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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A ELEIÇÃO DO SPORT É UMA SALADA DE FRUTAS

* O processo sucessório do Sport Recife é uma verdadeira salada de frutas. Tem de tudo, inclusive um poste que está sendo implantado na Ilha do Retiro. O sócio do clube ainda não conseguiu digerir esse prato.

Gostaríamos de conhecer a plataforma do candidato da situação. Deve ser bem interessante. 

Arnaldo Barros é vice-presidente do clube, acumulando a vice de futebol, e foi um desastre. Patrocinou contratações contrárias aos pareceres médicos, trouxe um grupo de estrangeiros, que vieram do nada para o nada, e os resultados todos nós sabemos, o time lutando contra o rebaixamento. Sem conquistas. Inflou a folha salarial de forma tal que tornou-se incompatível com a sua receita.

O que tem  dizer aos seus eleitores, quando foi incompetente durante a sua gestão? Algo surreal. O Sport vive sérios problemas financeiros graças ao atual presidente, e seu auxiliar mais próximo, e candidato à sua sucessão.

Além do problema das finanças, o patrimônio do clube está destruído. A qualquer momento a sede será interditada sob o risco do telhado cair por conta dos cupins. Por outro lado as quadras cobertas de Tênis estão fechadas desde que a cobertura corre o risco de desabar.

Realmente uma gestão trágica, e que deseja permanecer para continuar com a destruição do clube.

Não estamos participando do processo eleitoral, desde que gostaríamos de uma cara nova disputando-o, mas sentimos a obrigação de postar esse artigo como um alerta contra um continuísmo que não é salutar para a vida do Sport.

NOTA 2- O JEJUM DO GRÊMIO

* O último grande título do Grêmio foi em 2001, quando conquistou a Copa do Brasil. Um jejum de 15 anos que poderá ser quebrado, na decisão da competição que começa hoje no Mineirão. A conquista tem vários significados para os técnicos.

Marcelo Oliveira do Atlético-MG passa por uma grande pressão, por conta do desempenho do clube na Série A, que ficou abaixo do esperado, na relação do custo benefício. Com essa Copa esse terá a chance de ganhar mais um título nacional por quatro anos seguidos.

Foi campeão da Série A com o Cruzeiro em 2013 e 2014, e da Copa do Brasil em 2014 com o Palmeiras. Só Lula, com o Santos conseguiu um penta campeonato na Taça Brasil, entre 1961 e 1965.

Poderá superar, Rubens Minelli, com os brasileiros de 1975 e 1976, pelo Internacional, e 1977 pelo São Paulo, e Muricy Ramalho, tri-campeão da Série A pelo São Paulo em 2006, 2007 e 2008.

Renato Gaúcho técnico do Grêmio leva a pressão do jejum do clube, e para a sua história pessoal a conquista da Copa do Brasil é fundamental, para que não seja vice, como aconteceu com o Vasco em 2006. Como treinador só tem um título nacional, na Copa Brasil de 2006, com o Fluminense. 

Teremos um jogo de emoções, com o Mineirão lotado, e torcendo para que o arbitro não seja amigo de nenhum dos lados.

NOTA 3- FIGUEIRENSE UM RECORDISTA DE DEGOLAS

* O contrato de compromisso e dedicação com os torcedores, que todos os jogadores do Figueirense foram obrigados a assinar, mostrando que dariam o ¨máximo dentro de campo, até a última gota de suor¨, não deu certo, e o clube empatou com o Vasco em três degolas nas 11 temporadas de pontos corridos com 20 clubes.

A sua queda já era uma morte anunciada, e os 4x0 contra o Vitória foi o grande final de um clube que não se preparou para a competição e que passou 20 rodadas das 36 realizadas na zona do rebaixamento.

Na realidade o futebol tem um alto conteúdo de lógica, quando o melhor ganha, no caso do Palmeiras e os piores desabam, como América-MG, Santa Cruz, o próprio, e o Internacional que já colocou a cabeça na guilhotina.

