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Escrito por José Joaquim

O senador Romero Jucá na defesa do Foro Privilegiado na tribuna do Senado, deu o seu ¨brilhante¨ parecer para o tema, considerando-o como uma ¨suruba selecionada¨.

Nos lembramos de imediato da reunião do Conselho Técnico do Circo Brasileiro de Futebol, realizada em um dos salões de sua sede, para tratar das questões específicas do Campeonato Brasileiro de 2017.

Trata-se de um encontro onde  algumas propostas viáveis para a melhora do evento foram discutidas, mas em compensação algumas dessas fogem do padrão da seriedade por suas banalidades.

Discutir o número máximo de mascotes é uma dessas que faz parte da Era da Imbecilidade em que vivemos. Não contentes com 22 a cada partida, os cartolas resolveram aumentar para 44. Algo que não vimos em lugar nenhum. Um parque infantil.

Alguns temas sérios foram tratados, entre esses o aumento da capacidade mínima dos estádios para 12 mil torcedores. A ideia é boa, mas o número ideal para uma competição maior seria de 15 mil, e que as condições físicas tenham dignidade. 

Um outro ponto aprovado foi o da proibição da venda do mando de campo para outros estados, que na verdade era uma vergonha que vinha acontecendo nesses últimos anos, ferindo muitas vezes os interesses de terceiros.

O Flamengo não concordou, desde que considera-se, o que é verdade, um clube nacional.

Alguns pontos importantes sequer foram abordados, como os horários das partidas, o calendário irracional, excesso de jogos, sobretudo a arbitragem da competição, o cumprimento do Estatuto do Torcedor no tocante aos ingressos numerados, entre outras coisas importantes.

De repente apareceu o Patriarca Eurico Miranda com uma proposta que nunca deveria ter sido aprovada sem um debate maior, mas o fizeram com apenas cinco votos contrários, e entre esses o do Sport Recife, que teve a visão que um tema como esse não poderia ser tratado de forma tão açodada, o de se banir gramados artificiais do Campeonato Brasileiro.

No seu estilo arrogante gritou: ¨Em grama sintética o meu time não joga¨. Não houve a menor contestação, apesar de cinco clubes terem sido contrários. Não sabemos se estava fumando os famosos charutos.

O interessante é que esse tipo de gramado é aprovado pela FIFA, que vem incentivando alguns países para implanta-los por conta dos problemas com a iluminação solar.

Na verdade seguir Eurico Miranda mostra a cara da cartolagem brasileira.

Ontem conversamos com alguns amigos de Curitiba, e esses nos mostraram que o rubro-negro do Paraná teve muitos problemas para que a grama natural firmasse no terreno do estádio, e depois de muitas tentativas buscaram a alternativa do gramado artificial, e o escolhido foi o que tem de melhor no mundo.

Além disso vem permitindo ao clube realizar grandes eventos, como a UFC, decisão da Liga Mundial de Vôlei, artistas internacionais, abrindo assim um grande mercado para a cidade.

A decisão foi baseada numa utopia, de que o gramado facilitava a vida do Atlético, com uma boa performance no Brasileiro, e os outros clubes treinavam e jogavam em gramado natural.

Descartando as afirmações de Miranda, o jornalista Raphael Sibila, da TV Globo mostrou em números que o fator Arena vem de vários anos, e não teve crescimento com a implantação do novo piso.

Trata-se sem dúvidas de uma ¨Suruba Seletiva¨, liderada pelo atraso que Eurico Miranda representa para o futebol.

Concluímos com uma pergunta: Jogar em gramado artificial é pior do que jogar em muitos gramados sofridos, duros, que existem pelo Brasil afora?

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA ZORRA TOTAL

*O bloco Sanatório Geral teve seu último ensaio para o Carnaval Carioca, que foi realizado na sala da Justiça, com uma reunião onde o Juiz concordou em suspender apenas para essa rodada a liminar da torcida única, graças as garantias que foram dadas pelos órgãos de segurança.

De imediato marcaram o clássico entre Flamengo e Vasco, para Resende, e o do Fluminense e Madureira, para Xerém, nos Los Larios, um verdadeiro campo de pelada.

