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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UMA GERAÇÃO PERDIDA

* Se levássemos em conta os comentaristas das televisões que estão analisando os jogos dessa Copinha de São Paulo, o futebol brasileiro estaria salvo.

O problema é que esses os enxergam de forma enviesada, e não percebem que o futuro do nosso futebol por conta da maioria dos jogadores que estão atuando na competição é trágico.

Trata-se do Sub-20 que representa sem duvida o último degrau da escada no processo futebolístico.

Os jovens estão mal preparados como replicas de um vídeo game, repetindo todos os erros que acontecem no profissional.

Estão imitando o que não presta, inclusive os procedimentos durante os jogos, com simulações para ganhar tempo, cai, cai, e sobretudo com a tática do biarticulado. Já assistimos diversas partidas e nenhuma deixou uma boa impressão, com a repetição que acontece a anos no futebol brasileiro.

Algumas goleadas escondem uma verdade de times sem a menor condição, e de outros que são de fachada para que empresários possam colocar os seus produtos na vitrine.

Vamos continuar batendo numa mesma tecla, ou seja, o futebol brasileiro precisa de uma refundação geral à partir do trabalho de base que é o segmento mais importante.

Se dependermos dessa Copinha para alguma melhora sem duvida o poço vai se aprofundar mais.

NOTA 2- A LEI DE INCENTIVOS AO ESPORTE 

* O jornalista José Cruz publicou um artigo no Portal UOL, onde analisa a Lei de Incentivos ao Esporte, que financia de forma equivocada os negócios do futebol.

Na realidade como bem citou Cruz, quando esse projeto de Lei foi encaminhado para o debate, o seu objetivo era o de atender as modalidades fora do futebol.

Em dezembro de 2006, data da sua aprovação, a bancada da bola do Circo, entrou em campo e o futebol acabou sendo beneficiado.

Os clubes sob o pretexto do trabalho de base começaram a captar recursos para os seus Centros de Formação, e em muitos casos negociando os seus atletas sem nenhum retorno para os cofres públicos.

O dinheiro da Lei de Incentivos ao Esporte vem de quem tem imposto de renda a pagar, podendo destinar parte de sua divida para projetos esportivos, com limites de seis por cento as pessoas físicas e um por cento para as jurídicas.

Ou seja, é dinheiro que o governo abre mão para incentivar o esporte de forma equivocada, desde que esse mesmo em categorias menores já é profissional.

Não tem nenhuma fiscalização.

Na verdade existe uma necessidade da mudança do foco dessa Lei, trazendo-a de volta para os esportes olímpicos para a formação de atletas das diversas modalidades.

NOTA 3- NOVAS PROVAS NO ESCÂNDALO  COLORADO

* As investigações do MP do Rio Grande do Sul sobre a gestão de Vitorio Piffero vem prometendo novidades. Até delação premiada está sendo prevista.

Foram detectados diversos contratos com varias empresas de construção civil, que teriam drenado cerca de R$ 10 milhões do clube, sob a liderança do então vice-presidente de finanças Pedro Affatato, e com um esquema de pagamento de propinas para dirigentes da época. O vice-presidente de futebol, Carlos Pellegrin, segundo a operação do MP, foi o maior beneficiado.

Porém foram encontradas transferências bancárias em favor de Alexandre Limeira e do próprio Piffero.

Existem outros fatos detectados que envolvem o vice de finanças, principalmente, o de uma empresa de turismo, que recebeu, ao longo de dois anos da gestão R$ 2.121.324,70 do clube. Affatato, segundo a investigação, recebeu repasses dessa.

Não vamos fazer juízo de valor sobre a culpabilidade ou não dos envolvidos, mas tudo que está sendo detectado tem a aparência de uma organização criminosa.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- A MESMA PRAÇA, O MESMO JARDIM

* Nada de novo no reino pernambucano do futebol. Tudo como dantes na casa do Marquês de Abrantes.

O antigo trio de ferro que se transformou em trio de lata, contratou juntos quase três times, com jogadores sem grande expressão técnica, dentro do padrão financeiro do futebol local.

A rotina é a mesma.

Inicio da pré-temporada curta, graças ao calendário indecente, que não vai dar para preparar nada. Apresentação de jogadores para a imprensa, com cartolas emocionados segurando a camisa do clube, com o profissional dizendo que esse é o maior time do mundo. Depois os exames médicos e a preparação física.

A mídia juvenil se emociona com as coletivas dos contratados, que falam e não dizem nada. As perguntas são as mesmas, assim como as respostas que se perdem no ar.

