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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- FORA DO G4 O NÁUTICO ENFRENTA UMA PEDRA NO SEU CAMINHO

* O Bahia jogando muito pouco contra um Vila Nova com 10 jogadores desde os 8 minutos do primeiro tempo, com esse perdendo gols incríveis, conseguiu uma vitória pelo placar de 1x0, e de forma provisória assumiu a terceira colocação na tabela de classificação da Série B, afastando o Clube Náutico do G4, e criando para esse uma necessidade de vitória em seu jogo na tarde de hoje como visitante contra o CRB. 

Enquanto isso, o Avaí enfrenta o Paraná também com a obrigação de um bom resultado, desde que foi rebaixado para a 4ª colocação, e não poderá tropeçar jogando em casa, desde que qualquer falha nessa fase da competição será fatal.

Para o alvirrubro de Pernambuco será mais uma pedra no seu caminho na busca do acesso, embora o seu adversário tenha um percurso de altos e baixos em seus jogos. O Náutico não é um bom visitante, com o aproveitamento de 33,33%, com 4 vitórias, 4  empates e 8 derrotas.

Por outro lado o CRB é um mandante mediano, com 47,92% de aproveitamento, 7 vitórias, 2 empates e 7 derrotas. No returno o time pernambucano tem 8 vitórias, 2 empates e 4 derrotas (61,90%) e o alagoano somou 4 vitórias, 4 empates e 6 derrotas.

Embora a performance como visitante do time da Rosa e Silva não seja positiva, esse tem todas as chances de conseguir um bom resultado. O jogo será difícil pelo fator do regionalismo.

É só aguardar.

Com relação ao encontro do Avaí x Paraná, pelo que vem apresentando o time catarinense quando joga em casa, o favoritismo é absoluto. Muito mais fácil do que o seu rival na luta pelo acesso. 

NOTA 2- UM CLÁSSICO CARIOCA NA 34ª RODADA DO BRASILEIRÃO

* Dois jogos serão realizados na abertura da 34ª rodada do Brasileirão.  O mais interessante é o clássico carioca entre o Flamengo x Botafogo, e o encontro dos dois técnicos que são as revelações da competição, Zé Ricardo pelo rubro-negro e Jair Ventura pelo alvinegro.

Para o Flamengo o jogo vale a soma de pontos para a disputa do título, enquanto para o Botafogo a manutenção no G6 e uma vaga para a Libertadores.

Dois clubes bem estruturados, com realidades financeiras diferentes, que vem jogando um futebol competitivo, sem o apego aos modelos do futebol europeu.

O time da Estrela Solitária não perdeu nessa temporada para a equipe da Gávea.

O Maracanã lotado será o palco dessa clássico, que já andou morno por muito tempo, mas pelas mudanças de gestões nos dois competidores promete grandes emoções.

Enquanto isso o São Paulo com o Morumbi lotado, irá enfrentar o Corinthians que ainda sonha com o G6. O tricolor paulista encontra-se ainda na rota de fuga do rebaixamento e esse poderá ser a sua tábua de salvação.

Um início de rodada com clubes paulistas e cariocas.

NOTA 3- A DECISÃO DA COPA DO BRASIL

* Sem nenhum representante do eixo Rio-São Paulo, a Copa do Brasil aprontou uma peça para aqueles que a prepararam para um outro tipo de final.

Atlético-MG e Grêmio estarão decidindo o título em duas partidas. São dois clubes com modelos diferentes.

O mineiro tem uma folha salarial milionária estimada em R$ 9 milhões, enquanto o gaúcho fica na ordem de R$ 6 milhões.

Por outro lado o Atlético-MG tem apenas 9 jogadores da base entre os seus 32 atletas que estão sendo utilizados. Desses somente um é titular, Marcos Rocha que está contundido, enquanto Gabriel está substituindo Leonardo Silva por conta de contusão.

