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Escrito por José Joaquim

Dependendo dos resultados de três jogos que serão realizados pela 36ª rodada do Brasileirão no dia de hoje, o Palmeiras poderá ser o primeiro clube brasileiro desde 2003, a conquistar o título esperando nos vestiários.

O clube alviverde enfrenta o Botafogo às 17 horas (de Brasilia), no Allianz Parque. Se vencer irá somar 74 pontos. No mesmo horário o Santos, que tem 67 enfrentará o Cruzeiro no Mineirão. Em caso de derrota ficará sem chances de título. Um empate manterá uma tênue esperança.

Entretanto, a conquista palmeirense não depende apenas da queda do time da baixada santista. Precisará acompanhar no vestiário, e os torcedores nos seus sofás, o resultado do jogo entre Flamengo e Coritiba, que será realizado no Maracanã ás 19h30. Uma derrota ou mesmo o empate, somando-se ao insucesso do Santos e a vitória do Palmeiras, esse poderá dar o grito de campeão.

Para que isso possa acontecer, necessita de uma combinação com os russos, e pelos números e estatísticas isso não irá se concretizar. O clube do Parque Antarctica confirmará o seu título na 37ª rodada, sem combinação matemática.

Teremos mais seis jogos nessa tarde/noite, e um na segunda-feira, envolvendo o Corinthians e Internacional que jogará sabendo dos resultados do Sport Recife e Vitória. Só mesmo numa entidade que cheira a podridão e que dirige o nosso futebol isso poderia acontecer.

O rubro-negro da Ilha do Retiro irá enfrentar o Atlético-PR e seu gramado sintético, e será mais uma vitima de um time que só joga em casa, e pena como visitante. O clube paranaense somou 52 pontos na tabela de classificação. Desses, 44 foram conquistados na sua Arena (14 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota).

Enquanto isso, o time pernambucano é um péssimo visitante. Somou apenas 11 pontos (3 vitórias, 2 empates e 12 derrotas), aproveitamento de 21,57%. Pelos números irá acumular mais uma derrota nesse encontro de rubro-negros.

Em Salvador acontecerá uma peleja de times desesperados, envolvendo o Vitória (16º) e Figueirense (18º).  Na realidade o sonho do time catarinense de escapar da degola não será realizado, e para que isso pudesse acontecer só através de um tsunami que arrastasse a equipe baiana e o Internacional.

Sonhar é um direito, mas nesse caso, para isso tornar-se uma realidade é acreditar no impossível.

As demais partidas serão amistosos profissionais, desde que os clubes envolvidos já definiram as suas permanências na competição de 2017, e outros já deram o adeus com o rebaixamento (America-MG e Santa Cruz).

O Atlético-MG irá enfrentar o Santa Cruz no Arruda com um time reserva, e que servirá de teste para o lateral Marcos Rocha. Por outro lado o adversário do time mineiro na Copa do Brasil, Grêmio, também colocará em campo para o seu jogo contra o América-MG uma equipe com a mesma escala.  Ponte Preta x Fluminense e Chapecoense x São Paulo completam os amistosos.

O insano Calendário do futebol brasileiro, ao juntar duas competições importantes, cria motivos para que fatos como esses aconteçam, desmoralizando o seu maior Campeonato.

Enquanto a Lava Jato não tomar conta desse esporte, a avacalhação continuará firme.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O NÁUTICO AINDA PODE SONHAR 

* O Avaí é o segundo clube a garantir o acesso para a Série A de 2017, ao derrotar o Londrina como visitante pelo placar de 1x0. A ajuda do apito amigo, Andre Luiz de Freitas foi fundamental, ao validar o gol da equipe catarinense, com Diego Jardel impedido.

Apesar disso foi uma conquista justa, e marcada por uma recuperação fenomenal após a chegada do técnico Claudinei de Oliveira. Tem a melhor campanha do returno, com 12 vitórias, 3 empates e 3 derrotas, com um aproveitamento de 72,2%.

É o terceiro acesso do clube catarinense em 9 anos. Subiu em 2008, desceu em 2011, retornando em 2014, voltando para a Série B em 2015, e recuperando o seu lugar na A em 2016.