O processo continua com jogos treinos tendo como adversários times fracos que não contribuem para nada. No final de tudo os treinadores dizem que as suas equipes estão prontas para o  espetacular estadual, e para uma Copa do Nordeste sem grande expressão, mas na  verdade é tudo que temos.

Os jogos oficiais irão começar nessa semana, sem uma divulgação, expressiva, e  com esses serão tardes e noites de sofrência.

A única novidade será a presença da Torcida Jovem do Sport nos estádios com o apoio da nova diretoria do clube. É o que chamamos na contramão da história.

Um retrocesso total, que cedo ou tarde será cobrado pelos bons torcedores.

E assim segue a vida futebolística de Pernambuco.

NOTA 5- A GOLEADA ACACHAPANTE NA DESPEDIDA DE PERNAMBUCO NA COPINHA

* Santa Cruz e Náutico foram degolados na primeira fase da Copa São Paulo de Juniores, e receberam a companhia do Sport que caiu na segunda.

Faltava apenas a queda do Porto, fato esse que aconteceu com uma derrota contra o Corinthians no último jogo da fase, com um placar acachapante de 6x0. Uma despedida melancólica.

O Nordeste vai continuar com apenas dois representantes para a terceira fase.

O Visão Celeste de Parnamirim-RN, fazendo história na Copa, derrotou um outro time nordestino, o Fortaleza por 2x1, e o CSA após empatar no tempo normal por 1x1 venceu o Oeste na cobrança de pênaltis pelo placar de 3x2.

Pernambuco mais uma vez derrapou na curva e caiu no abismo.

Até nas bases o nosso futebol está capenga.

Escrito por José Joaquim

POR CLAUDEMIR GOMES -

A nove dias do início do Campeonato Pernambucano, jornais, rádios e televisões do Recife, só repassam para os torcedores notícias do Trio de Ferro da Capital, Sport, Náutico e Santa Cruz, fato que nos leva a um desconhecimento total do que acontece com outros sete clubes participantes. Muitas são as explicações, os argumentos apresentados, para justificar a falta de foco dos noticiários numa competição que vem sendo ¨enterrada¨ pelas mídias locais.

Falta de uma maior visibilidade, de conhecimento por parte do público consumidor, decreta o fim de qualquer competição, em qualquer lugar do mundo. Isso é regra internacional. Afinal ninguém consome o que não tem conhecimento. Pior: Nenhum investidor aposta num produto que foi empurrado para baixo do tapete.

Evidente que, Sport, Santa Cruz e Náutico são os donos das maiores torcidas, mas sem os outros clubes não se pode promover um campeonato. No máximo teríamos um triangular insosso.

Por serem disputados simultaneamente, Campeonato Pernambucano e Copa do Nordeste, a competição doméstica, que já vinha em queda livre por conta da nacionalização e internacionalização do futebol, foi empanada pela disputa regional. Definitivamente o Pernambucano passou a ser um apêndice, um estorvo.

Consultei os jornais em busca das notícias sobre o América, Central, Vitória, Afogados, Salgueiro, Petrolina e Flamengo de Arcoverde. Nenhuma informação. Mas fiquei sabendo que CR7 vai fazer DNA; que Neymar vai trocar de cabeleireiro; que o clube de Moscou vai investir uma fábula em reforços; que o Liverpool ainda não acertou o passo na Inglaterra. Enfim o foco da imprensa local não está nas coisas nossas.

O equívoco na definição de focos é o que tem levado a imprensa pernambucana a patinar numa crise que tem provocado centenas de demissões nos últimos anos. É preciso enxergar fora da caixa. Os jornais abandonaram os noticiário local e passaram a repetir o noticiário internacional e nacional que a internet oferece com mais velocidade.

Os Estados Unidos é um país tão continente quanto o nosso, e os jornais com exceção das ¨locomotivas¨ que cobrem todo o país, se voltaram para o noticiário local. É justamente isso que falta no Recife, mas os gestores não querem enxergar.

Desculpem por ter dado essa tergiversada, mas é que a falência do Pernambucano também está ligada diretamente ao descaso como a competição vem sendo tratada pela grande mídia.

No final da temporada passada participei de um seminário para discutir o futebol pernambucano. A ideia foi dos treinadores Roberto Fernandes e Dado Cavalcanti. Na mesa que tratou da comunicação, pouco ou quase nada foi discutido sobre o modelo em curso. As filigranas foram mais valorizadas que o conteúdo da obra.