Do lado gaúcho dos 36 utilizados, 21 são formados em casa, e desses, 5 são titulares e mais 3 que sempre estão atuando.

O Galo de Minas Gerais apostou nas contratações milionárias, enquanto o Grêmio reduziu sua folha em R$ 4 milhões, e incentivou o aproveitamento de jogadores formados em sua base, com alguns sendo pretendidos pelo futebol europeu, no caso Luan e Wallace.

Um bom exemplo do time gaúcho.

NOTA 4- AS PUNIÇÕES DO STJD

* Dificilmente uma pessoa normal poderá entender as punições que são aplicadas pelo STJD.

Por conta da violência dos torcedores do Corinthians no jogo contra o Flamengo que foi realizado no Maracanã, o time paulista foi punido com o fechamento do setor Norte do Itaquerão por cinco partidas, além de uma multa pecuniária.

Os torcedores organizados estão proibidos de ingressarem nos estádios como visitantes pelo mesmo período, e a liminar que tinha sido concedida foi mantida, tirando-os do Itaquerão, também por cinco jogos, por conta de problemas acontecidos no estádio anteriormente.

Com relação ao Flamengo, esse também, foi punido com a redução de 20% da carga de um jogo, além de uma multa pecuniária.

A confusão foi com a torcida visitante. Qual a culpa do mandante?

Muita pirotecnia nas penas, que jamais serão cumpridas. No caso corintiano o setor Norte ficará fechado, mas os seus torcedores estarão presentes em outros locais, sem as suas camisas, com alguns símbolos que marcam as suas presenças.

Isso já vem acontecendo.

Por outro lado se irão fechar um setor, qual a razão de não preenchê-lo com alunos das escolas públicas. Uma punição na verdade do nada para o nada.

A única solução seria a extinção desses grupos terroristas, mas falta a coragem para isso.

Sobre a atuação desse Tribunal temos uma pergunta: As decisões no julgamento de Rithely e Diego Souza atletas do Sport foram de acordo com a Lei? Uma pergunta que irá ficar sem resposta.

Algo bem estranho.

NOTA 5- FECHEM O CIRCO

* Nesse malfadado futebol brasileiro todos mandam, menos o Circo que o dirige.

É uma avacalhação total.

Dois clubes estavam preparados para jogar na noite de hoje, receberam uma resolução da diretoria da República do Futebol de São Paulo, comunicando que o seu jogo pela Série A do Brasileiro, foi adiado para amanhã às 11 horas.

Não é piada e isso aconteceu nessa entidade bandida com o Santos e Ponte Preta.

Por conta de uma orientação do Ministério Público de São Paulo, e da Policia Militar a partida foi adiada, para que não houvesse um enfrentamento entre torcedores do Guarani e da rival de Campinas.

O Bugre joga nesse sábado em Varginha contra o Boa na segunda partida da decisão do título da Série C, e a preocupação dos órgãos que interferiram é de que se esse conquistasse o título poderia haver provocações entre as duas torcidas locais.

O presidente do Santos ameaçou não jogar e com razão, desde que a sua equipe fez a preparação para atuar no período noturno e de repente isso muda para o calor das 11 horas. Uma verdadeira Casa da Mãe Joana.

Se o jogo não tivesse condições de ser realizado, certamente o mais lógico e racional seria a sua transferência para a segunda-feira à noite.

Todos mandam nesse bagunçado futebol brasileiro, menos os clubes que em boa parte são dirigidos por submissos.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

Até hoje, mesmo com todas as facilidades da internet, com notícias on-line, não abandonamos algo que praticamos por longos anos, a leitura dos jornais impressos.

Na última quinta-feira ao lermos um dos nossos veículos de mídia, nos deparamos com uma meia página trazendo uma foto do Real Madrid, e uma matéria sobre o jogo desse clube pela Liga dos Campeões.

Enquanto isso, o Clube Náutico que é o único em Pernambuco que tem chances de trazer algo de positivo, é tratado com um espaço menor do que o dedicado a um time europeu.