Paralelamente ao jogo na cidade de Londrina, jogaram Vasco x Criciúma e Tupi x Náutico. A equipe cruzmaltina com uma vitória também estaria garantido na divisão maior, mas encontrou pela frente um time que parecia que estava lutando pelo G4.

A equipe catarinense dominou o jogo, conseguiu o seu gol da vitória (1x0) de pênalti, ainda perdeu uma outra penalidade. O Vasco desesperado passou para o tudo ou nada, de forma desorganizada, não conseguiu pelo menos o empate, que lhe daria uma melhor condição.

O time vascaíno está em franca queda livre. O seu returno comprova a sua decadência, somou 23 pontos, 6 vitórias, 5 empates e 7 derrotas, com um aproveitamento de 42%. Com esse resultado, embora só dependa de suas próprias pernas, a sua situação ficou complicada.  

Em Juiz de Fora, o Náutico fez o seu dever ao derrotar o Tupi por 4x1, ficando na 5ª colocação com dois pontos de distância para o 4º (Vasco) e três para o Bahia (3º), o que permite ainda sonhar pelo acesso.

Não depende apenas de si, mas dos resultados dos adversários nessa luta pelo G4. Joga em casa com o fraco Oeste, e com chances altas de vitória, enquanto o Vasco será obrigado a derrotar o Ceará no São Januário, e o Bahia pelo menos um empate no seu jogo em Goiás contra o Campeão Atlético-GO, que ontem venceu em São Luiz, o Sampaio Correa por 1x0, chegando aos 73 pontos.

Mesmo jogando no São Januário, pelo futebol que está apresentando e a pressão nos jogadores, o time da Cruz de Malta terá dificuldades de ganhar do alvinegro cearense.

Os Orixás continuam ajudando o Bahia, que derrotou de forma dramática o Bragantino por 3x2. Saiu na frente por 2x0, a equipe de Bragança empatou, e aos 42 minutos do segundo tempo, Renato Cajá que tinha entrado nos 36, marcou o gol da vitória. O representante paulista foi oficialmente rebaixado.

Um público extraordinário de mais de 43 mil pagantes na Fonte Nova serviu para impulsionar o tricolor da Boa Terra.

Nos dois últimos jogos, o Ceará com a presença de 1.300 pagantes, empatou com o Paraná em 1x1. Um jogo grotesco, ruim, e a cara do atual futebol brasileiro. Em Pelotas o Brasil derrotou o CRB por 1x0. Rodada fechada e com  três clubes disputando duas vagas para o acesso.

O torcedor do Avaí foi dormir feliz, enquanto os vascaínos, tricolores baianos e alvirrubros pernambucanos irão enfrentar uma semana de reza.

NOTA 2- A VOLTA DA DITADURA NO FUTEBOL

* Não se pode protestar no futebol brasileiro. As faixas são proibidas nos estádios, os profissionais não podem expressar o que pensam sobre o que acontece com as arbitragens, assim como os dirigentes.

O STJD é um órgão importante para esse esporte, mas não mantém a sua independência, tornando-se um apêndice do Circo do Futebol Brasileiro, e certamente tudo que tem vínculo com essa entidade tem um componente de dúvida moral.

O último exemplo foi a punição dada ao Santos e ao seu presidente Modesto Roma, por conta de um protesto contra a antecipação do horário do seu jogo contra a Ponte Preta, do período noturno para o matinal. O Circo o fez por uma simples resolução, o clube tem que baixar a cabeça para uma ditadura imposta pela chantagem.

Se criticar esse será punido, ou mesmo perseguido pelas arbitragens. Ouvimos muito essa frase quando atuávamos no futebol de Pernambuco.

No caso do Santos não aconteceu violência, e sim uma pequena frase nas camisas dos atletas: ¨Faltou Respeito¨. Por conta disso foi enquadrado pelo Tribunal.

É a ditadura da CBF. O sistema funciona da seguinte forma: Se não gostar cale a boca. Se acontecer uma manifestação, surge o Tribunal dos Torquemadas com as suas punições.

Enquanto isso Marin segue preso, Del Nero fugindo do FBI, e além disso a covardia dos filiados, que sofrem calados.

NOTA 3- A CONDENAÇÃO DOS CARTOLAS EQUATORIANOS

* No Brasil nada se fez para acompanhar as investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, que envolvem alguns cartolas do nosso futebol.

