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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- DESALOJARAM O NÁUTICO DO G4

* Os resultados dos dois jogos da Série B realizados na noite de ontem não foram bons para o Náutico, que irá enfrentar o Luverdense fora de casa, sob pressão de ter que vencer para não perder o seu espaço na luta pelo acesso.

O Avaí foi dominado pelo Vila Nova a maior parte do jogo, mas os Deuses do Futebol estavam ao seu lado, e aos 43 minutos do primeiro tempo empatou, e aos 42 do segundo conseguiu o seu gol vencedor, chegando aos 54 pontos, e dando um passo importante para a conquista de uma vaga na Série A de 2017.

Na outra partida, que foi bem movimentada, com o Londrina e Brasil com vontade de ganhar, fato esse que aconteceu no segundo tempo para o time paranaense, que fechou o placar com 1x0, desalojando o Náutico do G4.

Foram dois resultados que não eram tão previsíveis, e abriu um sinal de alerta na Rosa e Silva.  

NOTA 2- A CORRUPÇÃO NO FUTEBOL MUNDIAL

* As irregularidades e suspeitas de corrupção no futebol mundial atingem as federações nacionais.

Tal constatação, feita por meio de uma auditoria, está impedindo que a FIFA transfira recursos para 23 entidades, inclusive o Circo do Futebol Brasileiro, conhecido como CBF.

Segundo o jornal Estado de São Paulo, Michael D'Hogge, um dos integrantes do Conselho da entidade que dirige o futebol mundial, confirmou que além dessas 23, mais 80 federações estão sendo monitoradas por não seguirem padrões mínimos de transparência ou contabilidade em suas gestões.

Uma anarquia total.

Na semana passada, o Circo admitiu que enquanto a situação de seu presidente Del Nero, não for definida na Justiça dos Estados Unidos, a FIFA não vai liberar recursos para a entidade, estimados em R$ 320 milhões. O seu presidente, o suíço Gianni Infantino, não garantiu sequer que o Brasil receba os recursos previstos para essa temporada, cerca de R$ 4,8 milhões.

Como podemos confiar em um futebol que tem seu presidente investigado, sem viajar com medo do FBI, e com recursos bloqueados por conta disso.

Só mesmo no Brasil, quando em 13 anos assaltaram os cofres públicos, sob às vistas daqueles que não sabiam e nunca viram.

É lamentável.

NOTA 3- A OVERDOSE DE JOGOS NA TELEVISÃO

* Dois grandes problemas afetam o futebol brasileiro.

O primeiro é a falta de talentos de gestores para que esse esporte seja profissionalizado, com craques no campo e nos escritórios.

A época de gestão amadora e movida pela paixão acabou.

Os clubes tem que se organizar e trabalhar para implantar normas racionais que permitam as suas evoluções. Isso ainda é uma raridade no Brasil.

O segundo está relacionado a overdose de jogos transmitidos pela Televisão.

Trata-se de uma super-oferta que tira os torcedores dos estádios.

A falta da visão dos dirigentes e os problemas financeiros das agremiações, impedem uma análise mais efetiva sobre esse problema.

Temos a convicção de que a redução da oferta, motivará um maior público nos estádios, desde que esses terão mais tempo e espaço para a frequência de jogos dos seus times.

Vamos repetir algo que estamos sempre escrevendo: Falta quem pense no futebol brasileiro, para que possa entender o que se passa em seu entorno.

NOTA 4- O TEMPO DE DURAÇÃO DO SANTA CRUZ NO BRASILEIRÃO É DE UM ANO

* Em 28 anos, de 1988 a 2016, o Santa Cruz só disputou o Brasileirão por cinco vezes, contando com o da presente temporada.

Na década de 70 sempre esteve presente. Em 1975 foi semi-finalista.

Em 2000 participou de um módulo da Copa João Havelange, que substituiu essa competição, e terminou em último lugar.

Nos anos que atuou sempre foi rebaixado sem repetir a participação nos seguintes.

Esse é um fator que deveria ser estudado devidamente pelos dirigentes do clube, e que poderia servir para as suas futuras participações. 

1988- 22º lugar. Rebaixado. 

1993- 23º lugar. Rebaixado.

2000- Copa João Havelange- Último lugar. Não houve rebaixamento.

2001- 25º lugar- Rebaixado.

2006- 20º lugar- Rebaixado.