O Pernambucano é disputado pelos grandes clubes do Recife e mais sete coadjuvantes que numa comparação direta com os reais postulantes ao título, são indigentes em busca de uma janela que lhes permitam uma maior visibilidade.

Não é fácil imaginar demanda para um produto que é depreciado em todas as vertentes.

NOTA DO BLOG

Já tínhamos preparado uma postagem do artigo principal de hoje, quando acessamos o blog de Claudemir Gomes com um texto que está de acordo com tudo que pensamos e resolvemos posta-lo.

Claudemir é sem duvida o que nos restou do verdadeiro jornalismo, quando os artigos eram independentes e de alta qualidade.

Na verdade o jornalista está fazendo falta em um meio em que as notícias são produzidas pelo google, e não interpretadas de forma correta.

Enriqueceu o nosso blog.

Escrito por José Joaquim

O número de artigos que já postamos nesse blog sobre a formação de atletas no Nordeste daria para a edição de um livro volumoso.

O que nos incomoda é a passividade dos clubes e de nossas mídias que assistem de forma tranquila a decadência do setor nessa região.

A quantidade de jogadores contratados durante uma temporada por nossos clubes é pornográfica e retrata a falta de um trabalho de base bem elaborado que possa garantir os seus futuros.

Não lemos ou ouvimos nada sobre o tema, e a cada ano o abismo se aprofunda. 

As Federações estaduais do Nordeste se contentam com os seus campeonatos das categorias menores e o fazem por obrigação, desde que após os seus encerramentos não deixam nada para o setor.

Os clubes não tem Centros de Formação, e utilizam equipamentos sem as menores condições. Em Pernambuco se revela um jogador de dez em dez anos. Uma pobreza franciscana.

A Copa São Paulo de Juniores mostrou de forma clara o nível de nossas bases, com participações pífias da maioria de seus clubes, sendo ultrapassados por rivais de pouca expressão no futebol nacional, mas que fazem um bom trabalho visando as negociações de atletas.

Vinte e oito clubes nordestinos começaram essa competição, e por incrível que pareça apenas sete desses passaram para a segunda fase, e com o CSA-AL, Atlântico-BA e Vila Celeste- RN conseguindo as primeiras colocações dos seus grupos. Os demais classificados foram o Sport (2º), Vitória-BA (2º), Porto (2º) e Fortaleza (2º).

Pernambuco tinha quatro representantes nessa competição, sendo que dois desses foram eliminados, Náutico e Santa Cruz. O alvirrubro ainda tinha chances quando jogou a última partida da fase de grupos, mas foi derrotado por 2x1 pelo Velo Clube de Rio Claro por 2x1.

Com relação ao tricolor do Arruda o melhor seria não ter ido. O time não ganhou uma partida, conseguiu um empate no seu último jogo e fechou a competição no último lugar do seu grupo.

Não estamos exigindo o titulo da Copa para tais clubes, desde que temos uma visão de que esse não vale nada no contexto geral, posto que o importante é um bom trabalho de formação. Que pelo menos os dois times avançassem um pouco mais. Deram um passeio no estado de São Paulo e estão de volta.

As campanhas dos times nordestinos foram trágicas. Entre os 21 que foram eliminados, 14 foram lanternas de seus grupos, e 7 ficaram na terceira posição. Apenas 25% continuaram na competição, que na realidade é muito pouco e que mostra de forma clara que o trabalho de base na região não é levado com seriedade.

São coisas do futebol nordestino que para as nossas mídias vai muito bem obrigado.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A LAVA JATO NO FUTEBOL 

* O futebol brasileiro apodreceu e tornou-se uma laranja bichada que caiu da árvore e encontra-se ao seu pé esperando a varredura.

Nas investigações sobre as práticas criminosas de ex-dirigentes do Internacional, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Graeco) do Ministério Público do Rio Grande do Sul, encontrou diversos repasses de agentes de jogadores às contas pessoais e comerciais dos cartolas da gestão Vitorio Piffero.

Um dos envolvidos é um dos mais poderosos agentes do futebol brasileiro, Giuliano Bertolucci, que realizou um depósito na conta pessoal do vice-presidente financeiro do clube, Alexandre Limeira, no valor de R$ 200 mil. Outros agentes estão sendo investigados nessa mesma investigação.

Isso é apenas a ponta do iceberg da corrupção no setor. 

