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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- TEVE GALO E FUTEBOL 

* Gritaram tanto que não haveria o Desfile do Galo, que os profetas do caos ficaram emocionados.

Na realidade o desfile aconteceu, com uma excelente participação dos foliões, e sem nenhum incidente, graças ao bom trabalho de nossa Policia Militar.

Conhecemos algumas pessoas que não dormiram bem no sábado para o domingo. 

Enquanto o Galo passeava pela cidade, o futebol rolava pelo mundo e especialmente no Brasil. 

Dos diversos jogos das Ligas Europeias, o melhor foi o do Chelsea contra o Swansea City, que terminou com o placar de 3x1 para o líder da competição que passou a somar 63 pontos.

A diferença de qualidade entre os dois clubes é grande, mas a atuação do meia Harzard foi que deu o brilho á partida. Um número 10 de alto nível, posição essa que está fazendo falta no futebol mundial e em especial no futebol brasileiro. 

Com relação aos jogos que foram realizados no Brasil, os que chamavam mais atenção eram o do Fluminense e Madureira, e Vasco e Flamengo, pela semifinais da Taça Guanabara.

Com três maiores torcidas do estado, o público pagante foi de 7.476 torcedores, sendo 1.992 do jogo em Duque de Caxias, e 5.484 no clássico que já foi dos milhões.

O que estão fazendo com o futebol brasileiro é sem dúvida um crime. Os clubes recebem cotas altas da televisão e não se importam com as suas torcidas, jogando com estádios vazios. 

A falta de datas, o número de competições, obrigaram a jogos em um sábado de carnaval, e com problemas de risco como o do Flamengo e Vasco.

Com relação as duas partidas, o Madureira merecia a vitória, dominou o tricolor das Laranjeiras, perdeu gols incríveis e terminou eliminado por conta do empate de 0x0.

Por outro lado o clássico foi de um futebol mediano, sem emoções, e com a vitória do Flamengo por 1x0, com gol de pênalti.

Uma tarde de carnaval triste para o futebol carioca.

Com relação a Copa do Nordeste, a mesma insanidade.

O jogo Uniclinic 0x2 Santa Cruz foi realizado em um estádio vazio, com poucas testemunhas.

Uma pelada paga pelo Esporte Interativo, que é clone da Globo nos procedimentos, com datas e horários grotescos.

Passando para a Arena das Dunas, em Natal, América e Vitória-BA também jogaram para as moscas. O placar de 0x0 foi a cara da partida, mais uma pelada de um futebol pequeno e sem qualidade.

O time baiano contratou vários jogadores, e continua ruim como o do ano passado. 

Em Maceió, o CRB venceu o ABC por 2x0, também com o estado ocioso, que é a marca de uma competição que poderia ser excelente, mas tornou-se grotesca como as demais, por conta da incompetência dos cartolas.

Finalmente o último jogo da rodada carnavalesca da Copa do Nordeste, foi realizado em Teresina entre o River e o Sport.

Pelo menos uma coisa boa, tinha público, bem melhor do que os demais. O rubro-negro foi o vencedor pelo placar de 2x1, e mais uma vez não mostrou um bom futebol. O time é desorganizado.

NOTA 2- O CENTRAL DE CARUARU

* Caruaru tem uma população de 361.686 habitantes. Na Micro-Região do Vale do Ipojuca, onde essa cidade está incluída como célula maior soma 923.152.

São dados que demonstram que existe algo de errado com o Central, o time da cidade, que tem tradição e sobretudo torcedores.

Conforme a tabela do nosso grotesco Hexagonal do Título, em quatro rodadas realizadas o último colocado é o alvinegro do Agreste, com zero ponto.

Como um potencial como esse é descartado?

Qual o motivo da sociedade caruaruense e da sua região metropolitana, não abraçarem o clube?

Há anos que segue a trilha da decadência, e não existe uma movimentação para que novos rumos sejam tomados.

Não existe um melhor exemplo do que o Chapecoense, de uma cidade com 220 mil habitantes, que recebeu o abraço de sua sociedade, e está no terceiro ano na Série A Nacional.

Chegou a hora do Central acordar. 

NOTA 3- A DEMISSÃO DO MELHOR TÉCNICO DO MUNDO

* O técnico italiano Claudio Ranieri, conseguiu algo que poderia ser impossível, o de levar o Leicester ao título da Premier League. Um pequeno clube no meio de gigantes.