O interessante é que as mídias on-line já tinham tratado do assunto logo após a partida. Trata-se de um caso de inversão de valores. O torcedor local deseja ler sobre as novidades do seu time, os seus bastidores, e as opiniões dos analistas.

Sempre temos discutido o assunto sobre as dificuldades que esses veículos encontram com respeito as noticias, que são atropeladas por outras mídias, e quando são repercutidas nas impressas, parecem um replay daquelas que todos já viram nas telinhas da TV e no computador.

O setor esportivo por sua dinâmica é o que mais sofre, quando as suas páginas trazem assuntos que já foram discutidos amplamente no dia anterior.

A sobrevivência dessa importante mídia, se dará através da diversidade de colunistas e suas opiniões. O evento ocorreu um dia antes, mas uma opinião, mesmo 24 horas após o fato, repercute e intensifica um amplo debate.

Há algum tempo lemos algo escrito pela jornalista Suzana Singer, no jornal Folha de São Paulo, em que essa tratava desse tema. ¨A Folha nada de braçadeira na parte opinativa, mas, o noticiário que é sua alma está combalido pela concorrência com o on-line, e são raros os dias que esse veículo surpreende os seus leitores com uma notícia diferente do replay que acontece normalmente¨, escreveu.

Na realidade vivemos o paradoxo de ter que aprofundar assuntos para quem tem menos tempo para o jornal. A saída, com certeza é a de dar pinceladas em uma infinidade de temas.

O jornal impresso necessita revisar os fatos mais relevantes, mostrar aos leitores o que ele não vê nas postagens das mídias sociais. Para que isso possa acontecer as colunas de opinião são fundamentais.  

As notícias estão disponíveis para todos. Basta um clique em um tablet ou no celular na rua, o cidadão toma conhecimento do que aconteceu.

Os leitores, e nos incluímos entre esses, não desejam saber o que o cartola postou em seu twitter, e sim de fatos importantes para o debate, principalmente com análises bem formatadas dos acontecimentos.

Muitas vezes uma notícia passa despercebida, para dar lugar as banalidades, e o jornalismo investigativo, sério e com profundidade irá fazer parte do futuro das mídias impressas.

O atual jornalismo brasileiro, com poucas exceções virou sinônimo de reprodução das declarações das fontes. A apuração da reportagem ficou em outro plano. A sua essência é a apuração. Não se mergulha mais nas notícias, e segue a linha adotada pelo google.  

Temos uma preocupação com o que irá acontecer com os jornais brasileiros principalmente por sermos um leitor diário , e esperamos continuar por longos anos com tal vício (salutar), que é sem dúvidas benéficos para nossa gente.

Certamente isso irá depender das mudanças de conceitos, e em especial de bons analistas.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- UM JOGO QUE INTERESSA AO NÁUTICO

* A 34ª rodada da Série B terá continuidade na noite de hoje com o jogo Vila Nova x Bahia.

O tricolor baiano está na 6ª colocação com 53 pontos e 15 vitórias, e não poderá tropeçar nesse confronto sob pena de ficar longe do Náutico e Avaí que jogam amanhã, cujos torcedores estarão torcendo pelo time de Goiás.

O seu adversário não tem mais chances de acesso, é o 11º colocado com 46 pontos ganhos e 13 vitórias.

Pelos retrospectos dos dois times, o empate é o resultado mais provável. O Bahia é um péssimo visitante, com 25,0% de aproveitamento, e o Vila Nova não é um bom mandante, com 39,58%.

O resultado desse jogo poderá contribuir para a luta do Clube Náutico na busca pela Série A. O alvirrubro irá enfrentar o CRB como visitante, já sabendo da situação do rival baiano.   

NOTA 2- O TORCEDOR DE RESULTADOS

* Já fizemos uma postagem sobre o torcedor do futebol brasileiro, mostrando que esse só acompanha o seu clube de acordo com o valor do resultado. Tanto a nível de luta pela parte de cima, como na briga com o carrasco da degola.

