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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O VEXAME DO NÁUTICO

* O melhor momento do futebol de ontem foi sem dúvida o bom jogo entre Real Madrid e Napoli, com a vitória do time espanhol por 3x1.

A qualidade dos times mostraram de forma clara que estamos na Segunda Divisão do futebol mundial. Um evento bem organizado, com a torcida italiana presente sem o menor incidente, bem diferente do que acontece em nosso país.

Na verdade o Brasil perdeu o sentimento de civilidade, onde a bagunça reina, a corrupção é o seu cupim destruidor.

Enquanto isso, o Botafogo levou um sufoco do Olímpia do Paraguai pela Copa Libertadores, mas conseguiu uma vitória pelo placar de 1x0. Jogará no jogo de volta por um empate. Um bom público esteve presente no estádio Nilton Santos.

Quem complicou-se foi o Atlético-PR que empatou na Arena da Baixada com o Deportivo Cametá, também do Paraguai, pelo placar de 3x3, e terá que vencer no jogo de volta. Outro bom público.

Pela Copa do Brasil, nos 15 jogos realizados apenas quatro mandantes não foram eliminados. Os 11 restantes, que pelo ranking são os menores foram metralhados no campo de extermínio administrado pelo Circo.

Por uma infeliz coincidência do destino, três desses visitantes que não conseguiram passar para a segunda fase da competição foram clubes do Nordeste.

O Ceará perdeu para o Boa Vista-RJ, Fortaleza que foi derrotado pelo São Raimundo, e o vexame do Náutico que saiu de Juazeiro com uma derrota de 1x0 para o Guarany. Esse é o retrato do nosso futebol.

O jogo do alvirrubro de Pernambuco foi uma autêntica pelada de várzea. O time cearense é fraco, sem qualidade, mas conseguiu uma vitória que lhe deu a condição de pular de fase.

Um fato a ser destacado foi a vitória do São Paulo em seu jogo contra o Santos pelo placar de 3x1.

Pelo estadual de nosso estado, o time reserva do Sport, com pouca qualidade, derrotou o Belo Jardim por 1x0, para um público de 2.215 testemunhas.

Pobre futebol pernambucano.

NOTA 2- PROCURA-SE UM ATACANTE BRASILEIRO

* Fred do Atletico-MG e Ricardo Oliveira do Santos são os últimos atacantes brasileiros de destaque atuando em nosso futebol.

Para que se tenha uma ideia, um levantamento feito mapeou várias contratações de estrangeiros que somaram um total R$ 135,4 milhões. Um verdadeiro absurdo, mostrando que não estão sendo formados aletas para essa posição.

Algumas dessas tornaram-se micos, como a de Nico Lopez para o Internacional, com um custo de R$ 34,2 milhões, que passou um bom tempo lesionado, e quando atuou os gols não apareceram. 

Bolaños do Gremio foi outro que até o momento não mostrou para que veio. O seu custo foi de R$ 15,5 milhões. Reinaldo Lenis custou ao Sport Recife, R$ 3,1 milhões, e hoje é um reserva pouco aproveitado.

O Cruzeiro trouxe Ramon Ábila por R$ 11,6 milhões, que ainda não foram quitados na totalidade, e vem se dando bem por conta dos gols marcados. Copete no Santos teve um valor bem reduzido de R$ 4,7 milhões, e o custo benefício está sendo positivo. O Flamengo contratou Orlando Berrio, que não pode ser avaliado, por conta de poucas atuações, com um custo de R$ 10,9 milhões.

Enquanto isso, Chavez do São Paulo, teve um dispêndio de R$ 1,9 milhão, e vive alternando as suas atuações. A lista aumentou com a ida de Lucas Pratto para esse clube, por 21,5 milhões (50%), e de Miguel Borja para o Palmeiras, por R$ 32 milhões. 

Nada contra estrangeiros, desde que se tiverem a qualidade serão bem recebidos, mas na verdade o que lamentamos é o não surgimento de bons goleadores em nosso futebol, por conta da má formação, e principalmente pelas novas táticas dos treinadores com os seus falsos noves. 

São coisas do futebol.