Na temporada atual, a história da Cinderela e sua carruagem de abobora, de um sonho tornou-se um pesadelo.

De repente a equipe inglesa, que perdeu o seu melhor jogador, Kanté, negociado com o Chelsea, entrou no parafuso, e está na zona da degola da Liga.

A derrota para o Sevilla por 2x1 pela Liga dos Campeões, foi a ducha de água gelada na cabeça do treinador que acabou sendo demitido, após ser considerado o melhor do mundo pela FIFA.

A síndrome dos técnicos campeões na Premier League persiste.

Roberto Mancini foi campeão com o Manchester City em 2012, não suportou a temporada seguinte, o mesmo se deu com José Mourinho que conquistou o título em 2015, e em 2016 foi afastado por conta dos atritos com seus jogadores.

Na verdade o Brasil está exportando para o Velho Continente, o vírus da demissão de treinadores.

NOTA 4- OITO BRASILEIROS NA FASE DE GRUPOS DA LIBERTADORES

* Dos 32 clubes que estarão disputando a fase de grupos da Libertadores, 8 são brasileiros, fato esse jamais acontecido. Ou seja 1/4 de participantes são do Brasil.

A cada quatro clubes, existe um de nosso país.

O Botafogo está no Grupo 1, Santos, no Grupo 2, Flamengo e Atlético-PA no 4, Palmeiras, no 5, Atlético-MG, no 6, Chapecoense, no 7 e Grêmio, no 8.

A luta agora será a da continuidade na competição.

NOTA 5- O CIRCO REMARCA UM JOGO, MAS  POLICIA VETA

* Não sabemos a razão do Circo Brasileiro do Futebol ter marcado o jogo do Paraná x Bahia pela Copa do Brasil, para a tarde de ontem.

O jogo terminou sendo adiado, a pedido do Bahia, que enfrentou dificuldade para chegar a Curitiba por causa do mal tempo no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, que impediu a saída do voo de conexão até a capital paranaense na noite da sexta-feira (24) como estava previsto.

Com isso, uma parte do time que viajou em voos separados, deveria ter chegado a capital paranaense às 16h da sexta, só chegou por volta das 11 horas do sábado.

Vamos e venhamos, esse nosso futebol é uma zorra. Os clubes não fazem a sua logística correta, dividem delegações em fatias, e nesse caso somente oito atletas estavam em São Paulo, e por conta disso uma partida é suspensa.

Alguém do Circo deveria estar sobre o efeito do Carnaval, trataram o assunto de forma estrambelhada, remarcando a partida para hoje, sem consultar a Policia, que de imediato fez o que deveria fazer, ou seja mostrar que não seria possível remanejar serviços de segurança para essa data, já que tinham outros eventos marcados.

Essa gente da Barra da Tijuca tem um pensamento que mandam em tudo. Nos clubes isso acontece, mas no policiamento é impossível, desde que trabalham com planejamento.

Os cartolas como vivem na Casa da MÃE JOANA, querem fazer com os outros, o que fazem no seu dia a dia. São aloprados.

Escrito por José Joaquim

* Artigo dedicado ao radialista Edinaldo Santos, o último dos moicanos na defesa do frevo de Pernambuco.

Na noite de ontem tivemos a abertura do Carnaval Recifense, com uma multidão no Marco Zero, contando com a presença de vários artistas locais. Uma festa bonita, tranquila e com a participação popular.

Hoje teremos o Desfile do Bloco da Madrugada, com os arautos do caos fazendo de tudo para que aconteçam atos de violência, a fim de que sejam utilizados na política partidária. Trata-se de um modelo terrorista.

O Carnaval de pés no chão, onde os clubes, blocos, maracatus, ursos e outros componentes dessa cultura popular desfilavam pelas ruas dos bairros, e cujos moradores patrocinavam nas listas que eram feitas durante o ano, morreu quando os espigões tomaram o lugar das residências, e esses procedimentos tiveram que desaparecer.

Os grandes blocos que participavam do Carnaval de Pernambuco desapareceram, ou apequenaram-se.

Cadê Toureiros, Bola de Ouro, Lenhadores, Batuta de São José, Clube das Pás, cobrados na música Voltei Recife, do saudoso Capiba, que poucos tem lembrança nessa memoria seletiva da sociedade brasileira.