O time catarinense tem apenas 7 vitórias (seis em casa e uma fora), 13 empates e 16 derrotas. Exagerou nos empates. Com 34 pontos a equipe alvinegra repete as quedas de 2008 e 2012. Há oito anos caiu com 44 pontos, na 17ª posição. Já o rebaixamento em 2012 foi na última colocação com 30 pontos.

Enquanto isso o Chapecoense completou o terceiro ano na Série A, e está disputando uma semi-final da Sul-Americana.

São clubes de um mesmo estado, com gestões diferenciadas.

NOTA 4- SÓ UM MILAGRE PODERÁ SALVAR O INTERNACIONAL

* A imprensa gaúcha repete o que liamos e ouvíamos em nosso estado com relação ao Santa Cruz na sua luta contra o rebaixamento, quando ainda acreditam na permanência do Colorado na Primeira Divisão Nacional.  

Um sonho impossível de acontecer, desde que os números são tão cristalinos e contrários. O Internacional tem 39 pontos, 10 vitórias, 40 gols e -7 de saldo, enquanto o Vitória soma 42 pontos, 11 vitórias, 51 gols e -2 de saldo.

Irão disputar seis pontos, cada um com um jogo fora e um outro em casa. O time baiano enfrenta como visitante o Coritiba, que já escapou da degola e não tem mais a ânsia de somar pontos como necessidade, e em casa o Palmeiras já com o título de campeão.

Enquanto isso, o Colorado, recebe o Cruzeiro em casa, em mais um jogo complicado pelo que está jogando, e fora o Fluminense. Um percurso bem tortuoso.

As suas chances de rebaixamento são de 90%, enquanto as do Vitória são de 8%. Na realidade o Internacional tem a mesma história do ¨pau que nasce torto, morre torto¨. Teve uma temporada da pior qualidade, trocou de técnico por quatro vezes, somou 10 vitórias, 9 empates e 17 derrotas. Tais números são de times rebaixados.

O clube terá que fazer algo inédito na história dos pontos corridos: descontar pelo menos 3 pontos de desvantagem em apenas duas rodadas. Além disso, o Vitória, último time fora da zona de rebaixamento tem cinco gols de saldo a mais.

Se o Inter fizer seis pontos, vai a 45 na tabela. Para se manter na Série A, terá que torcer para que o Vitória some no máximo dois pontos (ou três, desde que o time gaúcho consiga impor uma diferença de seis gols de saldo, ou que o Sport some no máximo dois pontos).

Se o Colorado fizer quatro pontos, com uma vitória e um empate nos jogos restantes, terminará o campeonato com 43 pontos. Neste cenário, terá que torcer para que o Vitória perca seus dois jogos (ou some no máximo um ponto, desde que consiga impor uma diferença de seis gols de saldo).

Caso esse vença um jogo, o Vitória perdendo os seus dois jogos restantes, e, além disso conseguir virar a diferença de saldo poderá fugir da degola.

Uma matemática complicada, e que leva a um único caminho, a Série B de 2017. 

Escrito por José Joaquim

 A ¨Era da Imbecilidade¨ tem no futebol brasileiro o seu maior aliado. Continua evoluindo e está atingindo o seu pico máximo.

No último domingo a falta de bom senso da Policia Militar de São Paulo, impediu que a menina Maria Eduarda, de 7 anos de idade, acompanhada do pai, entrasse no Allianz Parque com o rosto pintado com as cores do Palmeiras, para assistir a partida contra o Botafogo pelo Brasileirão. A justificativa foi somente a de que não se pode entrar com rosto pintado no local.

Na verdade, existe uma orientação para que não seja permitido a entrada de caras pintadas,  como prevenção de identificação no caso de algum tumulto. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Obvio que uma criança com sete anos de idade não representa um perigo para a sociedade, a não ser, que estejamos no Estado Islâmico, que faz parte da Era da Imbecilidade Mundial.

O nosso país vive com intensidade essa era, que poderá fornecer subsídios para a edição de um livro sobre o tema. Não existe imbecilidade maior do que a solicitação da prisão do Juiz Sergio Moro pelos advogados do ex-presidente Lula, que está sendo investigado em várias frentes por corrupção.