As últimas rodadas tem apresentado bons públicos, em especial no Allianz Parque, Maracanã, Mineirão e Beira-Rio, com jogos do Palmeiras, Flamengo, e Atlético-MG que lutam pelo título, Cruzeiro e Internacional que estão fugindo do fogo do inferno.

Na 33ª rodada, a média de público foi de 19.095, com a presença nos dez jogos de 190.953 pagantes. Atlético-MG x Flamengo (44.952) e Internacional x Santa Cruz (35.376) foram os maiores.

A venda dos ingressos antecipados para a 34ª rodada tem sido um sucesso. O Palmeiras esgotou os 30 mil lugares colocados à venda para o seu jogo contra o Internacional.

O Flamengo que irá enfrentar o Botafogo disponibilizou 40 mil ingressos, que foram vendidos no mesmo dia. A carga total é de 56 mil, que será esgotada.

O São Paulo com mais uma promoção com o preço de R$ 10, vendeu 40 mil ingressos dos 50 mil colocados à venda, para o seu jogo contra o Corinthians. O tricolor do Morumbi passou toda a temporada com uma média fraca, e de repente com o aperto da degola começou a lotar o seu estádio.

Uma festa que não aconteceu durante a maior parte da competição.

De repente a proximidade com o título, ou a batalha contra o rebaixamento acordou os torcedores, que mais uma vez comprovam com a nossa tese, de que esses são de resultados.

NOTA 3- MAIS UMA LAMBANÇA DA COMISSÃO DE ARBITRAGEM

* A República de São Paulo que domina o futebol brasileiro gosta de viver sob suspense. Na sede do Circo o clima é sempre de preocupação com medo de uma operação do FBI.

A Comissão de Arbitragem teve uma substituição do seis pelo meia dúzia, ou seja saiu Sergio Correia, que continua dando os seus pitacos, e assumiu um Coronel chamado Marinho, que foi demitido do comando da arbitragem da Federação Paulista, por ter escalado um árbitro suspenso pela Justiça Desportiva.

É uma esculhambação geral.

Depois de terem escalado um baiano para um jogo do Sport, e um pernambucano para o jogo do Vitória, onde aconteceu uma melada que prejudicou o time da Boa Terra, essa trágica Comissão escalou Marcelo de Lima Henrique, árbitro pirata da Federação Pernambucana de Futebol, desde que nada tem com essa, a não ser apitar algumas partidas mequetrefes do estadual, para atuar no jogo do Vitória contra o Atlético-PR, que interessa mais uma vez ao Sport.

Errar é humano, mas persistir no erro é de uma burrice patológica.

Na verdade, existem burros mais competentes do que esses humanoides.

NOTA 4- O FIM DE MALDIÇÃO DA CABRA

* O time de beisebol de Hillary Clinton, Chicago Cubs, quebrou um jejum de 108 anos de espera, ao derrotar o Cleveland Indiana, conquistando o título nacional desse esporte.

Era a seca mais longeva de título para um equipe dos esportes profissionais dos Estados Unidos. O título histórico acabou com a ¨Maldição da Cabra¨.

Os torcedores do clube contam que um imigrante grego chamado de Billy Sianis, em 1946 compareceu a uma partida da World Series, em que o Cubs atuava, acompanhado de uma cabra.

O cheiro do animal incomodou o público presente, que pediu a expulsão da dupla do estádio. Na saída Sianis teria lançado uma praga contra o time ao afirmar que esse nunca voltaria a ganhar por conta da ofensa ao seu animal.

Juntaram o útil ao agradável, ganharam o Campeonato e acabaram com a praga da cabra.

Será que existe maldição contra um dos nossos clubes?

NOTA 5- MAIS UM FEITO DO CHAPECOENSE

* O Chapecoense é um desses raros fenômenos que acontece no futebol mundial.