Aliás nós somos surreais, e o único país do mundo em que investigados por corrupção fazem leis para protegê-los da Justiça. Grotesco.

Enquanto isso, o ex-presidente da Federação Equatoriana de Futebol, Luis Chiriboga foi condenado a 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro. O ex-tesoureiro da FEF Hugo Mora, considerado co-autor do crime, recebeu a mesma pena, e o ex-contador Pedro Vera foi condenado a três anos e quatro meses de prisão por ter sido considerado cúmplice.

Os três foram investigados após o escândalo mundial conhecido como ¨FIFAgate¨, que explodiu em 2015.

O interessante é que Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero também estão envolvidos nas investigações, e os nossos poderes nada fizeram para a abertura de um processo contra esses, como aconteceu no Equador.

José Maria Marin está preso nos EUA, e isso só aconteceu porque estava fora do país. Se estivesse aqui, certamente estaria na vice-presidência do Circo.

Precisamos de uma Lava Jato no futebol nacional.

NOTA 4- UM CAMPEONATO SIMPLES E FUNCIONAL

* Como ainda não conseguiram uma fórmula para a manutenção dos times menores do futebol nacional, os estaduais moribundos permanecem, e com esses fórmulas grotescas, inclusive a do nosso estado, que ajuda a sacrificar o que resta das equipes do interior que irão jogar um turno do nada para.

Terão um janeiro funesto. Seis desses não irão enfrentar as equipes da capital.

Enquanto isso, a Federação Mineira de Futebol manteve o Regulamento de 2016, com uma fórmula bem simples e com menor número de datas.

O chamado Módulo 1, do Campeonato Mineiro vai utilizar 15 datas no primeiro semestre, entre 29 de janeiro e 7 de maio, contra 18 da maioria dos demais estados, com 12 clubes disputantes.

A principal novidade para o ano que vem é que, para as fases decisivas (semi-finais e finais), os estádios devem ter capacidade mínima para 10 mil torcedores. Somente no caso de confrontos entre duas equipes do interior é que será permitida a realização de partidas em estádios com capacidade inferior.  

Embora sejamos contra a permanência desses Campeonatos, pelo menos que tenham uma fórmula mais inteligente como essa de Minas Gerais.

Escrito por José Joaquim

A corrida da Série B está bem próxima do Photochart. A chegada deverá ser decidida pela foto, desde que os competidores estão disputando o acesso cabeça a cabeça.

Os jogos de hoje irão encerrar a penúltima rodada, que começou ontem com Oeste 0 x 2 Joinville e Luverdense 1 x 0 Goiás.

A vitória do time de Santa Catarina lhe deu uma sobrevida na luta contra o rebaixamento. Continuou no grupo da morte, mas com uma diferença de um ponto para o Oeste, deixando a decisão para a última rodada.

Quatro desses são da maior importância para as últimas definições dos clubes que estarão na Divisão maior do futebol brasileiro de 2017.

O Clube Náutico visita Juiz de Fora para enfrentar o rebaixado Tupi, com malas de todas as cores voando pelas Minas Gerais. Tal fato dar-se-á também em Salvador e Santa Catarina.

Na realidade o alvirrubro não pode sequer pensar em empatar, desde que poderá dar o adeus ao seu sonho de retorno.

Poder-se-ia afirmar que o clube da Rosa e Silva é o favorito para conquistar uma vitória, mas a equipe mineira com os incentivos financeiros irá ser um adversário duro de se derrubar, o que aliás aconteceu em seu jogo contra o campeão, Atlético-GO.

Além disso o Náutico não é um bom visitante. Na classificação desse item está na 9ª colocação, com 16 pontos, 4 vitórias, 4 empates e 10 derrotas, com um aproveitamento de 29,63% .

Por outro lado, o Tupi como mandante tem uma campanha mediana. Encontra-se na 15ª posição, com 24 pontos, 6 vitórias, 6 empates e 6 derrotas, aproveitamento de 48,15%.

Trata-se de um jogo que deverá ser tratado pela equipe de Pernambuco como do tudo ou nada. e tem que ser enfrentado dessa maneira. O defensivismo deverá ser descartado com precaução, e o sistema  a ser adotado tem que ser de pressão no ataque. O clube tem 17% de chances de acesso, desde que necessita de duas vitórias, e os adversários percam pontos.