Vivenciamos hoje uma transformação que substitui o intelecto pelos músculos. Foi criada uma geração musculosa e que pensa muito pouco. Troca um bom livro, um bom debate pelas Academias. Uma boa parte dessa consegue diplomas nas faculdades, mas escrevem xadrez com CH. É a geração dos Pokemons e Coxinhas.

As crianças são enfurnadas em seus condomínios, não sentem o prazer de uma pelada. As celebridades são criadas da noite para o dia, e interferem com seus atos para que outros os transformem como seus ídolos. Temos o maior número de ídolos por metro quadrado do mundo. Haja imbecilidade.

Quando passamos para o esporte da chuteira, não existe nada mais imbecil de que as táticas pragmáticas e defensivas, e as bolas alçadas na área. O time campeão do Brasileirão, o Palmeiras tem nesse fundamento a sua prioridade. Será o vencedor e ressaltado pelos ufanistas, que esquecem o bom futebol.

Mais imbecil não poderia ser, o número de passes errados durante um jogo, ou a media de 48% de bola correndo. Para se bater um lateral é consumido mais de dois minutos, em especial quando o time está ganhando. Os preços dos ingressos deveriam ser cobrados pelos minutos jogados.

E as torcidas organizadas que transformaram o futebol e um meio de vida, e numa praça de guerra? No último sábado fizeram uma festa em Londrina, quando os torcedores do clube local atacaram os do Avaí.  São uns imbecis.

E as entrevistas coletivas? No final de tantas perguntas e respostas, o resultado é inexistente, posto que ninguém pergunta nada, nem alguém não responde nada. O Aurélio é atingido de cheio, e remove-se em seu túmulo.

E os narradores, comentaristas e zé-regrinhas? Falam de tudo, menos do que está acontecendo no gramado. Existem poucas exceções que escaparam dessa Era. Os programas esportivos viraram de humor. Poucos debatem com seriedade o que acontece no mundo do futebol.  

E assim vamos caminhando pela Era da Imbecilidade, com a internet sendo a sua tutora, e porta voz de tudo que acontece.

Não existe mais o diálogo, nem nas famílias, e sim a troca de mensagens. O jornalismo virou do UOL.

Com uma sociedade omissa, os corruptos tomaram conta do Brasil, aproveitando-se do pico da Era da Imbecilidade, onde ninguém sabe, ninguém viu.

A nossa esperança vem da Operação Lava Jato, que poderá com seus resultados mudar o destino do país, para que possamos voltar a ser feliz, e iniciando uma nova Era.

Escrito por José Joaquim

A incompetência é a alma do negócio no Internacional de Porto Alegre. Um clube com uma previsão orçamentária de R$ 311 milhões para 2016, já tendo atingido até o mês de junho R$ 250 milhões, se tivesse uma boa administração certamente não estaria no fundo do poço, lutando contra o rebaixamento que será o primeiro de sua história.

O vídeo da apresentação do novo treinador Lisca, com a presença do presidente Vitorio Piffero, que foi pífio em sua gestão, e de Fernando Carvalho, ex-presidente e atual diretor de futebol, mostrou semblantes de derrotados.

Os caminhos do time Colorado em 2016, foram traçados pela incompetência, sobretudo pela ausência de um planejamento estratégico, que é fundamental para o futuro de qualquer agremiação.

A folha salarial do futebol chega a R$ 9 milhões, o que representa uma insanidade quando se faz uma comparação com a qualidade do seu futebol.

Conversamos ontem com um amigo de Porto Alegre, que é sócio do clube, e esse nos forneceu alguns detalhes para que pudéssemos consolidar esse artigo.

Segundo esse, o retorno de Fernando Carvalho que foi um bom presidente, mas se tornou um empresário do futebol, com negócios de compra e venda de atletas, foi um desespero do atual mandatário, e um tiro no pé.

O setor foi praticamente terceirizado para um grupo chamado ¨A Liga¨ que tem interesses com o diretor, que é comandado pelo empresário Frank Hanouda, bem conhecido do futebol de Pernambuco, em especial do Sport. Um agente dessa empresa, Chumbinho foi contratado para gerenciar o setor de futebol do clube, trazendo Celso Roth para o comando do time. Deu no que deu.