Chegou o momento da Operação Lava  Jato interferir de forma dura no futebol, aproveitando o mote do Rio Grande do Sul para rastrear as atividades dos clubes brasileiros, seus dirigentes e as relações com os agentes.

Muitas fortunas ilícitas foram conseguidas nesse mundo obscuro do esporte.

NOTA 2- CHAMEM UM PSIQUIATRA!

* O futebol brasileiro não tem a necessidade de técnicos e sim de psiquiatras para a cartolagem. Nunca vimos tantas insanidades em um mesmo pacote. O Botafogo que está contratando jogadores, na última quarta-feira teve um bloqueio nas suas contas bancárias de R$ 6,49 milhões da venda de Matheus Fernandes, a partir de um processo do treinador Oswaldo de Oliveira.

Por sua vez,  o Fluminense teve um bloqueio em suas contas no valor de R$ 10,5 milhões conforme determinação da Justiça do Espirito Santo, por não ter repassado ao Real Nordeste os valores que lhes cabiam pela transferência do atacante Richarlyson.

O América-MG também conseguiu na Justiça o bloqueio de R$ 7,2 milhões por conta dos seus direitos sobre a transferência do mesmo jogador.

O mais grotesco  é que apesar de tantos problemas financeiros, o clube teve a ousadia de pensar contratar Paulo Henrique Ganso, cujo salário seria bem mais alto para o seu padrão do teto de R$ 150 mil. 

Como uma agremiação atolada de dividas tem a ousadia de pensar em tal contratação?

Só um psiquiatra pode nos dar a resposta.

São fatos como esse que fazem o nosso futebol viver em uma lenta agonia.

NOTA 3- NEYMAR DE FORA DA SELEÇÁO DA UEFA

* A maré de Neymar no ano de 2018 não teve bons peixes no tocante ao futebol. Não esteve presente em nenhuma das premiações, o que mostra na verdade a sua atual fase.

Trata-se de um atleta que optou pelo marketing e deixou de lado a bola. Lemos em um jornal da Espanha que esse se ajoelhou perante o Barcelona pedindo para voltar ao clube.

No dia de ontem foi publicada a seleção de 2018 da UEFA e nessa constou apenas um brasileiro, o lateral do Real Madrid, Marcelo.

Neymar nem passou por perto. Na verdade esse atleta é um novo Ronaldinho que abandonou a bola aos 27 anos, e ficou brincando de fazer futebol.

A dupla Messi, Cristiano Ronaldo continua imbatível, formando o ataque com o francês Mbappé.

O time eleito foi o seguinte:

Goleiro- Ter Stegen- Barcelona,

Defensores- Sergio Ramos (Real Madrid), Virgil van Dijk (Liverpool), Raphael Varane (Real Madrid) e Marcelo (Real Madrid),

Meio campistas- N'Golo Kanté (Chelsea), Luka Modric (Real Madrid) e Eden Hazard (Chelsea),

Atacantes- Kylan Mpabbé (PSG), Cristiano Ronaldo (Real Madrid) e, Lionel Messi (Barcelona).

A França foi o país que deu o maior número de jogadores (3).

Alemanha, Espanha, Holanda, Brasil, Croácia, Bélgica, Portugal e Argentina, com um de cada.

NOTA 4- QUEM NÃO PODE COM O POTE NÃO PEGA NA RODILHA 

* Recebemos a gravação de uma entrevista que foi dada à uma das emissoras de Pernambuco, do presidente da Federação do futebol local, que afirmou que estava preocupadíssimo com o estadual, e pela ausência do apoio do governo do estado, como acontece na Paraíba.

Na realidade quem não pode com o pote não pega na rodilha, desde que o futebol é profissional tem que viver com as suas próprias pernas, e não com recursos públicos, que devem ser alocados nos setores mais necessitados.

O que falta em Pernambuco é uma boa gestão no seu futebol, tanto na Federação como nos clubes, que entraram numa rota que vai leva-los ao precipício.

Profissionalismo não pode e não deve ser sustentado com recursos governamentais, e sim com as próprias linhas. Tem clube quem pode, quem não pode que feche as portas.

O campeonato local vai começar e ninguém sabe, ninguém viu.  Um patrocinador quer retorno e que não pode acontecer com um futebol falido como o nosso.

Aliás o que vem acontecendo é o efeito do Todos com a Nota, que no inicio foi benéfico para chamar o torcedor ao estádio e que deveria ter parado quando do seu esgotamento. Foi criado um sistema parasitário, quando a maioria dos clubes não procuravam outras alternativas.