Parecia que tudo estava resolvido, mas a cartolagem esqueceu de consultar a Prefeitura da cidade, que foi a última a saber, que de imediato publicou uma nota vetando a partida.

No inicio da noite após receber todas as garantias permitiu que essa fosse realizada.

Trata-se do retrato de um futebol esculhambado, e a cara de um estado que faliu e foi assaltado por seus governantes.

Apenas uma pergunta: O senhor ou a senhora que mora na cidade do Rio de Janeiro, dariam permissão para que um filho fosse a esse jogo? Lamentável.

NOTA 2- ESTÁDIO OCIOSOS

* Os torcedores estão brincando o Carnaval, e não tomaram conhecimento da Copa do Brasil, que realizou vários jogos da Segunda Fase, com estádios vazios. 

O primeiro foi no período da tarde, com o empate de 0x0 entre Murici e América-MG, que foi decidido nas penalidades, com a vitória do time alagoano por 5x4. 

Nos demais jogos que foram realizados à noite, a Portuguesa foi derrotada pelo Boa Vista (0x2), Criciúma e Altos-PI empataram em 2x2, com o time catarinense vencendo nos pênaltis por 4x3. No Barradão, o Vitória sofreu para ganhar do Bragantino (3x2).

Nas demais partidas foram três goleadas. O Sport com a presença de 2.020 testemunhas goleou o Sete de Setembro de Dourados, um time amador brincando de profissional por 3x0, o Internacional bateu o Oeste por 4x1, e finalmente a maior pancada, do Cruzeiro sobre o São Francisco-PA, outro amador por 6x0.

Nos jogos pela Copa Libertadores, Botafogo e Atlético-PR passaram por seus adversários, e ingressaram na fase de grupos.

O time carioca perdeu por 1x0 no tempo normal, mas venceu nas penalidades por 3x1, com o goleiro Gatito Fernandez, segurando três dos quatro pênaltis batidos pelo Olímpia-PA. Enquanto isso o rubro-negro do Paraná derrotou o Deportivo Cametá-PA por 1x0.

O jogo que será mais comentado pelas mídias será o do Corinthians e Palmeiras, com a vitória do primeiro por 1x0, jogando com 10 jogadores, desde o primeiro tempo, graças ao apito amigo Thiago Duarte, que expulsou Gabriel que tinha cartão amarelo, por uma falta que foi cometida em Keno por Maycon.

Mais uma derrota do milionário paulista. Futebol não é somente dinheiro, é também a vontade de ganhar

NOTA 3- NO  LIVRO DOS RECORDES

* O público do jogo Belo Jardim x Náutico com 758 pagantes pode ser considerado como de casa cheia, se comparado ao que aconteceu nos estaduais alagoano e paraibano. No mesmo domingo foi batido um recorde de menor público, e a seguir a sua quebra.

Os fatos aconteceram na Paraíba, com o jogo Internacional e Cajazeirense, com 10 pagantes, e em Alagoas, no encontro entre Miguelense e Murici, que recebeu apenas um torcedor. Não é piada, vimos o movimento financeiro do jogo e esse é bem claro, apresentando uma arrecadação de R$ 10.

Isso faz parte de algo que tem que ser reexaminado, que são os estaduais, que por conta das Federações ainda persistem nas sobrevivências.

O Campeonato Alagoano é mais um entre diversos que sofrem com a ausência de público, com uma média de 655 torcedores por jogo.

O maior público da competição não chegou a duas mil pessoas. Na contramão da história, na Copa do Nordeste o estado tem uma excelente participação no tocante aos públicos.

Tal fato mostra de forma clara a exigência dos torcedores com a qualidade das competições.

Insistir no erro é de uma burrice patológica. Os dirigentes já deveriam ter estudado uma novo modelo para abrigar os clubes de menor porte, que não disputam as divisões nacionais, e que tem no estadual seus momentos de lazer.

Que futebol é esse?

* Números do site sr.goool 

NOTA 4- UMA CONTROVÉRSIA

* Deixamos para escrever sobre o jogo entre o Manchester City e Mônaco, após lermos e ouvimos alguns comentários sobre o resultado de 5x3 para a equipe inglesa.