A contratação de quatro treinadores em uma temporada é um atestado de má gestão, e mais uma vez afirmamos, de planejamento. Argel, Falcão, Roth e agora o surreal Lisca, que concretizou o seu sonho de dirigir o Colorado, e na entrevista de apresentação afirmou que iria tira-lo dessa situação, e era o único sorridente, como uma criança quando ganha uma bala.

Nada contra o técnico, mas trata-se de uma contratação de quem está na beira do fogo do inferno.

A solução encontrada pelos cartolas do Internacional numa reunião com os atletas, para a obtenção dos pontos necessários para a fuga da degola, foi a de uma premiação milionária, para aqueles que passaram o ano com alto salários e levaram o time para o buraco.

Prometeram R$ 6 milhões para ser distribuído com o elenco, como se o dinheiro trouxesse felicidade, jogasse futebol, e apagasse tudo que aconteceu no clube durante o período.

Na noite de hoje, teremos o primeiro jogo entre os três que faltam para o término do campeonato, contra o Corinthians no Itaquerão, e pelas estatísticas como visitante, nem os milhões levarão o Colorado a um bom resultado, embora o adversário seja um outro péssimo exemplo de administração.

Postamos esse artigo para mostrarmos que sem um bom comando, sem um projeto bem elaborado, os clubes não terão futuro, desde que o dinheiro se transforma em vendaval nas mãos dos incompetentes.

Trata-se de um bom exemplo para dezenas de entidades do nosso futebol, inclusive o Sport que teve uma folha salarial de R$ 3.6 milhões, e com um fraco retorno.

Direção de qualquer empresa, e o clube está enquadrado, é para os competentes e profissionais.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- GARFARAM O INTERNACIONAL

* Corinthians e Internacional fizeram um jogo da pior qualidade. Mais de 60 faltas, mais de 70 passes errados e 47 minutos de bola correndo. A cara de nosso futebol.

O Colorado desesperado não finalizou uma única bola no primeiro tempo, e apenas uma no segundo. O alvinegro de São Paulo foi o melhor dos piores, com o goleiro Danilo Fernandes do time visitante realizando algumas defesas milagrosas.

Na verdade dois times medíocres, que merecem as posições que se encontram, e o gaúcho marchando para o seu primeiro rebaixamento.

O placar final foi de 1x0 para o Corinthians, graças ao apito amigo Rodolfo Marques, que foi o único que viu um pênalti de Ernando contra Romero. Uma vergonha, que está se tornando sistêmica e necessita de uma investigação de parte do Ministério Público.

O pênalti inventado pouco foi comentando pelo narrador e comentarista do Sport TV, já que ajudou ao queridinho da emissora dona dos direitos de transmissão. Pouco falaram. Mais uma vergonha.

O Corinthians está lutando pelo G6, e a sua presença na Libertadores é importante.

O Internacional vive o pior momento de sua história. A equipe é fraca, o comando mais fraco ainda, e voltamos a afirmar o rebaixamento é irreversível.

Mais uma da arbitragem brasileira.

NOTA 2-  A CONTA BANCÁRIA DE DEL NERO

* O jornal Folha de São Paulo na sua edição do domingo nos trouxe uma informação bem importante com relação ao cartola maior do futebol brasileiro, Del Nero, que foi dono de uma conta bancária durantes 12 anos nos EUA. Ele a encerrou em 2011, ao depositar o saldo em conta do Danford Coporate Services INC, um fundo de investimentos privado com sede nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal.

Nada de anormal, mas o problema do dirigente é que no depoimento aos senadores da CPI do Futebol em dezembro de 2015, negou que tivesse uma conta no exterior e afirmou que nunca esteve em um paraíso fiscal.

Uma resposta igual a de Eduardo Cunha no Conselho de Etica da Câmara, que culminou com o mandato sendo cassado, e hoje é morador de um presídio em Curitiba.

Em dezembro a Justiça americana indiciou o presidente do Circo, acusado de fazer parte do esquema de recebimento de propina na venda dos direitos comerciais de torneios no Brasil e no exterior. Desde então não ultrapassou as nossas fonteiras.