Quando estávamos na Federação conversamos com o presidente e mostrávamos que o futuro não seria promissor com a continuidade do programa. Deu no que deu. Só quem tinha lucro era a entidade.

Um campeonato em que os clubes na maioria dos jogos pagam para jogar tem que ser repensado, desde que existe alguma coisa errada para que isso aconteça. Os estaduais faliram e não tem dinheiro público que levante-o da UTI no seu estado terminal.

No lugar de chorar pelo leite derramado, o presidente da entidade deveria procurar outras alternativas para o nosso futebol, inclusive junto ao Circo do Futebol com a criação de mais uma Série Nacional para que os clubes tenham um calendário anual cheio e não o modelo atual de hibernação.

Quem contrata jogadores com altos salários não pode ter benefícios do governo.

NOTA 5- O SPORT ELIMINADO NA COPA SÃO PAULO 

* A tarde de ontem não foi boa para os rubro-negros na Copa São Paulo de Juniores. No primeiro jogo, o Flamengo campeão do ano passado foi derrotado pelo Figueirense por 1x0, e voltou para a Gávea.

Logo após, o Sport foi eliminado pelo Cruzeiro na cobrança das penalidades, por 5x3, após o empate de 1x1 no tempo normal.

O jogo contou com um primeiro tempo bem melhor para o time celeste que teve boas chances de abrir o placar. O rubro-negro abusou da retranca, esperando aquela última bola. Até nas categorias de base essa nefasta tática é utilizada.

Na segunda etapa, o Sport veio com mais coragem, chegando mais próximo à área do time mineiro, e conseguiu marcar um bonito gol.

Com o placar ao seu lado começou o cai, cai para ganhar tempo e o retorno do ônibus articulado, que deu as chances do empate para a equipe Celeste.

Nas penalidades o Cruzeiro foi mais frio e competente e resolveu o jogo.

Uma partida bem movimentada, e o resultado poderia ficar para um dos dois times. Na realidade duas equipes sem brilho como está acontecendo na competição, mas com vontade de jogar.

A derrota do Sport serviu para mostrar que retranca é um modelo que serve apenas para garantir o emprego dos técnicos.

Por outro lado, os dois outros clubes nordestinos que atuaram no dia de ontem foral eliminados. O Botafogo-RJ derrotou o Atlântico de Lauro de Freitas-BA (2x0) e o Palmeiras atropelou o Vitória-BA por 3x0. 

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- MP ENCONTRA DEPÓSITOS NA CONTA DE EX-DIRIGENTE DO INTERNACIONAL

* O MP do Rio Grande do Sul ao quebrar o sigilo bancário de Carlos Pellegrini, vice-presidente de futebol na gestão de Vitorio Piffero em 2015/2016, no Internacional, descobriu que o dirigente recebeu valores do jogador Paulo Cézar que foi contratado diretamente por esse para a lateral esquerda. Estava sem clube e treinando em uma praça de Canoas-RS, mas teve direito ao salário de R$ 75 mil, além de R$ 41,3 mil de direito de imagem e R$ 150 mil de luvas.

O contrato foi assinado na segunda-feira, dia 21 de dezembro. Dois dias depois, ou seja, uma quarta-feira, o Inter fez um depósito na sua conta de R$ 150 mil.

Na segunda-feira seguinte dia 28, o tio do jogador, que também se chama Paulo Cézar e foi jogador da dupla Gre-Nal, fez um depósito de R$ 30 mil em uma conta no Banrisul pertencente a Pelegrini.

A investigação do MP cruzando as datas e horários dos saques na conta do jogador e depósito em conta corrente do cartola, acredita que essa não foi a única recompensa paga por Paulo Cézar e seus familiares.

De acordo com o MP, essa transação é apenas um exemplo de forma como o departamento de futebol do colorado funcionou durante a gestão de Vitorio Piffero, tendo descoberto que outras negociações de contratos com atletas que normalmente não seriam realizadas, pelo menos nos valores constatados, todas foram efetivadas sob os cuidados do cartola investigado, mediante prévio ou posterior repasse de valores.

Para nós nenhuma novidade, desde que o futebol brasileiro está contaminado em vários segmentos, e fatos como esse devem estar acontecendo em outras entidades.

Onde corre o dinheiro fácil de tudo pode acontecer. O diabo não veste Prada e sim chuteira. 

