotesco é que os cartolas estão querendo trazer apitadores sul-americanos, com um custo de R$ 40 mil.

Uma competição deficitária como essa certamente não suporta uma despesa volumosa, que poderá ser uma furada como foi em 1996, Javier Castrilli, árbitro uruguaio que apitou uma decisão entre Santa Cruz e Sport, que ficou famosa em prosa e verso.

Achamos que os dois clubes devem estar nadando em dinheiro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM OÁSIS NO DESERTO

* A ética no futebol é invertida e só acontece para favorecer algum interessado. Como no país esse esporte também foi contaminado pelos malfeitos.

Não existe nada mais deprimente de que as simulações efetuadas por nossos jogadores. Trata-se de uma cultura do enganar para tirar proveito.

Esse esporte, perdeu o sentido da ética, tudo por conta dos interesses financeiros. O seu lema é ganhar de qualquer jeito.

Vivemos uma época em que o cidadão é execrado por bom comportamento e os corruptos festejados.

Aliás há dois mil e dezessete anos atrás, na escolha entre Cristo e Barrabás um ladrão famoso, o povo escolheu esse último, fato esse que vem acontecendo em nosso país.

Durante o jogo entre São Paulo e Corinthians, o árbitro entendeu que o atacante Jô chutou o goleiro tricolor,  e aplicou-lhe o cartão amarelo. Com isso esse estaria suspenso para a partida de volta. No mesmo momento, Rodrigo Caio, zagueiro do time do Morumbi, comunicou que foi o responsável pelo choque.

A sua atitude que deveria ser considerada normal, diante da podridão que vivemos foi alvo de exaltação.

Enquanto isso no jogo da Ponte Preta x Palmeira, Zé Roberto, jogador veterano, tentou enganar a arbitragem com uma simulação de uma agressão que na verdade não tinha acontecido.

Dois modelos bem diferentes.

Apesar da atitude de Rodrigo Caio ser um oásis no deserto, e que pouco presenciamos no futebol brasileiro, sentimos na entrevista coletiva que o treinador Rogerio Ceni não gostou do fato, desde que saiu pela tangente respondendo uma pergunta sobre o assunto, assim como a diretoria do clube com medo da torcida.

Enquanto isso os torcedores do São Paulo, ainda no Morumbi chamavam o jogador de traidor, como também nas redes sociais.

Trata-se do retrato de uma sociedade que tem como meta a de levar vantagem em tudo, mesmo que seja de forma desonesta.

Que surjam outros Rodrigos Caios, o que será difícil, desde que o futebol virou um esporte da malandragem, 

NOTA 2- TRANSMISSÃO DIRETA PELA TV ABERTA TIRA O PÚBLICO DOS ESTÁDIOS

* Quando os dirigentes de nosso futebol irão entender que a permissão de que seus jogos sejam transmitidos pela TV aberta, está tirando o público dos estádios.

Os dois jogos da abertura da fase semifinal do estadual mostraram de forma clara essa realidade.

O Santa Cruz enfrentou o Salgueiro no sábado à noite, com uma torcida única, desde que o adversário tem a sua sede longe da capital, e poucos torcedores estiveram no Arruda. Mesmo assim o público foi de 22.056 torcedores.

A razão maior para que isso acontecesse foi que a transmissão foi realizada pela TV fechada, que não tem o potencial da aberta na captação de espectadores.

Por outro lado, o Sport atuou no domingo, 16h00, jogando contra o Náutico, clube que tem a sua demanda, mas levou uma goleada do tricolor, ao colocar na Ilha do Retiro 15.082 torcedores.

A partida foi levada ao estado de Pernambuco pela TV aberta, que é a razão de uma diferença brutal como essa.

As vezes o bônus que é pago pela emissora que transmite o futebol em nosso estado, não compensa os prejuízos que os clubes tem, quando perdem não apenas os recursos das bilheterias, e sim o consumo dos seus produtos.

Como o Náutico será o mandante do jogo de volta no próximo domingo, bem que poderia proibir essa transmissão, obrigando assim aos torcedores deixarem as suas poltronas. 

Futebol é um negócio e tem que ser tratado como tal.