Segundo o FBI, a conta registrada em nome de Del Nero foi aberta no HSBC Internacional Private Bank em Miami, no dia 16 de junho de 1999, quando esse era presidente do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo. A empresa beneficiada pelo cartola no novo depósito é sediada nas Ilhas Virgens Britânicas e está em nome de Jesus Gaspar.

De acordo com o documento, o empresário é residente no Brasil, e dono da RV-Brasil-Industria Aeronáutica.

Segundo o presidente, toda a movimentação financeira está declarada no IR e seus impostos recolhidos. A documentação completa está na CPI do Futebol no Senado, que foi abafada pela bancada da Bola.

Com um material como esse, a Policia Federal e o Ministério Público Federal poderiam fazer uma investigação para apurar a origem do dinheiro, e a causa da conta ser em nome de terceiros.

Trata-se de um momento que não pode passar despercebido.

NOTA 3- ¨TIME SEM VERGONHA¨

* Nada melhor que um antigo ditado para caracterizar o torcedor do futebol brasileiro: ¨A MÃO QUE AFAGA É A MESMA QUE APEDREJA¨.

A torcida do Flamengo há bem pouco tempo lotava os aeroportos para a despedida ou a chegada do time. Criaram o ¨cheirinho do hepta¨, que foi adotado pelas mídias esportivas.

No último domingo no Maracanã, após o jogo do rubro-negro carioca, quando empatou com o Coritiba, ouvimos os gritos de ¨Time sem Vergonha¨, vindo das arquibancadas. Os mesmos torcedores que aclamavam o time como campeão.

Na realidade o rubro-negro carioca é o clube com maior futuro no Brasil, por conta de uma situação financeira estabilizada, bons gestores, e os resultados do futebol inclusive foram precoces, desde que 2017 seria o ano da consolidação de um trabalho administrativo e financeiro que foi implantado no clube.

O torcedor brasileiro só aplaude o seu time quando esse disputa o título, ou quando  luta contra o rebaixamento. São adeptos dos resultados. A campanha do rubro-negro da Gávea foi excelente, e claudicou no momento mais importante da competição, e assim sendo não pode ser desconsiderada.

Um fato que está passando despercebido, foi sem dúvida o retorno ao Maracanã, que era tido como a carta na manga para manter a luta pelo título até o final do Brasileirão. O tradicional palco do futebol brasileiro, falhou com o Flamengo, quando nas três partidas disputadas no estádio, foram três empates, perdendo assim seis pontos importantes.

São coisas do futebol, e do Brasil, onde os torcedores não percebem que seu clube fez uma boa campanha, e o título não chegou por conta de alguns fatores que acontecem nesse esporte.

NOTA 4- O JATINHO DA CBF

* Segundo uma matéria publicada ontem pelo jornal Folha de São Paulo, agentes do FBI  e da Policia Federal do Brasil, estão apurando a liberação pelo Circo do Futebol Brasileiro do seu avião Cessna 680 para o ex-presidente Ricardo Teixeira em janeiro de 2014, dois anos após a sua renúncia.

O avião em sua viagem de ida fez uma escala em Boa Vista, Roraima, que é o procedimento de alguns voos em aeronaves menores, quando se dirigem a Miami.

Os agentes não entenderam qual o motivo da mudança na parada, escolhendo Barbados, um paraíso fiscal, no lugar de Boa Vista.

Segundo o Circo a aeronave viajou para que fosse realizada a sua revisão, e que o ex-cartola veio como carona com a sua filha, e a rota do voo foi definida pelos pilotos.

No documento do FBI, um homem identificado como Murilo Ramos aparece como terceiro passageiro. Quem será esse personagem?

Mais um bom subsídio para investigar a cartolagem do Circo.

NOTA 5- ESQUECERAM DE MIM

* A FIFA divulgou no dia de ontem os dez jogadores que concorrem ao prêmio-Puskas de 2016, do melhor gol do ano. Dois brasileiros, Neymar e Marlone, estão entre as opções.

Esqueceram do gol mais bonito do Brasileirão de 2016, que foi marcado por Camilo de bicicleta, na vitória do Botafogo por 2x1 sobre o Grêmio, no dia 4 de setembro.