Sem dúvida foi o melhor encontro da atual Liga dos Campeões, e os oito gols mostram de forma bem clara que os dois litigantes procuraram o que os torcedores gostam, as redes furadas, que é a essência do futebol.

Muitos analistas criticaram as defesas dos times, e elogiaram os ataques. Nem tudo ao céu, nem tudo ao mar.

Se um clube procura o ataque como arma, certamente a sua defesa fica menos protegida, e com maior números de bolas nas suas redes, e isso aconteceu. 

O ditado que o ataque é melhor defesa, aprendemos com o Santos de Pelé e companhia, que sofria muitos gols, mas tinha a compensação no ataque que fazia em maior quantidade.

Pela primeira vez vimos o City jogar com o padrão Guardiola, principalmente na segunda etapa, quando partiu para o tudo ou nada, encontrando um adversário da mais alta qualidade que joga para ganhar, tendo o melhor ataque do futebol europeu nessa temporada.

Nos 26 jogos do Campeonato Francês marcou 76 gols, e em nenhum momento do jogo, mesmo quando estava à frente do marcador, colocou um ônibus em sua defesa.

O problema dos nossos analistas é que se acostumaram com os brucutus armados até os dentes defendendo as suas defesas, na busca de pelo menos um empate e se possível vencer.

Nesse jogo da terça-feira observamos algo do mais importante para o futebol, com dois clubes no ataque na busca pela vitória.

Assistimos no período noturno, o jogo São Bento e São Paulo, e o sistema adotado por Rogerio Ceni é o da busca da vitória, mesmo levando mais gols do que o normal.

O time saiu vitorioso por 3x2, a torcida ficou satisfeita, mas as mídias criticaram a defesa do seu time.

Se continuar com a formatação que está sendo implantada, Ceni será  sacrificado por tentar mudar o paradigma do futebol brasileiro, que é o de não gostar de gols, que ano a ano vai se tornando uma pornografia.

NOTA 5- OS MILHÕES E OS MILHINHOS DA TV

* As diferenças na aquisição pela TV Globo dos estaduais é algo que assombra. Obvio que o futebol paulista e carioca tem mais demanda, mais chamamento por conta de clubes fortes, e merecem ter cotas mais altas, mas o buraco para outros estados é bem maior do que o Grand Canyon.

Para que se tenha uma ideia da realidade, e que serve para efeito de comparação, relacionamos 10 Estaduais e os valores que foram distribuídos.

SÃO PAULO- R$ 16O Milhões (R$ 18 milhões para cada um dos quatro maiores),RIO DE JANEIRO- R$ 120 milhões (R$ 15 milhões para cada um  dos quatro maiores), MINAS GERAIS- R$ 40 milhões (R$ 12 milhões para cada um dos dois maiores), RIO GRANDE DO SUL- R$ 36 milhões (R$ 12 milhões para cada um dos dois maiores).

A seleção financeira começa com o PARANÁ que teria R$ 6 milhões (R$ 1 milhão para cada um dos dois maiores, que não concordaram). Os restantes R$ 4 milhões foram distribuídos com os demais clubes. Teve até esmola. SANTA CATARINA- R$ 5 milhões, PERNAMBUCO-R$ 4 milhões, BAHIA-R$ 3 milhões, CEARÁ- R$ 2,7 milhões e PARÁ- R$ 2,5 milhões.

Uma licitação seria algo mais produtivo para cada estado. O monopólio é pernicioso e massacra sempre os menores.

NOTA 6- A PREMIER LEAGUE TUPINIQUIM

* A Série B Nacional inovou com relação a distribuição das cotas de televisão, fazendo uma cópia tupiniquim da Premier League, quando os clubes não irão recebe-las pela tradição ou importância no futebol brasileiro, mas levando em conta o desempenho no ano anterior.

Quem acompanha o blog já leu diversos artigos sobre o modelo das cotas da SÉRIE A, quando pregávamos uma melhor distribuição entre os clubes.