O Galo é o produto maior do novo período de Momo, que foi tragado pelo mercantilismo e entregue as cervejeiras com um novo formato.

Por outro lado a Era da Imbecilidade falou bem alto, com a proibição de um dos seus símbolos, a marchinha ¨O teu cabelo não nega¨, de autoria dos pernambucanos Irmãos Valença, que conhecemos de perto da Madalena, que foi considerada como racista.

Uma idiotice patológica para quem conheceu a dupla, que jamais iria proceder com tal sentimento.

O Carnaval dos corsos, dos confetes e serpentinas, dos banhos de água, dos grandes bailes dos clubes morreu em suas raízes, quando negociaram a sua alma a grandes produtoras de bebidas, que por sua vez, o transformaram em multicultural, onde até opera é tocada.

Em nosso curso universitário, estudamos Antropologia Cultural, e  Carnaval fazia parte do currículo.

Aprendemos que a multicultura carnavalesca deveria ser feita no seu próprio contexto, através dos seus segmentos, com o frevo sendo o carro-chefe, e não com ritmos estranhos, que estão bem distantes do sentimento cultural de uma festa centenária.

O Carnaval de hoje é dominado pelos palcos, com cantores de outros estados, tudo por conta do dinheiro público e dos patrocinadores.

O frevo agoniza, há anos e nenhum compositor produz algo de novo. Não são ouvidas. As sertanejas com seus jabás dominam o mercado. Às musicas são as mesmas de anos atrás.

Embora seja Patrimônio Cultural da Humanidade, na realidade vive hoje apenas de sua história que sequer é contada para a nova geração.

Tínhamos Carnavais, e hoje temos ¨carnavais¨.

* Imagem do Galo de João Alberto.com

Escrito por José Joaquim

A confusão patética para a realização dos jogos pelas semifinais do Campeonato Carioca pelas dificuldades do policiamento por conta das festas carnavalescas, serve para incrementar um bom debate sobre o tema.

Ouvimos na última quarta-feira uma entrevista do Patriarca Eurico Miranda com fortes criticas ao setor de segurança do Rio de Janeiro, afirmando que esse não tinha a competência para garantir a realização de tais eventos.

Na realidade o cartola deveria entender que a Policia Militar não tem a menor obrigação de participar de eventos privados como os do futebol. As casas de eventos do Brasil contratam segurança particular para garanti-los, enquanto o policiamento fica nas ruas.

Qual a razão do futebol não proceder dessa forma?

Os ingressos são pagos, os clubes recebem cotas das televisões e de patrocínios, as federações cobram as suas taxas, e apenas o setor de segurança não tem ônus, recebendo um sanduiche de mortadela como lanche.

Só na América do Sul tal fato acontece. O papel da segurança é o de proteger o cidadão nas ruas, nos eventos públicos, e não dentro de um estádio com ingressos pagos.

Quem assiste pela televisão ou já teve a oportunidade de estar presente aos jogos do futebol europeu, não observa nenhum policial na parte interna das arenas esportivas. Toda a segurança é realizada de forma privada e paga. Esse modelo também acontece nos Estados Unidos em todas as modalidades profissionais.

Quando um grande jogo é realizado, são centenas de policiais dentro dos estádios, deixando a população sem a devida cobertura para o seu lazer, em especial quando esses são aos domingos. Se tal contingente estivesse nas ruas a violência seria reduzida.

Os clubes gastam milhões com contratações, milhões com reformas em estádios que não são de suas propriedades, salários altos para os profissionais, seria obvio que deveriam assumir a segurança interna dos estádios.

Dessa forma estariam criando melhores condições para o atendimento externo que é a obrigação da Policia.

Na verdade todos ganham com o futebol, menos o policial, que trabalha em um local que não é da sua obrigação, sem receber um centavo pelos serviços, e no final ainda é criticado por cartolas do tipo de Eurico Miranda.

Trata-se de um debate que deveria ser aberto, discutido amplamente, desde que em um esporte que movimenta bilhões, não pode explorar um setor para a prestação de um serviço não remunerado.

Todos ganham, dos bilheteiros, aos que trabalham nos eventos.