Além desse lance antológico, o atleta marcou contra o Cruzeiro, no dia 11 de setembro, em pleno Mineirão, com um chute forte de primeira.

Sem duvida esse merecia ter seu nome nessa lista, desde que o gol de bicicleta não apenas pela beleza e leveza, é algo raro no moderno futebol.

Camilo virou o personagem do filme ¨Esqueceram de Mim¨.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O TÍTULO FICOU PARA A PRÓXIMA RODADA

* O Palmeiras derrotou o Botafogo pelo placar de 1x0, mas a sua torcida não teve a oportunidade de gritar ¨É campeão¨, por conta dos resultados dos jogos de clubes que ainda sonhavam com o título.

Na realidade a rodada definiu o título, posto que a distância do alviverde para o Santos aumentou para 6 pontos, e como tem duas partidas a serem disputadas o troféu é palmeirense.

O jogo não tem muito a ser comentado, dentro do padrão do futebol brasileiro, e o placar de 1x0 é o atestado da realidade.

No Mineirão o Santos que era o mais próximo do lider, conseguiu virar o placar para 2x1, mas sofreu o empate com o Cruzeiro com 10 jogadores em campo. Com o resultado de 2x2, embora com chances matemáticas, o time da Vila Belmiro virtualmente deu adeus ao título.

No Barradão o Vitória goleou o Figueirense por 4x0, se afastando da degola, e decretando a queda do time catarinense. Com essa vitória, o rubro-negro baiano somou 42 pontos, diminuiu o seu saldo de gols negativos, e jogou a pressão para o Internacional no seu jogo de hoje contra o Corinthians. Não temos dúvida de que o Colorado sofrerá o seu primeiro rebaixamento.

Na Arena do Grêmio, com um time alternativo, o time local derrotou o América-MG por 3x0. Resultado previsível. Na cidade de Campinas, o Fluminense deu adeus a Libertadores ao ser derrotado pela Ponte Preta (1x0). Outro clube que teve uma queda livre.

No último jogo da tarde, como já era esperado, o Atlético-PR derrotou o Sport por 2x0, assumindo a 5ª colocação da competição, aumentando a vantagem sobre o Corinthians na luta pelo G6. O resultado foi justo, desde que o rubro-negro da Ilha do Retiro teve pouca reação durante o jogo. Continuou a sua sina de trágico visitante. O mais interessante foi o apito do queridinho do Circo, Dewson Freitas, que anulou um gol do time paranaense, para marcar um pênalti. O assistente correu para o meio do campo.

No período noturno, o Flamengo que ainda sonhava com o ridículo ¨cheirinho do hepta¨, empatou com o Coritiba (2x2). Um péssimo resultado, que o afastou de forma definitiva de chegar perto do líder Palmeiras. O resultado foi excelente para o Coritiba que ganhou um ponto fora de casa, importante para a sua situação.

No Arruda vazio, com 3 mil torcedores, o Santa Cruz em um jogo bom de ser assistido, empatou com o time alternativo do Atlético-MG por 3x3, e finamente a atração do Brasileirão, o Chapecoense, derrotou mais um dos grandes do Brasil. A bola da vez foi o São Paulo, com um placar final de 2x0.

O time de Chapecó continua sendo um exemplo para os medianos que disputam o Brasileirão. 

NOTA 2- A ESTREIA DE LISCA

* O Itaquerão em São Paulo será o palco da estreia do técnico Lisca à frente do desesperado Internacional de Porto Alegre.

Sem poder sequer empatar o time gaúcho irá enfrentar o Corinthians que vem de mal a pior, inclusive perdendo a confiança do seu torcedor, que há muito abandonou o estádio.

O alvinegro de São Paulo ficou em 3º lugar no turno, com 34 pontos, com 59,65% de aproveitamento. No returno rolou a ladeira. Nos 16 jogos realizados somou 17 pontos, 35,42%, classificando-se na zona de rebaixamento. Nos últimos 30 pontos disputados, somou apenas 10 (33,33%).

Tais números atestam que o adversário do time gaúcho é um time que poderia ser batido em condições normais, mas pelo retrospecto, apesar de tudo o Corinthians é favorito e tem chances de bater mais um prego no seu caixão.