Uma equipe modesta, simples, do interior de Santa Catarina vem dando lições aos clubes brasileiros.

Além de garantir de sua permanência na Série A de 2017, irá completar o quarto ano nessa divisão, o time de Chapecó vem encantando o Brasil por conta de sua participação na Copa Sul-Americana, com resultados surpreendentes contra equipes de bom nível, inclusive com títulos da Libertadores.

Na noite da última quarta-feira, no estádio Nuevo Gasometro, do San Lorenzo, conseguiu mais um feito ao empatar  por 1x1 contra o time da casa, e ficou com uma boa condição para ser o finalista dessa competição, desde que jogará a partida de volta em Chapecó, podendo empatar por 0x0.

Como sempre temos solicitado aos nossos cartolas, por favor mirem-se no Chapecoense.

NOTA 6- NEM FREUD EXPLICA

* O jornalista Claudemir Gomes, comentarista da Rádio Globo nos perguntou se tínhamos uma resposta sobre a performance do Internacional no seu jogo contra o Atlético-MG, com um time misto, e a do seu time titular contra o Santa Cruz.

Na verdade nem Freud poderá explicar.

O Colorado dominou a equipe mineira, mesmo jogando como visitante, e o empate concedido foi injusto, desde que merecia sair vitorioso do gramado.

Não entendemos, e não temos nenhuma ideia sobre a verdadeira metamorfose ambulante que tornou-se o time gaúcho, quando atua de forma soberba contra um adversário que está entre os melhores do país, e por outro lado se entrega contra o lanterna da competição.

Trata-se de um problema para a psiquiatria resolver.

Escrito por José Joaquim

O final de temporada do Santa Cruz mostra a gangorra que o clube vem tendo nas últimas décadas. É um sobe e desce constante, e tudo isso provocado pela falta de planejamento e de um grande projeto.

Os que fazem o tricolor do Arruda ainda não decidiram o que fazer para que possa leva-lo a uma estabilidade financeira, que é o ponto de partida para a sua solidificação. O Santa Cruz tem um patrimônio importante que é o torcedor, sempre presente em sua história, numa demonstração de fidelidade e paixão, mas corre o risco de perdê-lo, principalmente pela ausência de um projeto de refundação.

O perigo que o clube corre é o de não fazer mais torcedores na nova geração, e o seu futuro depende desses. A presença do bom torcedor é importante, mas não é tudo, desde que o desânimo um dia baterá as suas portas, e o seu afastamento será iminente.

Um novo Santa Cruz deveria ter começado nesse ano de volta à Série A Nacional, mas os seus dirigentes não entenderam tal importância e jogaram tudo por água abaixo. O tricolor hoje é um clube que tem uma grande torcida, e nada mais do que isso.

Não dispõe de um Centro de Treinamento, não dispõe de um Centro de Formação de Atletas, e esse último representa o seu maior pecado, desde que não poderá viver eternamente contratando centenas de jogadores, sem nenhum retorno financeiro e técnico.

Por outro lado não dispõe de um quadro social permanente, para que possa dar-lhe um respaldo financeiro. O clube pouco oferece. O Sócio-Torcedor que é uma boa alternativa como em outras agremiações não conseguiu solidificar-se.

O Santa Cruz vive de altos e baixos. Depois de 10 anos de sofrimento em divisões inferiores voltou à Primeira, e pela falta de estrutura não suportou o seu peso, sendo rebaixado. Na verdade não preparou-se para a permanência.

A sua marca é importante e precisa ser trabalhada. Tem um bom valor para negociações porém, necessita de uma contrapartida, com a formação de uma equipe, sustentável, e que possa fazer boas competições.

Sem um Centro de Formação, dificilmente o clube conseguirá sair da gangorra, posto que esse irá fornecer o material para boa parte do elenco, e sobretudo uma participação no mercado da bola, captando recursos.