NOTA 3- NA HORA DO CADASTRAMENTO AS TORCIDAS ORGANIZADAS SOMEM

* As torcidas organizadas fazem o seu marketing quando dimensionam os seus tamanhos. Para essas mostrar as suas grandezas é intimidar os rivais. Mas na hora de enviarem a relação dos filiados ao Ministério Público do Rio de Janeiro para a formação do cadastro único, estas agremiações cabem numa Kombi.

Seis anos já correram e a falta de fiscalização impediu que os cadastros não fossem atualizados. O MP resolveu agir e notificou 57 organizadas do estado, e mediante de cada resposta recebida, instituiu prazo de 10 dias para a atualização cadastral, sob pena de multa de R$ 10 mil no caso do descumprimento.

A Promotoria estima a existência de mais de  50 mil afiliados das organizadas. O maior efetivo está distribuído entre Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco.

O panorama está bem aquém da realidade, os números não chegam perto da torcida de um time grande. 

Na verdade é um processo de enxugar o gelo, desde que as organizadas estão debochando das autoridades.

Na verdade o Rio de Janeiro tem de tudo.

NOTA 4- A NIKE PODERÁ DEIXAR O CIRCO

* A Nike veste a seleção do Circo há alguns anos, mas poderá deixa-la brevemente. 

Por conta das investigações dos cartolas brasileiros no escândalo da FIFA, a empresa está sendo pressionada para romper esse contrato, o que poderá acontecer.

Como sabemos, o presidente da entidade não sai do Brasil por conta do FBI.

Se isso acontecer será mais uma pedra implodida do alicerce da Casa da Barra da Tijuca.

Uma boa noticia para quem deseja a derrubada desse grupelho que instalou-se no poder do futebol nacional.

NOTA 5- A DERROTA DA MESMICE

* Com exceção do jogo Sport x Náutico, que estava dentro da previsibilidade, essa rodada das semifinais em alguns estados deram uma rasteira na mesmice de nosso futebol, quando os grandes atropelam os pequenos.

A maior lição foi em São Paulo, quando o favorito das mídias ufanistas, o Palmeiras sofreu um atropelamento grave da Ponte Preta.

Em Minas Gerais, os dois grandes, Cruzeiro e Atlético não foram capazes de passarem pelo América-MG e URT respectivamente.

Ambos os jogos tiveram o mesmo resultado, o empate em 1x1.

No Paraná o Coritiba foi derrotado pelo Cianorte (1x0), e em Porto Alegre, na sua Arena, o Grêmio empatou com o Novo Hamburgo (1x1).

Finalmente na Bahia, o Vitória jogando como visitante empatou com o Vitória da Conquista também por 1x1.

As vitórias do Internacional e Atlético-PR foram econômicas (1x0).

Na realidade o futebol nivelou-se e aquela distancia entre grandes e pequenos foi reduzida.

NOTA 6- A TELONA CONTINUA DANDO BAILE NO FUTEBOL

* A estreia do oitavo filme da franquia ¨Velozes e Furiosos¨, foi a maior de 2017 no Brasil, segundo dados da ComScore.

Até o final da semana a ¨Bela e a Fera¨ tinha o melhor desempenho de lançamento, que levou 1,9 milhão de pessoas às salas de cinema e arrecadou R$ 33,6 milhões.

Já no último fim de semana ¨Velozes e Furiosos 8¨ levou cerca de 2 milhões de espectadores e arrecadou R$ 36 milhões.

Em segundo ficou ¨A Cabana¨, com 553 mil ingressos e R$ 9 milhões, e em terceiro ¨O Poderoso Chefinho¨, com 358 mil ingressos e R$ 5,4 milhões.

O Brasil é o país do cinema, e disso não temos duvida.

* Fonte: blog de Lauro Jardim

NOTA 7- AS RECLAMAÇÕES DO NÁUTICO

* Vamos, venhamos e convenhamos, o Clube Náutico tem razão em reclamar da arbitragem que foi amiga do Sport em apenas um lance, o gol de Páscoa, que foi legitimo e anulado pelo apito amigo.

Quanto a vinda de Wagner Magalhães o time dos Aflitos concordou, inclusive se dispondo a participar do pagamento das taxas. Não cabe nenhum protesto com relação a tal fato.