NOTA 3- O SPORT COM A OBRIGAÇÃO DE GANHAR

* Um time com três jogadores cujos salários somados são maiores do que as folhas dos dois rivais, cria sem duvida uma expectativa de vitorias locais e regionais.

Para os torcedores do Sport essa é a realidade que já começa a ser cobrada com poucos jogos realizados.

Obvio que dinheiro não é sinal da formação de um bom time de futebol. Outros setores influenciam, em especial o de gestão.

Na realidade pelos investimentos realizados, pelo menos no Estadual o time da Ilha do Retiro teria a obrigação de conquistar o título, por conta da diferença financeira com os concorrentes e com um detalhe a manutenção do elenco do ano anterior, que é bem importante para o sucesso.

A contratação de André fora dos padrões do nosso futebol, aumentou as cobranças. O torcedor tem uma ilusão financeira.

Aliás nem tudo que reluz é ouro, e no atual momento o Sport ainda não mostrou a força necessária para as conquistas do Estadual e Copa do Nordeste.  

Se isso não acontecer as turbulências irão chegar à Ilha do Retiro. No futebol de tudo pode acontecer, inclusive o insucesso dos ricos.

Todo cuidado é pouco.

NOTA 4- A VOLTA DO ACORDO DE CAVALHEIROS

* O Circo como sempre na contramão da história.

As mídias esportivas divulgaram que a entidade retirou do seu Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas, o texto que impedia que um jogador emprestado fosse proibido de atuar contra o time que o cedeu.

De agora em diante fica a critério dos clubes colocar nos contratos a permissão ou não para que isso aconteça. Segundo as informações o retorno ao acordo de cavalheiros foi uma solicitação dos filiados.

Na verdade os cartolas tem receio de emprestar um seu profissional, que em um jogo poderá derruba-lo com um gol. Muitas vezes esses recebem salários dos seus clubes de origem.

Existem dois fatos a serem discutidos. Um atleta emprestado e que é pago por seu clube, tem um sério problema ético ao jogar contra esse. Se for o protagonista de sua derrota, certamente a diretoria será trucidada pelos torcedores.

No outro caso, quando emprestados recebem salários da nova agremiação, não tem como penaliza-la ao proibir que se confronte com o clube que o emprestou. Se emprestaram é por conta da não utilização em seus elencos.

São duas vertentes que poderiam ser analisadas, e não entregar aos clubes tal decisão. No ano de 2016 funcionou bem, sem problemas.

NOTA 5- O ESPORTE BRASILEIRO LONGE DO PREMIO LAEUREUS

* Na última terça feira tivemos a premiação do Premio Laeureus, o Oscar do Esporte. As mídias nacionais deram pouca cobertura, principalmente por não ter um brasileiro laureado.

Os ganhadores foram Usain Bolt, Atletismo, Simone Biles, Ginástica Olímpica, e Michael Phelps como o Retorno do Ano.

As suas performances da Rio-2016 deram a pontuação necessária para tal escolha.

Com a conquista, Bolt igualou-se ao tenista Roger Federer, que era o maior ganhador desse premio, por quatro vezes. 

O esporte brasileiro esteve presente em duas disputas. No futebol com a Seleção Olímpica ganhadora do ouro, que perdeu para o Chicago Cubs, que não vencia a Liga Americana de Beisebol por um longo período de 108 anos. 

A outra chance era com o skatista Pedro Barros, na categoria esportes radicais, cuja vencedora foi a britânica Rachel Atherton, do Montain Bike.

O nosso país no momento em que vivemos, só irá ganhar o premio de Corrupção, de forma disparada sem competidores.

Escrito por José Joaquim

Somos clientes das notícias. Uma parte de nosso tempo é dedicado a leitura de um bom livro, e a outra a de lermos, ouvirmos e assistirmos a todos os assuntos relacionados às atividades do mundo plano.

Aprendemos muitas lições, contudo nos últimos tempos estamos ficando com estresse, perdendo a paciência, em especial do modelo do jornalismo esportivo brasileiro, que perdeu a sua inteligência, o seu conteúdo e pulou o muro para o lado ufanista e de humor.

Assistir hoje a uma transmissão de um jogo, com raras exceções, é um  festival de horror.