Um fato que sempre destacamos estava relacionado aos clubes rebaixados, que saiam de um patamar alto, para um bem abaixo da realidade, causando um desequilíbrio financeiro.

Corrigiram, e aqueles que foram rebaixados terão um bônus pelas suas classificações.

No novo sistema haverá uma nova divisão com 60% divididos de forma igualitária e 40% levando em conta o que aconteceu na temporada passada.

Sem dúvidas um avanço, um pouco diferente do modelo inglês, que divide de forma igual 50% para todos, 25% pela classificação na última temporada (seja na 1ª ou 2ª divisão) e 25% do live fee, que é um quociente determinado por quantas vezes o jogo de cada time é exibido, sendo que todos os clubes começam a temporada com a garantia de 10 jogos.

Uma novidade nesse futebol tão estático e subserviente.

Escrito por José Joaquim

Temos uma longa estrada de vida e nesse roteiro vivenciamos um pouco de tudo, mas nunca vimos algo tão destruidor como o que vem acontecendo nesses últimos anos na história do povo brasileiro.

Não há um dia sequer que não suja um escândalo, numa demonstração que o cupim da corrupção vem minando os alicerces da nação.

No dia de ontem vimos uma foto do Conselho Técnico do Circo com os clubes da Série A Nacional, e nos questionamos de como pessoas sérias podem ser comandados por um cidadão que não sai do Brasil por conta do FBI.

Não existe nenhum constrangimento, e tudo parece que estão numa Ilha da Fantasia.

Quem não deve não teme, e o cartola maior já deveria estar presente em reuniões da FIFA e CONMEBOL, que são importantes para o nosso futebol. Tal fato é prejudicial para o segmento.

Vivemos um momento onde a sociedade desintegra-se lentamente, e por conta disso fecha os olhos para o que acontece em seu entorno. O novo sistema nacional obedece a uma linha da meia honestidade, meia corrupção e, sobretudo, as meias verdades.

O esporte brasileiro como faz parte do sistema, não poderia ficar imune a inoculação desse vírus letal, especialmente o futebol, que tornou-se uma porta de entrada para a lavagem de dinheiro.

Diógenes de Sinope, filosofo grego que viveu no ano 412-AC, ficou conhecido além de sua obra, por ter percorrido a cidade de Atenas durante a luz do dia com uma lanterna nas mãos, e quando lhes perguntavam o motivo, respondia que estava em busca de um homem verdadeiro e honesto.

Encontraram-no nas ruas de nosso país fazendo a mesma busca.

Esse tornou-se o símbolo na luta contra os desmandos, e que bem poderia influenciar a maioria de nossa população que é composta de pessoas sérias, inclusive no futebol, mas que estão totalmente arrefecidas na luta por melhores dias, como tivessem tomado uma anestesia geral.

Na falta de pessoas firmes, Ricardo Teixeira dominou o futebol por longos anos. Renunciou após as denuncias de corrupção na FIFA, vive no Brasil influenciando ainda o Circo.

José Maria Marin, que ficou em seu lugar, está preso nos Estados Unidos, por suspeitas do recebimento de propinas nos contratos de diversas competições.

Como o esquema do Circo é fechado, o substituto foi eleito, Marco Polo Del Nero, que também está sendo investigado na FIFA, como pelo FBI.

Como um esporte que vem sendo comandando nas últimas décadas por tais cartolas poderia evoluir? Qual a sua credibilidade?

O futebol brasileiro vai mal, apesar de tantas loas de uma imprensa que também finge que nada acontece. A média de público nos estádios representa a cara dessa realidade.

Não somos, e não queremos ser um paladino da moralidade, mas o nosso limite tem tolerância, que está sendo extrapolado, quando presenciamos o que acontece nesse esporte no país.

Cada vez mais torna-se necessário uma faxina geral na Confederação, Federações e em muitos clubes, para que o esporte possa voltar a ter a seriedade para a sua credibilidade, reconquistando o mercado consumidor.

Caso isso não aconteça, teremos que solicitar ao último honesto que apague a luz, e que tenha no aeroporto a sua única salvação.