Uma refundação demandará algum tempo, mas com o empenho de todos certamente os objetivos poderão ser alcançados. Um bom exemplo é o Botafogo que viveu momentos difíceis, reagiu e navega hoje em águas mansas.

Na realidade, o futebol brasileiro e em especial do de Pernambuco, precisa de um Santa Cruz forte, com a sua grande torcida. O seu apequenamento provoca um efeito cascata nos demais clubes de nossa cidade.

Ou os que fazem o clube acordam, ou o seu futuro será cinza. Viver de sonhos é bonito, mas a realidade é bem diferente.

Escrito por José Joaquim

O processo eleitoral do Sport Club é surreal. Muitos candidatos e ao mesmo tempo nenhum. Todos os dias surge um nome, que desaparece no outro. O mais grave é que as eleições serão realizadas na primeira quinzena de dezembro, e as soluções não são encontradas.

Depois de Milton Bivar, e Eduardo Monteiro, a bola da vez é o ex-presidente Homero Lacerda, que tem bons serviços prestados ao clube, que poderia ser uma boa solução, desde que contasse com a garantia de apoio de todos os segmentos da sociedade rubro-negra.

A presidência de uma entidade como o Sport não é apenas um cargo, e sim um grande encargo. O clube estagnou no tempo e no espaço, seus gestores não só os atuais, como os anteriores do século XXI não entenderam que o mundo globalizou, que o futebol não é apenas local, e sim nacional ou internacional.

O seu patrimônio está em estado de abandono, e provoca um choque a quem adentra em suas dependências. Um exemplo aconteceu conosco, quando um nosso familiar esteve no clube no último sábado, e como não entrava no local desde 1994, nos ligou de imediato comunicando que estava presenciando a degradação do que já foi belo.

O momento rubro-negro não é fácil e não cabe nenhuma aventura eleitoral, e sim um projeto que tenha como base a sua refundação, ou seja começar tudo de novo, através de um plano estratégico bem elaborado, para um longo prazo, que contemple o retorno do associado, e sobretudo que possa viver com a relação correta no binômio receitas x despesas, que é o ponto fundamental para o sucesso de uma gestão. 

Não se pode gastar mais do que se arrecada. Essa  é a base do sucesso. A aplicação dos recursos tem que ser de forma bem pensada, para que não voem no primeiro vendaval.

O Sport tem que voltar a ser povoado por seus sócios, e tem que ser fechado para terceiros. Para que isso possa acontecer algo tem que ser oferecido ao seu quadro social. Tem uma boa estrutura, estacionamento, áreas de lazer, que são os pontos fundamentais para o sucesso de qualquer empreendimento.

Com relação ao futebol, hoje esse esporte é um negócio como outro qualquer, e que necessita de gestores profissionais, e sobretudo com um incentivo a formação que é o fator que irá garantir o seu futuro.

Para que seja formatado um projeto, qualquer candidato, inclusive Homero Lacerda, teria que ter uma visão geral do clube, suas despesas, suas receitas, seus compromissos, suas dívidas, para que esse fosse elaborado, que numa realidade técnica não pode acontecer em um curto período de 30 dias.

O novo presidente irá assumir sem um plano estratégico em suas mãos, sem um orçamento definido para 2017, e isso será um início perigoso para qualquer gestão.

Não temos o menor interesse politico no clube, mas não se pode apenas ungir um candidato, sem dar-lhe as garantias necessárias de um apoio maciço de todos os rubro-negros.

Se isso não acontecer, certamente o futuro continuará sendo sombrio. Planejar é preciso, principalmente em tempos de vacas magras, que é a realidade brasileira, e o Sport faz parte desse contexto nebuloso em que vive o Brasil.

Nesse processo eleitoral deveria ser utilizado um ditado bem antigo: ¨Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém¨.

Paixão é uma coisa e a realidade é outra. Apaixonados devem continuar nas arquibancadas, com os profissionais na direção.

Aventuras só nos cinemas.