Narradores apaixonados por camisas, comentaristas desfocados, que falam e não dizem nada. Haja estresse para quem está assistindo.

Já cansamos de ouvir que um time famoso perdeu para um de menor porte, foi por falha do goleiro e por ter jogado mal. O adversário não tem mérito, mas deve ter jogado bem para conseguir um bom resultado. Questão de lógica.

Quando acontece uma decisão importante no futebol brasileiro, as matérias são direcionadas às mesmices de sempre. Não inovam. Entrevistas com mães e esposas dos jogadores, sobre as suas músicas prediletas e as cuecas que usam no dia a dia.

A televisão brasileira tem um conteúdo que deseduca, e torna o cidadão um imbecil de carteirinha. A informação poderia ser transmitida de forma mais lúcida, sem cair no grotesco, como na verdade vem acontecendo.

No final de semana assistimos um jogo de um clube de Pernambuco, e o comentarista fazia um discurso de quatro minutos para analisar um lance. A televisão necessita de algo mais rápido por conta do tempo, e não uma oratória de uma formatura de ensino médio.

Obvio que não queremos que os assuntos esportivos sejam tratados como literatura, mas que pelo menos tenham um sentido informativo, e não imbecilizem aos que estão recebendo as notícias.

Cansamos de ler que um jogador de futebol postou em seu twitter uma foto com a sua mulher de biquíni. Cansamos de ler que a artista global ou globinha está namorando um boleiro. O que isso tem com o esporte? Trata-se de um assunto pessoal.

Não aguentamos mais os Zé Regrinhas dando aulas de regras de futebol, sem serem solicitados. O que queremos saber é se o apito é amigo ou não.

O futebol se tornou um evento de humor, deixando de ser tratado como parte da indústria de lazer, onde a notícia é mais importante do que o jornalismo. Estamos no sentido inverso.

Hoje com poucas exceções, assistir às mesas redondas que proliferam no país, é sem duvida algo aterrador, desde que tratam pouco do atacado, e tornam o varejo ridículo e sem o menor conteúdo. 

Ex-jogadores, ex-árbitros, ex-do-ex, e daí por diante, fazem no seu conjunto a nova cara do futebol brasileiro.

Na realidade o empobrecimento do futebol arrastou consigo o jornalismo esportivo, e embora tenhamos dezenas de escolas diplomando centenas com o canudo de jornalista, as televisões estão repletas de ex-jogadores convidados. Para que servem esses cursos?

Não somos saudosistas, acompanhamos a evolução, mas nos velhos tempos as informações não tinham a velocidade como as de hoje, mas eram bem melhores.

Trata-se de um outro segmento que tem que sofrer uma radical transformação, para ajudar a revolução nos esportes.

Da maneira que se encontra não existe futuro.

Escrito por José Joaquim

No ano de 2010 a media de público do Brasileiro da Série A foi de 15 mil pagantes. Em 2016 essa foi de 15,2 mil, ou seja uma estagnação após seis anos, sendo que nesse último o futebol tinha as arenas construídas para a Copa do Mundo.

Pelas estatísticas do IBGE, o futebol e cinema são as preferências nacionais entre as diversões fora de casa. O segundo cresceu com as novas salas e um único filme consegue levar um número maior de espectadores do que uma competição nacional anual, o primeiro continua emperrado.

Por outro lado, todas as pesquisas realizadas mostram que a maior causa que afasta o torcedor dos campos de jogos é a violência, que representa a ressonância de um estado sem lei e sem ordem.

A impunidade reinante é um exemplo nefasto para a sociedade brasileira. Uma operação de limpeza ética e moral, como a Lava Jato está sendo torpedeada pelos corruptos envolvidos. Tal modelo reflete nas ruas.

O país não tem comando, não tem um Congresso respeitável, não tem um executivo com força e o somatório disso obviamente produz as mazelas dos tempos atuais.

Não existe uma melhor forma de lazer do que o futebol, seja ele profissional, como até de peladas, mas esse sofre com os seus péssimos dirigentes, e sobretudo por conta de marginais com camisas de torcedores que proliferam no país.

O vandalismo que o Brasil assistiu no último domingo no entorno do estádio Nilton Santos, terminou com um morto, 08 feridos, e entre esses um em estado grave, representou a falência do estado nacional. 