Confiamos que Diógenes com a sua lanterna achará o homem certo para expulsar todos os que estão dizimando o futebol, antes que seja tarde.

Escrito por José Joaquim

O Bloco do Sanatório Geral era um dos mais famosos do Carnaval de Fortaleza. Arrastava multidões.

Não sabemos se ainda sai na época carnavalesca, mas de qualquer maneira já tem um substituto nacional, que irá desfilar nas passarelas do Rio de Janeiro, com passagens em outros estados do Brasil. 

As suas alas são variadas. A dos barões famintos, dos napoleões retintos e a dos pigmeus do bulevar. Os componentes fazem parte do futebol brasileiro, que se transformou em um Sanatório Geral, onde ninguém se entende, e falta-lhe um comando para dirigi-lo.

O ensaio foi em Pernambuco, mas foi um fracasso de público, apenas 758 pessoas estavam no Arruda para aplaudi-lo. Trazer o Belo Jardim,  clube do Agreste, para jogar no Recife como mandante, faz parte da insanidade que reina em nosso futebol.

O bloco voltou para o Rio de Janeiro, que continua lindo, mas as balas perdidas voam sobre as cabeças dos seus habitantes, onde Flamengo e Vasco fazem parte de um enredo novelesco na busca de um estádio para a realização do jogo envolvendo os dois clubes, pela semifinal da Taça Guanabara.

Existe uma liminar da Justiça, determinando que os clássicos locais sejam assistidos por torcida única. Na verdade isso deveria ser uma ala com um enredo próprio do Bloco do Sanatório Geral.

Pensaram em Juiz de Fora, que vetou a sua realização por conta do Carnaval. Seria uma maneira de driblar a determinação judicial. Mineiro que de besta não tem nada, fugiu como um diabo da cruz, e não aceitou ser palco de uma futura batalha campal.

Os desfilantes procuraram o Magistrado que concedeu a liminar, com a alternativa do Engenhão, inclusive com o acordo da Policia. Esse achou interessante, mas descartou por falta de tempo hábil.

Os napoleões retintos continuaram passando cantando músicas carnavalescas antigas. De repente reuniram-se na sede grandiosa da FERJ, o que não é novidade, desde que Federação de Futebol não faz nada, mas tem um prédio de luxo para abrigar os cartolas que participam do bloco, para arrumarem uma solução. 

Nesse conclave surgiram dois locais como alternativas, Manaus e Brasília. A policia vetou o Mané Garrinha, e o Flamengo com o apoio da Globo não aceitou a Arena da Amazônia.

Procuraram o Mineirão, mas como toda Arena que se preza, acontecerá no local bailes carnavalescos.

De repetente o Bloco dirigiu-se para o Pacaembu, mas tornou-se impossível por conta do Carnaval de Doria, que está dando um banho no de Crivella, dede que esse só gosta de musica gospel. 

Na verdade trata-se do melhor desfile desse grupo carnavalesco, e que deverá ter outras alas, mesmo ferindo os artigos do Estatuto do Torcedor. 

Eurico Miranda já afirmou que o seu time não irá ao campo caso o jogo seja com uma única torcida. 

Tudo isso na terra do Maracanã que está abandonado depois das Olimpíadas. Ou então irá acontecer com portões fechados, que seria um final melancólico. 

Tudo poderá ser resolvido se o Juiz Guilherme Schiling  revogar a sua decisão. Esse convocou uma reunião para a tarde de hoje com as partes interessadas, para que seja firmado um termo de compromisso no tocante a violência. Todos serão responsáveis. 

Se concordarem, o jogo será realizado no Engenhão, com a presença das duas torcidas, inclusive com a participação do Bloco do Sanatório Geral.

A apoteose do Bloco foi em São Januário, casa do Vasco da Gama, na festa de Luiz Fabiano. Por conta das palavras de Eurico Miranda na sua apresentação, pensamos que o  contratado era Messi.

Os jurados do desfile foram os jornalistas que estavam presentes ao ato solene, e tiveram que aguentar as baforadas do Charuto do Velho Patriarca, e as suas palavras tornando Fabiano como o melhor atacante do mundo e que iria levar o seu time para outro patamar.