* Fonte- Jornal Correio do Povo-RS

NOTA 2- ESCONDERAM O LIVRO CARTÃO VERMELHO

* A Folha de São Paulo de ontem, em matéria de Daniele Brant e Paulo Passos, traz importantes detalhes sobre o embargo da Globo Livros à publicação no Brasil do livro ¨Cartão Vermelho: Como os EUA Revelaram O Maior Escândalo Esportivo Mundial¨, escrito pelo jornalista Ken Benzinger, que mostrou os detalhes das delações de J.Hávilla e da condenação de Marin, ex-presidente do Circo.

A obra mostra que os donos de diversos intermediários de mídia, apontaram em delação as empresas que estavam envolvidas nos pagamentos de propinas, e entre essas a Globo.

Segundo a Folha a empresa  brasileira é citada quatro vezes no livro, inclusive com relação a propinas pagas quando da compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo.

Quem comprou os direitos do livro em português foi a Globo Livros e até hoje ainda não o publicou, para estranheza do autor. A editora Editorial Presença o lançou em Portugal.

Qual a razão de engavetar algo de tanto interesse para todos que acompanham os esportes?

Só os Deuses poderão responder.

NOTA 3- OS PATROCÍNIOS NO FUTEBOL BRASILEIRO

* De acordo com o especialista em gestão esportiva, Amir Somoggi, diretor da Sports Value, o mercado de patrocínios movimenta mais de US$ 66 bilhões por ano, mais de US$ 50 bilhões em esporte.

No Brasil infelizmente os patrocinadores são tímidos, não apenas nos investimentos nas cotas de patrocínio, mas também na criatividade de suas estratégias de marketing.

Na realidade a principal tendência para os patrocinadores é sem duvida a de conseguir realizar propostas que realmente impactem a vida das pessoas.

As ações integradas aos patrocínios precisam agregar valores realmente positivos, que exerçam fascinação junto ao consumidor.

Outro aspecto importante é a utilização das plataformas tecnológicas e redes sociais para alavancar ainda mais o impacto para a marca patrocinadora, não apenas localmente, mas também em termos globais.

O Brasil esportivo em especial o do futebol, tem um entendimento de que colocar uma marca em uma camisa já resolveu tudo, e não agregam outras ações.

Estamos defasados nesse setor.

NOTA 4- AS CENAS DOS TREINADORES PARA A TELEVISÃO

* Os treinadores de futebol em especial os sul-americanos fazem do banco de reservas o seu palco particular. Se preparam antes das partidas para verdadeiras cenas para a televisão.

O nosso futebol acabou de ganhar um dos mais animados no comando de um time, Jorge Sampaoli, do Santos. Não para um segundo no banco de reservas.

Alguns fazem mimica, outros acocorados, gritam para os jogadores, anotam nas cadernetas, todos programados para tal, com a televisão levando as suas imagens para o país.

Esse tipo de profissional não tem conhecimento de suas funções. Gostaríamos de saber, qual a previsibilidade de um atleta a 50 ou 60 metros de distância ouvi-lo, ou entender os gestos teatrais? Trata-se de uma grande enrolação.

Certa vez perguntamos a uma treinadora do basquetebol feminino do Brasil, cuja proximidade com as atletas é muito grande, se essas ouviam os seus gritos, e ela nos respondeu que dificilmente isso acontecia, e que o fazia para chamar a atenção do time que estava acompanhando o jogo e não estava satisfeita.

Por conta dessa falta de comunicação e do som de um ginásio lotado, foi criado em diversos esportes o chamado tempo técnico, que serve justamente para colocar em ordem o andamento das partidas.

Presenciar os gestuais de nossos técnicos é uma das piores coisas que temos em nosso futebol.

NOTA 5- O FUTEBOL BRASILEIRO É CONTINENTAL

* Os doze clubes que são chamados de grandes no futebol brasileiro, embora alguns estejam longe disso, formaram os seus elencos com 50 atletas estrangeiros, oriundos dos países sul-americanos.

Uma legião que daria para formar quase 5 times completos.

O Flamengo com a contratação do uruguaio Arrascatea somou seis profissionais estrangeiros, o mesmo número do Internacional.

Ranking:

FLAMENGO- 6,

INTERNACIONAL- 6,

CORINTHIANS- 5,

CRUZEIRO- 5,

PALMEIRAS- 5,

ATLÉTICO-MG- 4,

BOTAFOGO- 4,

SANTOS- 4, 

SÃO PAULO- 4,

VASCO- 4,

GRÊMIO- 2 e,

FLUMINENSE- 1.