Aliás uma morte anunciada há tempo. O Rio de Janeiro é o estado mais bonito do país, seu povo sempre foi feliz, mas nos últimos anos passou por um processo de rápida degradação graças a politica, com um governador na cadeia por corrupção.

O estado vive um momento de manifestações de mulheres de policiais impedindo a saída das viaturas dos batalhões e todos sabiam, inclusive os que fazem a Federação local, que não haveria um contingente satisfatório para o policiamento externo, fato esse comprovado com uma ata da entidade assinada pelos envolvidos, reduzindo a presença dos policiais nas ruas vizinhas ao estádio Nilton Santos. 

Já tinham sido vendidos de forma antecipada 22 mil ingressos, uma quantidade bem razoável.

Para que se tenha uma ideia, às 17h30, um pouco antes da partida, o policiamento era reduzido, sem a capacidade de conter as confusões desenhadas, e que minutos após começaram, sendo transmitidas para todo o país e o mundo.

As organizadas chegaram sem a escolta como acontece em jogos maiores, e em determinado momento foi iniciada a guerra, com um confronto entre essas, e logo após com a participação dos policiais.

Centenas de pessoas armadas de barras de ferro, lixeiras, até das catracas do estádio, e o sangue começou a correr. Um bombeiro resgatou um dos participantes que iria ser queimado pelo rival.

A diretoria do Botafogo que era o time mandante do jogo, verificando o problema do policiamento, a o grande número de ingressos vendidos, solicitou da Federação local o cancelamento do jogo antes dos acontecimentos, mas a entidade negou. Deu no que deu.

A situação da Policia do Rio de Janeiro com as diversas manifestações nas portas dos quartéis era conhecida por todos. Além disso, o domingo teve a segurança das praias, e dos blocos carnavalescos, com multidões nas ruas, e não era um local propicio para uma competição com um bom numero de espectadores.

Se o futebol carioca tivesse bons dirigentes, certamente o jogo seria adiado, mas o que pesou não foi a segurança do torcedor, e sim a falta de datas por conta do maldito calendário.

Obvio que insistir em um evento sem garantia é crime, e foi isso que aconteceu no Rio de Janeiro, contribuindo mais para as ociosidades dos estádios.

Na realidade o Brasil necessita de homens que possam traze-lo para dias bem melhores do que os atuais. Com o que temos certamente não conseguiremos vencer a luta contra a violência, e sobretudo contra a corrupção.

Foi mais uma derrota por 7x1.

* Crédito da foto: Revista Veja

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O PSG MASSACROU O BARCELONA

*O Barcelona confirmou que é um time decadente.

Sem renovar, confiando na genialidade de Messi, vive momentos de ilusão.

No Campeonato da Liga Espanhola assiste há muito tempo a liderança do Real Madrid, e a presença do Sevilla.

No primeiro jogo do mata-mata contra o Paris Saint Germain, pela Liga dos Campeões, o time da Catalunha foi trucidado com um placar de 4x0, que praticamente o tirou  da competição de forma precoce.

Foi um jogo de um time só, contra um acuado que não contava com uma superioridade técnica tão larga. O PSG marcou 3 gols no primeiro tempo, não deixou o Barcelona jogar, inclusive sem que esse chegasse ao seu gol uma única vez.

Messi pouco jogou, Neymar não entrou no jogo, e desapareceu perante o nível técnico do adversário. Uma vitória incontestável, com uma apresentação de gala, e uma goleada que irá ficar marcada na história do time espanhol.

Na verdade trata-se de um time de celebridades que esqueceu o mais importante, jogar o bom futebol. Neymar é o maior exemplo, um atleta que antes se divertia nos gramados, hoje a sua festa é fora desses.

Com o atual elenco, dificilmente o Barcelona irá se recuperar. Esse perdeu o gosto de jogar.

NOTA 2- OVERDOSE DE JOGOS 

* Uma quarta-feira de muitos jogos principalmente na Copa do Brasil, em seu modelo destruidor.

Teremos 30 clubes disputando 15 partidas, e a metade desses mesmo com um empate, serão metralhados pelos carrascos à serviço do Circo, responsável por esse campo de extermínio coletivo.