O Colorado já foi ruim no Turno (14º), com 38,60% de aproveitamento, piorando no returno (16º), 35,42%. As estatísticas mostram a sua atual realidade. Ganhar o jogo de hoje não é impossível, mas na verdade pelo que está jogando tal fato será bem difícil de acontecer. A não ser que o dinheiro seja o seu motor de combustão. A sua situação piorou por conta do resultado do Vitória contra o Figueirense.

Um jogo imperdível, não pela qualidade, pelos disputantes.

NOTA 3- O VASCO E A MÁ GESTÃO

* O Vasco da Gama decidirá na última rodada da Série B o seu acesso, correndo grande risco, por conta da fragilidade de um time envelhecido e muito ruim.

Além disso a sua trajetória foi afetada por conta de gestões desastradas, Eurico Miranda, Roberto Dinamite e atualmente com a volta de Eurico Miranda, que trataram o clube de forma amadora, e como esse fosse a continuidade de suas casas.

Sem planejamento e com um amadorismo radical, desde 2003 colheu três rebaixamentos (2008, 2013 e 2015), e com recursos 20 vezes maior daqueles dos adversários, poderá permanecer mais um ano na Segunda Divisão Nacional.

Por outro lado, o Vasco da Gama é vítima, assim como ocorre com outros clubes do Brasil, em especial do Rio de Janeiro, da mediocridade dos estaduais.

Trata-se de uma vitória de Pirro. Disputam essa competição contra equipes fracas, numa perda de tempo, sem a miníma preparação para competições mais difíceis, como exemplo o Brasileirão.

Outros exemplos de campeões estão na Série A Nacional, com Internacional, Vitória, Santa Cruz e América-MG, esses dois últimos já rebaixados, na espera de um desses para que possa juntar-se aos seus destinos.

Má gestão produz fatos como esses.

NOTA 4- UMA LÓGICA INVERTIDA

* Algo estranho se passa em Minas Gerais com relação ao seu futebol.

Geralmente os técnicos são reprovados quando as campanhas dos clubes não são boas, fato esse que aconteceu com o América-MG e Cruzeiro, embora o time Celeste tenha melhorado após a contratação de Mano Menezes.

Quando o técnico vai bem, a lógica determina que esse permaneça no cargo para a próxima temporada, algo que o Atlético-MG, não está garantindo a Marcelo Oliveira, apesar de um ano proveitoso. 

Finalista da Copa do Brasil, já classificado para a Libertadores, o técnico pode vencer o quarto título nacional de forma consecutiva. Entretanto pelo que lemos e ouvimos na mídia mineira, o seu futuro está incerto, pois consideram que o seu trabalho tem altos e baixos, mesmo com o aproveitamento de 55,8% em 40 partidas.

Realmente é algo surreal um treinador vitorioso, com contrato até o final de 2017, ser preterido por alguém que poderá dar certo ou não no comando do clube.

Nem Freud poderia explicar tal atitude.

NOTA 5- PRODUTO EM EXTINÇÃO

* O Campeonato Brasileiro poderá ser lembrado por conta dos erros dos apitos amigos, que modificaram vários resultados. Mas com certeza não será pelos gols de falta.

Um levantamento feito em 330 jogos realizados, apenas 14 dos 842 gols marcados foram originados em tiros livres, o que representa 1,6% do total. Nessas 33 rodadas, o tricolor Gustavo Scarpa foi o mais eficiente nesse quesito, com dois gols.

Dos 20 clubes que disputam o campeonato este ano, 11 marcaram gols de falta. Num país que já produziu exímios cobradores, como Didi, Zico, Rivelino, Roberto Dinamite, os números surpreendem.

Vivenciamos uma época em que atletas após os treinamentos, continuavam no gramado aprimorando-se na cobrança de faltas, e tornavam-se especialistas.

Hoje mal acaba um treino, todos pegam os seus carrões e desaparecem, não conversam nos vestiários. São verdadeiros burocratas, e responsáveis pela decadência desse fundamento qie é importante para a decisão de uma partida.

Na Série B, Marquinhos do Avaí continua sendo um exímio cobrador de faltas. O último dos moicanos.