Por outro lado mesmo sem a validação desse gol, temos que analisar dois detalhes, a superioridade do rubro-negro no primeiro tempo que poderia ter terminado com um placar elástico, e o modo como o alvirrubro foi derrotado em apenas dois minutos, quando aos 45 minutos do segundo tempo ganhava o jogo por 2x1.

Faltou-lhe competência para a troca de passes, segurar a bola, gastando o tempo extra que foi concedido.

Outro fato foi o do extracampo, quando os seus jogadores não foram para a concentração, e com a ameaça de não participarem da partida.

O gol foi gol, mas os outros detalhes também pesaram no resultado final.

Sempre achamos e muitas vezes fomos vencidos, que a vinda de apitadores de outros estados não é salutar, e um desprestígio para quem apitou toda a competição.

Que isso sirva de lição.

Escrito por José Joaquim

Enfim, estamos chegando na reta final dos estaduais, que irão deixar poucas lembranças nos torcedores.

Em Pernambuco finda-se uma competição sem emoções, sem grandes públicos, e com a certeza de que a morte anunciada finalmente chegou.

Os destruidores das competições estaduais conseguiram o seu intento, ao formatarem uma competição com uma quantidade de clássicos exagerada, alguns amistosos oficiais do nada para o nada, e com o massacre dos times do interior. 

Todos nós sabemos que esses campeonatos estavam morrendo de inanição, e que requeriam modelos mais atraentes e competitivos, que pudessem fazer o resgate dos torcedores que o abandonaram.

Os dirigentes deveriam ter a consciência de que o futebol pertence aos clubes, e não podem aceitar as fórmulas mirabolantes apresentadas pela Federação, como essa do corrente ano, e que contou com o beneplácito de todos.

Não apresentam soluções e sim louvações e aplausos. Assinam atas sem estarem presentes nas reuniões, e continuam desfilando no bloco do ¨Eu não vou, vão me levando¨.

Os clubes do interior deram o ciente aos seus atestados de óbitos, quando aprovaram um modelo irracional como esse.

O encerramento desse monstrengo que presenciamos, com tantos erros e defeitos, deveria servir para um debate de como tornar atrativa tal competição, já que não irá acabar por conta dos interesses do Circo, mas que na realidade está correndo o risco de ser exterminada por falta de consumidores.

Um produto que está ficando encalhado nas prateleiras.

Todos tem que entender, e as arquibancadas deram o recado, que o torcedor não aceita mais os estaduais da maneira como são formatados, quando os comparam com algo mais forte, nas disputas da Libertadores, do Brasileiro e das competições internacionais.

Persistir nesse erro é de uma burrice doentia, e antes tarde do que nunca, a necessidade de mudanças tem que ser discutida, para que o futebol não tenha o mesmo destino dos jegues nordestinos, que foram substituídos pelos veículos, e abandonados por seus donos em praças públicas e estradas.

O futebol pernambucano está se tornando nos novos jegues, dando espaço a eventos mais bem formatados com a própria Copa do Nordeste, que nesse ano foi violentada pelo inchaço, assim como esses animais deram lugar aos tratores e utilitários potentes, e hoje vivem da sua historia.

A Federação Pernambucana de Futebol conseguiu o impossível, ou seja, decretar a morte de uma morte anunciada.

Escrito por José Joaquim

O jogo de futebol foi o produto mais vendido no Domingo de Páscoa. Teve de tudo, para todos os gostos. Bons, medianos e medíocres.

Tivemos a minguada vitória do Liverpool sobre o West Bromwich, pelo placar de 1x0, que pode ser considerado um jogo ruim. Até Philippe Coutinho não apareceu na partida. Apesar disso os três pontos foram providenciais para as pretensões do clube com relação a Liga dos Campeões.

Ainda pelo futebol inglês o Manchester United apimentou a Premier League, que estava sem graça por conta da fácil liderança do Chelsea. Aos poucos essa foi reduzindo e está com apenas 4 pontos acima do Tottenham, que hoje joga o melhor futebol da Inglaterra, fato esse que aconteceu por conta dessa vitória sobre o líder.

O time de José Mourinho fez uma excelente partida, dando-se ao luxo de deixar o seu melhor jogador no banco, Ibrahimovic,  derrotando o Chelsea pelo placar de 2x0. Um domínio total, com um futebol de alto nível, e completando 22 partidas sem derrotas na competição.