O Avaí que é o terceiro colocado, com 62 pontos, visitará o estádio do Café em Londrina, para enfrentar o adversário do mesmo nome, que ainda sonha com um milagre, muito difícil de acontecer.

O time catarinense como visitante é o 8º colocado na tabela de classificação, com 18 pontos, 4 vitórias, 6 empates e 8 derrotas, aproveitamento de 33,33%. Tem 95% de chances para conquistar uma vaga no G4.

Enquanto isso, a equipe paranaense está na 6ª colocação, com 57 pontos, empatado com o Náutico (5º), que tem um maior número de vitórias. Como mandante, é o 9º colocado, com 30 pontos (8 vitórias, 6 empates e 4 derrotas), aproveitamento de 56,56%. Suas chances de acesso correspondem a 7%. Depende de vitórias nos seus dois últimos jogos, e ainda torcer para que os adversários na corrida sofram percalços.

Outra partida bem importante é o encontro entre Criciúma e Vasco da Gama, que está na 2ª colocação na tabela de classificação, com 62 pontos, e necessita apenas de uma vitória para obter o sucesso.

A equipe de Santa Catarina está sendo desmontada, fato esse que poderá facilitar a vida dos vascaínos, embora o jogo tenha um bom grau de dificuldade. O Criciúma é o 9º colocado como mandante, com 32 pontos, 59,26% de aproveitamento, enquanto o Vasco é um bom visitante, na 5ª colocação, com 26 pontos, 7 vitórias, 5 empates e 6 derrotas, aproveitamento de 48,15%. Tem 97% de chances para voltar a Série A de 2017.

O jogo mais fácil será o do Bahia, 4º colocado com 60 pontos, que irá receber na Fonte Nova o rebaixado Bragantino. O tricolor baiano recebeu a ajuda dos Orixás nos seus dois últimos jogos, com gols salvadores aos 49 minutos do segundo tempo. É o melhor mandante do Campeonato, com 81,48% de aproveitamento, enquanto o time de Bragança Paulista como visitante tem 18,52%. Tem 82% de chances para ficar no G4.

No final dessa rodada poderemos ter os outros três clubes classificados, que irão fazer companhia ao Atlético-GO.

É so aguardar.

Escrito por José Joaquim

Estávamos visitando o Museu do Futebol do Mineirão na última quinta-feira, quando recebemos um telefonema de um amigo do Recife, falando sobre o lançamento da chapa de oposição do Sport, e em tom de brincadeira disse que a reunião para a sua formatação foi feita no museu do clube, local mais fácil de se pesquisar documentos antigos.

Uma maldade, desde que não se pode conceituar qualquer pessoa pela idade, e sim pela capacidade e, sobretudo que tenha uma ficha irretocável, sem arranhões. A nossa resposta foi de que existem os Velhos Novos, e os Novos Velhos. Nos enquadramos no primeiro item.

Na verdade o futebol brasileiro não se renovou e os seus quadros são os mesmos. O seu melhor retrato é certamente a mesmice que emana de sua entidade maior. Nada mudou em seus procedimentos, e o único fato novo a se acrescentar foi o incremento dos recursos por conta dos patrocínios, e que aos poucos estão se afastando.

Tudo como dantes, a política clientelista, uma seleção que sustenta o ¨status quo¨ reinante. A metodologia é igual.

Na maioria das Federações estaduais, os personagens continuam há décadas, com um continuísmo indecente, a grande imprensa continua dando a cobertura que sempre dispensaram ao ex-presidente Ricardo Teixeira. Tal situação encontramos nos clubes, por conta da falta de renovação.

Para comprovarmos esse fato, vamos reproduzir um trecho do relatório final da CPI- Nike-CBF, que mostra uma verdade nua e crua, de que nada mudou. O mesmo banco e o mesmo jardim foram preservados, e os problemas que existiam no final da década de 90, e início de 2000, são repetidos e não foram solucionados.