Só mesmo esse cartola com tanto enaltecimento, para um jogador de 37 anos, vindo da segunda divisão da China, e sem entrar em um gramado há dois meses. Pela experiência poderá ser útil ao Vasco, mas sem as proporções decantadas pelo Patriarca.

Esse é o tamanho de nosso futebol, com a torcida organizada do clube carregando o atleta nos ombros.

Só mesmo no Brasil um bloco como esse conseguiria tanto destaque como o do Sanatório Geral, que é candidato ao estandarte de ouro do Jornal o Globo, como o melhor desfile do Carnaval do Rio de Janeiro de Cabral e Pezão.

E nós temos que aguentar um barulho como esse.

Escrito por José Joaquim

Menos de um mês de temporada futebolística no Brasil, existe uma quase unanimidade com relação ao calendário do futebol brasileiro. Todos reclamam, mas não resolvem o problema.

As únicas exceções são os dirigentes das Federação Estaduais, que olham apenas para os seus próprios interesses, e deixam de lado o coletivo, que poderia trazer para o futebol brasileiro uma nova roupagem.

Sempre nos preocupamos com a sazonalidade da maioria de nossos clubes, especial os de Pernambuco.

Defendemos a municipalização do futebol, e tivemos uma boa experiência com uma competição que realizamos na entidade local, com clubes campeões das Ligas do Interior, e como acompanhamos o evento, vimos o seu sucesso. Alguns dos participantes se profissionalizaram. Esse é o destino a ser dado ao futebol.

O que acontece no Brasil, é que os segmentos envolvidos, CBF, Federações, e emissora que detém os direitos de transmissão, se apossaram do direito de uma SELEÇÃO FINANCEIRA em nosso futebol.

Para eles vida longa para a elite, e exaltação aos jogadores celebridades, enquanto a maioria absoluta é jogada em um campo de concentração, sem direito a nada, e hibernando a maior parte do ano.

O esporte precisa de suas estrelas, mas também necessita dos Severinos, Josés e Joões, pois eles fazem parte da alimentação de uma cadeia produtiva para a sua formatação. 

Os Estaduais da maneira que são realizados tornaram-se obsoletos, iguais aos cartolas que os promovem. Necessitam de uma reformulação, e essa se faz com o seu alongamento em nível nacional, transformando-o na Série E Brasileira, com direito a acesso com recursos, e com a participação de clubes que não atuam nas demais divisões.

O que mais lamentamos é a falta de visão de uma sociedade elitista, que não verifica a perda da qualidade do futebol brasileiro, por não contar com talentos que vinham de times menores, e que serviam para abastecer e renovar os clubes de todo o país.

Jogam três meses de campeonato, alguns equivocados como o de Pernambuco, e no final paralisam as suas atividades por um longo período.

Fizemos uma pesquisa em vários estados do país na procura das revelações dos estaduais, e constatamos que foram poucos atletas levados por equipes maiores. Em Pernambuco não detectamos nenhum.

Os clubes que disputam esses campeonatos, como eles são rápidos, todos os anos contratam os mesmos jogadores, rodados, e que só tem esse mercado sazonal, e deixam de lado talentos que vivem em suas regiões.

Esse é o processo que acontece no futebol brasileiro, e cuja entidade maior só tem uma preocupação, a sua seleção.

Quando não existiam as competições nacionais, os estaduais representavam o futebol brasileiro, duravam o ano todo, e os gramados assistiam aos bons jogos, e observavam muitos talentos locais e regionais.

Hoje tudo mudou, esses campeonatos são aceitos por apenas 6% dos torcedores.

Isso demonstra a necessidade de uma reformulação, mas enquanto os atuais cartolas das entidades que administram o esporte estiverem em seus cargos, nada mudará pois só enxergam os seus umbigos, e não visualizam os Severinos, Josés e Joões que também fazem parte do sistema, e são apenados por conta de uma ditadura implantada no futebol nacional.

Precisamos de um processo de inclusão, desde que a seleção financeira adotada, é tão perversa  quanto a racial, e isso nos lembra fascismo.