Para que se tenha uma ideia, o responsável pelo tal protocolo instituído pelo Circo, apenas para fazer aquele besteirol, ganha em um jogo R$ 1 mil, enquanto o policial recebe um sanduiche igual aos manifestantes pagos para tumultuar as ruas de nossas cidades.

Essa hipocrisia tem que acabar, e que os milionários clubes paguem pela segurança dos seus eventos, e deixem o policiamento nas ruas lutando contra os bandidos.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA ÉTICA INVERTIDA

* A repercussão do cartão vermelho para o corintiano Gabriel no lugar de Maike, no jogo entre o alvinegro e Palmeiras, demonstrou que o futebol brasileiro, como em outros esportes, a lei de Gerson, de levar vantagem em tudo, está sendo bem aplicada.

No meio da confusão, qual a razão de um jogador do alviverde não chamar a atenção do árbitro sobre o erro que estava sendo cometido?

O próprio Keno que foi o que recebeu a falta, omitiu-se, e numa imagem que vimos aparece indicando ao mediador o atleta que foi apenado, que por ¨mera coincidência¨ já tinha uma cartão amarelo. 

É um novo modelo de ética, que está sendo aplicada para defender interesses próprios.

As simulações de  uma contusão para parar o ataque do adversário, ficou tão comum em nosso futebol, como banana em feira.

Tais atitudes não são corretas, ferem a ética, mas continuam sendo utilizadas de forma normal em nossos gramados.

Qual o atleta de voleibol que acusa ter tocado na bola em um ataque adversário, e o juiz marca à favor do seu time? O mesmo acontece no basquete.

A obrigação de vencer a qualquer custo, jogou uma pá de terra na ética, que faz parte apenas dos dicionários.

Quando começamos em uma escolinha de voleibol no Sport, sob o comando de Ayrton Santa Rosa, o primeiro ensinamento foi o de acusar um toque na bola, quando o árbitro ficava na dúvida com o lance.

Já nas quadras, vimos que tal procedimento era habitual entre todos os clubes. Existia ética, e não apenas resultados.

A corrupção, e a violência tomaram conta do país, e levaram de roldão os princípios morais, e isso vimos nesse polêmico jogo.

NOTA 2- JORNALISMO ENGRAÇADINHO

* Somos críticos com relação ao tipo de jornalismo esportivo que foi implantado no Brasil. Postamos vários artigos sobre o tema.

Na última quinta-feira assistimos uma cena grotesca em um programa da Bandeirantes, onde Denílson ouvindo uma música colocada pela apresentadora, fingia chorar por conta da derrota do Palmeiras. Algo bem grotesco.

Por uma coincidência, após o jogo do Náutico, o Esporte Interativo apresentou um programa com o nome ¨No Ar¨, cujo entrevistado foi o jornalista José Trajano.

Para nossa alegria, esse detonou o jornalismo engraçadinho, inclusive citando um dos mais famosos, Thiago Leifert, que agora está no lugar certo, com o vulgar Big Brother.

 Segundo Trajano,¨Jornalista tem que botar na cabeça, principalmente jornalista esportivo que tá com a mania de ser engraçadinho, que isso é outra coisa. Isso é com Marcelo Adnet, é para o pessoal do Porta de Fundos. Os sonhos deles não é continuar no jornalismo esportivo, é ir para o entretenimento, é fazer show na rua Augusta, naquele teatro (de clube de comédia) e por aí¨, criticou.

Ainda bem que não estamos isolados nessa luta contra a mediocridade, aliada ao grotesco.

NOTA 3- A PRIMEIRA QUEDA DE UM TIME DA SÉRIE A

* Após a disputa de 48 jogos, finalmente um clube da Série A foi degolado na Copa do Brasil.

A vitima foi o Coritiba, o carrasco o ASA do futebol alagoano.

Nos oito jogos realizados pela segunda fase da competição, das cinco equipes da Região Nordeste que estiveram nos gramados, quatro foram bem, e apenas uma foi eliminada, Altos-PI.

Murici de Alagoas,  venceu o América-MG, Vitória derrotou o Bragantino, Sport passou pelo Sete de Dourados, e o ASA-AL, tirou o Coritiba.

São bons números para uma região que sofreu muito na fase inicial.