Foi sem dúvidas um dos melhores jogos dos Reds na temporada, que não  permitiu que o lider pudesse mostrar as suas armas.

Na França, durante o aquecimento dos jogadores para o jogo do Bastia x Lyon, os torcedores do clube local invadiram o gramado para agredirem os atletas do time visitante. A partida foi suspensa, e só iniciou uma hora após. De uma coisa temos a certeza, os estádios europeus estão sempre lotados, enquanto no Brasil as moscas tomam conta das arquibancadas.

Enquanto isso, o Atlético-MG foi vaiado no Mineirão durante e após o jogo contra o URT pelas semifinais do Campeonato Mineiro, cujo resultado terminou em 1x1.

O treinador Roger do Galo Mineiro foi contemplado com um coral chamando-o de burro, desde a apresentação da escalação do time, até o apito final. A situação do técnico está se deteriorando aos poucos. Esse jogo ficou na categoria dos ruins, e poderia ser estendido para outro nível, o de horrível.

A overdose de futebol continuou pela tarde, com as semifinais de diversos estaduais.

Na Ilha do Retiro com um público de 15.082 torcedores, aquém do esperado, o Sport venceu o Náutico por 3x2, em uma virada de dois minutos no final da partida.

O jogo foi dentro do figurino, tecnicamente fraco, com bolas alçadas, mas o time da Ilha do Retiro foi melhor e mereceu esse resultado, embora o apito amigo tenha prejudicado o alvirrubro na anulação de um gol legitimo de Páscoa. 

Wagner Magalhães foi o primeiro apito amigo da Páscoa. Não é novidade.

O milionário rubro-negro continua se arrastando, e não consegue mostrar nada que se chama de futebol. Mais uma vez André que tinha que fazer quatro gols, pelo nível do seu valor, foi o inverso, perdeu quatro. Juninho que entrou no final resolveu o problema marcando os dois tentos que deram a vitória ao Sport.

Moral da história, quem tem Juninho não precisa de André.

O jogo do Domingo de Páscoa foi sem dúvida o da Ponte Preta x Palmeiras realizado em Campinas. A Macaca comeu o Porco, e deu uma aula de futebol. O placar de 3x0 reflete a realidade, que poderia ser quatro se o apito amigo tivesse marcado um pênalti cometido pelo goleiro Fernando Prass. 

Marcelo Aparecido foi o segundo apito amigo do domingo pascoal. Haja ovo de chocolate.

Nem o dinheiro da Crefisa fez o alviverde jogar, e teve que aguentar o intruso do interior mostrar que ainda existe futebol além da capital paulista.

No Rio de Janeiro o Vasco derrotou o time reserva do reserva do Botafogo, conquistando a Copa Rio, que vale tanto quanto um tostão furado. Eurico Miranda chorou.

Em Belo Horizonte, o Cruzeiro empatou com o América-MG (1x1), e o Grêmio em casa não passou do empate com o Novo Hamburgo (1x1).

O último jogo do Domingo de Páscoa foi o do São Paulo x Corinthians, com a vitória do time alvinegro pelo placar de 2x0. O primeiro tempo foi corintiano, e o segundo do tricolor do Morumbi, que não soube aproveitar as oportunidades.

O primeiro gol do Corinthians foi um ato falho do apito amigo Luiz Flavio de Oliveira, que fingiu que não viu o impedimento de Jô. O mais grotesco foi um comentário de Luiz Ademar, do Sport TV, que deve ser um corintiano roxo, quando afirmou que o árbitro não viu o lance, por tratar-se de meio impedimento. Aguentar esses analistas é um sofrimento.

O destaque desse jogo foi a atitude de Rodrigo Caio, atleta do tricolor do Morumbi que salvou o atacante Jô de um cartão amarelo que iria tira-lo do próximo jogo, avisando ao árbitro que foi o responsável pelo toque em seu goleiro. Nesse país de corruptos, uma atitude como essa mereceu aplausos. Não estamos acostumados.

Foi uma festa do apito amigo, que já tinha começado no sábado, com Deborah Cecilia árbitra da partida Santa Cruz x Salgueiro, que marcou um pênalti inexistente e que deu a vitória ao time tricolor.