O Clube Náutico há algum tempo não consegue ganhar nas competições que está atuando, irá enfrentar na terra de Padre Cicero, o Guarany de Juazeiro, e terá que lutar pelo menos por um empate para continuar no torneio.

Em caso de vitória do adversário, o alvirrubro dará um adeus à competição. Fato esse que poderá acontecer.

O grotesco desse encontro é o horário das 21h30 no Nordeste, e 22h30 na hora do Distrito Federal. Tal fato se deve a uma coisa que manda e mata o nosso futebol, a grade da televisão.

Na Ilha do Retiro um jogo ¨sensacional¨ pelo estadual mequetrefe, com o Sport enfrentando o Belo Jardim com um time reserva, e a presença de André, que pelos custos terá que atuar em todas as partidas e fazer gols e mais gols. Se isso não acontecer a vaca irá tossir. 

Será uma overdose de futebol, mas da quantidade separamos apenas dois jogos, ambos pela Pré-Libertadores, envolvendo o Atlético-PR que foi garfado no mando de campo, e o Deportivo Capiata, do Paraguai, que está disputando a sua primeira Copa. O segundo envolverá o Botafogo e Olímpia do Paraguai no estádio Nilton Santos.

Esses serão realmente jogos de futebol, os demais apenas uma sombra, inclusive o que será realizado no Recife.

NOTA 3- A DANÇA DAS CADEIRAS

* As competições que estão sendo realizadas no Brasil estão apenas engatinhando, mesmo assim, estamos ouvindo muitas bandas tocando nos ensaios para a dança das cadeiras.

Alguns treinadores estão com a faca no pescoço, como Antônio Carlos Zago do Inter, Cristovão Borges, do Vasco, Fabio Carilli, do Corinthians, e Eduardo Baptista do Palmeiras, que além da faca, tem várias carabinas apontadas para sua cabeça.

A derrota do alviverde para o Ituano acendeu a luz amarela para o treinador, que ficou no fio da navalha e qualquer outro escorrego poderá não comer o peixe da Semana Santa.

Temos um pensamento que Baptista se entusiasmou com o convite do time do Parque Antarctica, e não pesou os prós e o contras para assumir o cargo, que era na realidade um bruto encargo, requerendo uma maior maturidade.

Além disso, estava ocupando o lugar de um treinador campeão, em um clube com contratações milionárias, cujos torcedores irão cobrar por vitórias. Por isso a existência desse rebuliço.

As redes sociais estão em ebulição, e a sua situação irá depender de vitórias e mais vitórias, caso contrário irá retornar para a Ponte Preta, de onde não deveria ter saído.

Em Pernambuco temos a certeza de que pelo menos um treinador dos clubes da capital, não irá saborear o peixe da Semana Santa, e um outro não comerá a canjica do São João.

Quem viver, verá.

NOTA 4- SECARAM GABRIEL JESUS

* Ouvimos de um amigo na tarde de ontem que Aguero secou Gabriel Jesus, que tinha lhe tirado a vaga de titular do Manchester City.

Por conta do ¨olho grande¨, pelas suas boas atuações, aconteceu a contusão que poderá tira-lo dos gramados por mais de dois meses, desde que terá que enfrentar uma cirurgia para a recomposição.

Na verdade foi mais uma entre as tantas fatalidades no futebol, no momento em que Jesus estava atuando de forma convincente, marcando gols, tornando-se a paixão dos torcedores do time, e dos brasileiros, o imprevisto aconteceu. 

Essa historia de secar é invenção dos supersticiosos de plantão, e uma coisa do arco da velha. 

Se isso tivesse cabimento e se fosse real, estaríamos secando alguns personagens desse Brasil, para que possam seguir para os quintos do inferno, inclusive gente do futebol.

Pela sua juventude, o atleta do City irá retornar aos gramados de forma rápida, para alegria da ESPN.

NOTA 5- UMA HOMENAGEM MERECIDA

* Oscar Schmidt teve uma homenagem merecida antes do jogo do Brooklyn Nets na NBA, na última segunda-feira.