NOTA 4- A PRIMEIRA LIGA LIDERA NA MÉDIA DE PÚBLICO

* Apesar de toda a bagunça, com a maioria dos jogos com equipes reservas, a Primeira Liga dá um banho nas outras duas competições que estão sendo realizadas, Copa do Brasil e do Nordeste.

Foram realizados 98 jogos nesses três torneios, um total de público de 412.580. A Primeira Liga nos seus 17 jogos, somou 142.300 torcedores, com uma média de 8.659. Na Copa do Nordeste foram realizadas 33 partidas, com um público total de 122.897 pagantes, média de 3.984.

Finalmente na Copa do Brasil, tivemos o maior número de jogos, somando 48, com um público pagante de 147.458, e uma média de 3.072/jogo, caracterizando que as mudanças não foram bem recebidas pelos torcedores.

A Caravana da Miséria, continua vagando pelo território brasileiro, com seus camelos sedentos.

NOTA 5- PÚBLICO FANTASMA 

* Um amigo alvirrubro que foi ao jogo do Náutico pela Copa do Nordeste, na Arena Pernambuco, nos telefonou para dizer que nem que a vaca tivesse tossido, o público pagante desse jogo foi de 2.164 pagantes, com uma renda de 19.790.

Esse correu o estádio para ter uma ideia geral da realidade, e nos garantiu que os presentes no local não chegavam a 1.200 pessoas, contando com a torcida da Paraíba, que era quase igual a alvirrubra.

Como conhecemos o sistema da Arena, na verdade não houve má fé, nem fantasmas. desde que os seus administradores cometem equívoco, quando colocam no movimento financeiro o número dos ingressos que foram colocados à venda, não os vendidos.

Também estranhamos os números apresentados pelo sistema de som do estádio, desde que na venda antecipada o Náutico só tinha vendido 300 ingressos, e de repente chegar a mais de dois mil seria um milagre.  

São coisas do futebol.

Escrito por José Joaquim

O torcedor brasileiro em boa parte não analisa o futebol, é um apaixonado e que recebe informações que não representam a realidade vigente.

Os programas esportivos, em especial os da televisão, na maioria são compostos por ex-jogadores, que se esbaldam para vender um peixe, aos que os assistem, debruçados com o Ipod em suas pesquisas com muitas estatísticas para rechear as análises. 

Houve uma queda no padrão da nossa crônica esportiva, desde que essa não busca mais as fontes, e sim vai busca-las nas mídias eletrônicas, que muitas vezes não refletem a realidade.

Um dos fatos mais interessantes é quando se discute as estratégias dos jogos, sendo o endeusamento dos técnicos tão latente que esquecem os protagonistas do espetáculo, que são os jogadores. Existe uma inversão de valores, pois dificilmente os comandantes perdem em campo e sim os seus comandados.

Quando o time ganha, certamente o grande vencedor segundo os analistas, será o técnico. É uma via de uma única mão.

Numa entrevista coletiva, quando o seu clube não consegue marcar, o treinador diz que o ataque não fez gols porque o adversário tinha oito jogadores atrás da linha do gol. O entrevistador esquece de perguntar sobre o que esse estava fazendo no banco de reservas, pois vendo o posicionamento do adversário deveria ter modificado o seu sistema e furar o bloqueio.

Na realidade hoje quem entrevista pede desculpas ao entrevistado, antes de perguntar.

Vivemos na era do defensivismo, com o placar de 1x0 sendo considerado como goleada, e os treinadores não conseguem novas formulas para que possam penetrar na linha de gol, e como no xadrez dá o xeque-mate.

O inusitado é que os clubes jogam de maneira idênticas, fechados, com excesso de volantes, um desses tem que ser um gladiador, sempre na espera do erro dos adversários. Caso não aconteça o placar fica em branco, e o jogo torna-se chato e inconveniente.

Os treinadores são superestimados em nosso país, mas na hora do aperto não sabem formatar novas táticas, para quebrar as retrancas adversárias, já que também praticam esse método de jogo.

O futebol é um jogo de xadrez, e precisa de treinadores com a paciência de derrubar as torres, os bispos, os reis e as rainhas que estão na sua frente e assim conseguir virar o jogo.

Como isso não acontece, vamos continuar ouvindo as mesmices e, sobretudo, o enaltecimento de alguém que na verdade não merece.

Vivemos na era do mi,mi,mi.