¨A CBF foi convertida numa agencia de negociações milionárias, explora a imagem da Seleção Brasileira. O dinheiro jorrou em 2001, a CBF recebeu R$ 25 milhões só de patrocinadores da Nike e Ambev (Hoje os patrocínios somam mais de de R$ 300 milhões), o dinheiro desapareceu. O Passivo Circulante chega a R$ 55 milhões, e o prejuízo acumulado somam R$ 25 milhões (a parte financeira mudou no período, e hoje dá lucro, de tal forma que R$ 30 milhões ficou bloqueado na liquidação do Banco Rural, sem incomodar os dirigentes)¨.

Como vimos o sistema não mudou. Os cartolas foram sendo substituídos não por conta dos votos dos eleitores, e sim pelas denúncias de corrupção, que derrubaram Ricardo Teixeira, José Maria Marin (preso nos EUA), e que aprisionaram Marco Polo Del Nero no país, já que não pode sair de suas fronteiras.

Como já afirmamos, o problema não é a idade, e sim a capacidade daqueles que desejam dirigir o clube, e o fundamental é que tenham uma ficha limpa, como o Estatuto do Sport determina.

Enquanto as agremiações não abrirem as suas portas, as mesmices irão continuar até o fim do mundo, desde que não irão surgir novas lideranças.

Existe uma placa nas suas entradas com os dizeres: PROIBIDO RENOVAR.

Escrito por José Joaquim

Todo candidato a presidência de um clube sócio-esportivo deveria ter um espelho mágico em sua residência, para que pudesse fazer uma simples pergunta: ESPELHO MEU, ESPELHO MEU, SERÁ QUE TENHO CONDIÇÕES DE ASSUMIR O COMANDO DO MEU CLUBE? Esse certamente iria dar uma resposta, como o fazia com a madrasta da Branca de Neve.

James Harrigton foi um pensador inglês do século XVII, que nos deixou uma frase antológica e que define as atividades humanas: ¨O que não se pode controlar , não se pode medir¨. Nos idos de 1600 um pensador retratou uma realidade pertinente em nosso mundo, e em especial nos esportes, através de seus gestores.

No futebol, os dirigentes de clubes  e os executivos, assumem muitas vezes encargos sem medirem os seus tamanhos e sem a convicção de que podem controla-los, ou seja, não tem a percepção do tamanho da profundidade do que é gerenciar um clube sócio-esportivo. Irão fazer experiências, cujos resultados finais muitas vezes terminam em tragédias.

Os números de nosso futebol vão ao encontro da frase de Harrigton, por conta dos gestores que tomaram conta da Confederação, Federações  e Clubes, que não contam com dirigentes preparados e bons profissionais capacitados, tanto no nível acadêmico, como na parte prática do seu dia a dia.

Quando se elege um presidente, ou se contrata um profissional do setor, deveria ser feita uma pergunta: O que é um gestor esportivo?

O dirigente é amador, apaixonado e torna-se irracional no trato das coisas do seu clube. Para ele um título vale mais do que a estabilidade financeira e o preparo para um futuro de grandes conquistas. Tudo acontece no seu devido tempo. Um bom exemplo, é quando gastam mais do que arrecadam, no sentido de conseguir algo maior, que muitas vezes não chega.

Enquanto isso, um gestor esportivo profissional terá que ter a noção de planejar a vida do clube, com base científica e com métodos de administração.

Na maioria dos clubes brasileiros os dirigentes eleitos não podem ser remunerados, e por conta disso torna-se obrigatório a contratação de um profissional para que a gestão possa ter um futuro mais promissor, desde que um pequeno equívoco como acontece no dia a dia, poderá se transformar em uma bola de neve, com efeitos negativos e muitas vezes insolúveis.

Na verdade existe a necessidade de um comando que possa decifrar o porque dos acertos e tampouco dos erros para não serem repetitivos. Esse é o segredo de uma boa gestão.

Os esportes e em especial o futebol que manipula fortunas, necessita de bons profissionais, que além da competência devem ser providos de seriedade, para que possam seguir uma agenda de gerenciamento de resultados, e com uma mente bem clara de saber discernir sobre o que está administrando.

Estamos entregues a muitos apedeutas, que motivam as lambanças que acontecem nos seus clubes, e que muitas vezes não conseguem mudar o rumo por falta de competência.

Por conta disso o Espelho Mágico é fundamental.