O atleta recebeu uma camisa personalizada com o número 14 e o sobrenome nas costas. Essa equipe substituiu o antigo New Jersey Nets, que o tinha escolhido no Draft de 1984. Foi muito aplaudido pelo público presente.

Quando estávamos na Confederação Brasileira de Basketball, conhecemos Oscar, e os componentes de uma das melhores gerações desse esporte no país.

Nas reuniões que tínhamos na apresentação da seleção, nunca ouvimos uma única pergunta sobre a ajuda de custos que era paga. Todos gostavam do esporte, em especial Oscar que recusou a NBA, por ser profissional e que iria tirar-lhe da Seleção em torneios internacionais.

Um exemplo que será marcado na história do basquete brasileiro. Na próxima sexta-feira esse irá participar de uma outra homenagem, atuando no Jogo das Estrelas, com transmissão para todo o mundo.

Vida longa para Oscar, um símbolo do bom esporte brasileiro.

Escrito por José Joaquim

Existem alguns segmentos que não perceberam a transformação do mundo, que de redondo tornou-se plano. Esqueceram de avisa-los e o futebol é um desses.

A globalização que tomou conta do planeta Terra é tão grande, que um cidadão solicita dos Estados Unidos uma prestação de serviços pelo ¨call center¨, e está sendo atendido na Índia ou no Paquistão. No Brasil somos atendidos por outros estados.

Os jogos que são realizados na Europa repercutem em todo o mundo. As grandes Ligas americanas são tão assistidas como os campeonatos locais. Grandes eventos são acompanhados por milhões de pessoas.

A Premier League por conta da presença de Gabriel Jesus, incrementou o índice de audiência da ESPN-Brasil em 35%. Ontem foi outro recorde, embora o brasileiro tenha atuado apenas 13 minutos, tendo sido substituído por motivo de contusão.

O futebol do nosso país não assimilou tais mudanças, permanecendo em seu mundo interno como numa reserva de mercado, e hoje sente o abalo dessa concorrência.

Na verdade esse esporte ficou para torcedores acomodados, que não reagem aos fatos, e que para esses uma simples contratação, um joguinho aqui, outro acolá, com vitórias dos seus times, representam o máximo que almejam, embora os seus clubes muitas vezes estejam na beira do abismo.

Acreditam em Papai Noel, no que a imprensa repercute, do que é dito pelos cartolas.

O atleta do século XXI é globalizado, e tem pouca afinidade com o clube que defende, pois hoje está nesse, como amanhã vestirá a camisa de outro, inclusive de um rival local.

Enquanto o mundo promove competições visando lucros financeiros, o Brasil permanece com o romantismo, os estaduais são  exemplos. Ainda não entenderam que esse modelo findou, e hoje quem determina a realidade é o mercado consumidor.

O jogador tornou-se uma mercadoria que é negociada para o mundo global, e numa característica diferenciada por tratar-se de uma profissão que sofre poucas restrições, diferente de outras que enfrentam barreiras no exterior.

No planeta Brasil, esse produto não pertence aos clubes, e sim aos empresários, que lucram com as negociações, enquanto esses se contentam com pequenas fatias.

Os nossos cartolas não enxergaram que o mundo transformou-se, tornou-se plano, ligado pela internet, e não organizaram suas agremiações para atender o novo mercado aberto, continuando no século anterior, ainda na época das cadernetas das vendas dos bairros, e onde a paixão supera os interesses comerciais globais.

O futebol brasileiro tem a demanda estagnada. A população aumentou e o número de torcedores não evoluiu, pelo contrário, reduziu-se, quando os que não gostam do futebol já representam quase 29% da população acima de 16 anos. Cansaram e partiram para outras formas de lazer.

A globalização afetou também na parte interna, em especial na concentração de renda, que se localizou em determinadas regiões, aumentando o abismo que separa os clubes, que sentiram o impacto quando perderam o poder de competição.

A rotação do eixo mudou, mas no Brasil ainda continua no antigo, rodando do nada para o nada, com dirigentes, torcedores e mídias desfocados e alienados com relação a tais mudanças.

Isso sem dúvida é mais um dos pontos que não foram detectados, com uma grande influência na decadência desse esporte no Brasil. 

* Crédito da Imagem: BrasilxPortal.com