2017- Não terminou, mas está virtualmente rebaixado. 19º lugar.

É uma sina.

NOTA 5-  QUINTA CAMPEÃ

* Embora o Sport TV tenha insistido com o slogan ¨Segunda Campeã¨, na verdade esse dia foi atropelado pela quinta-feira que deveria ser chamada de " Quinta Campeã¨.

Nas últimas semanas a queda já vinha sendo sentida, e o jogo entre Fluminense x São Paulo com o público de 6.664 testemunhas arrastou a média das segundas para 15.380 por jogo.

A quinta-feira no horário das 21h00 supera os demais, inclusive os domingos que tem nos jogos das 11h00 uma boa alavanca. A ¨Quinta campe㨠tem uma média de 16.499 pagantes, seguida pelo domingo com 15.611, segunda-feira, 15.380, sábado, 13.237.

A quarta-feira é a lanterna da competição, com 11.436 torcedores.

Além do péssimo horário das 21h45, a concorrência da televisão aberta é bem clara. 

Os números atestam que a quinta-feira é o dia do futebol.

NOTA 6- POBRE FUTEBOL INDIANO

* Depois das lambanças ocorridas no Fla-Flu, o trio de árbitros que comandou esse jogo, vai passar uma temporada na Índia, até a primeira semana de novembro apitando jogos da Liga desse país.

Na verdade essa viagem não é uma fuga, desde que o convite feito ao Circo já demandava muito tempo, e era estendido a todos os apitadores do Brasil com exceção das mulheres.

Só quem aceitou foi o ¨trio lambança¨, que aproveitou o clássíco carioca para uma despedida digna de nosso futebol, com gol validado, anulado, e com o recado da televisão.

Pobre futebol indiano, que terá em seus gramados o árbitro mais complicado do Brasil.

Seria interessante que ficasse por lá. 

O futebol brasileiro agradeceria sensibilizado.

Escrito por José Joaquim

A sociedade brasileira optou pela mediocridade, derrotando a qualidade. Isso em todos os setores, e o futebol é o maior exemplo, quando vivencia um dos períodos mais medíocres de sua história, em que o menos ruim é o melhor, por não existirem bons no segmento.

Há anos que estudamos os esportes no Brasil, e sempre alertando que a passagem do regional para o nacional deveria ter sido feita de forma gradual e com uma linha de ação que contemplasse a todos.

Nada disso aconteceu. A nacionalização do esporte substituiu a regionalização como um verdadeiro tsunami, varrendo-a do mapa esportivo brasileiro. 

No domingo ao assistirmos os jogos do Sport que teve o Vitória como adversário, Santa Cruz, Figueirense, America-MG e Coritiba, observamos as diferenças existentes entre aqueles que hoje são considerados grandes, embora para nós sejam medianos, e esses que são os pequenos.

Na verdade a história do futebol brasileiro começou nos estados, de forma totalmente regionalizada, com estaduais com peso, principalmente na estruturação de clubes fortes, e que deu ao país o que chamam de agremiações grandes, em quantidade bem superior aos países do Velho Continente.

A grandeza regional fez com que esses clubes ocupassem espaços nacionalmente com grandes conquistas, como Bahia, Coritiba, Atlético-PR e Sport, todos campeões brasileiros, mas que foram perdendo a consistência por conta de uma política irracional adotada no país. Nos lembramos que há anos atrás o jornalista Julio Gomes também analisava esse problema.

Obvio que a globalização é um fato, mas deveria ser aproveitada de forma a atender a todos, e não trucidando muitos clubes. Pelo contrário, foi formatada apenas para doze, contando com o apoio da Rede Globo a verdadeira dona desse esporte no Brasil. Deu no que deu.

Faltam pensadores em nosso país, em especial no futebol, onde a mediocridade das gestões é assustadora. A ruptura foi muito grande na passagem de um sistema regional para o nacional, sem um projeto que pudesse dar um equilíbrio, e isso se fez sentir na pornográfica distribuição de receitas, sobretudo as cotas da televisão. 

O abismo foi se aprofundando e resultou no que temos hoje, um futebol com alguns clubes bem aquinhoados, e outros recebendo migalhas.

Se houvesse seriedade nessa passagem, o aproveitamento da regionalização poderia ter servido de orientação para o processo por ser a responsável pela história do futebol brasileiro, e sobretudo pelo número de bons atletas e de jogos com qualidade.

O modelo atual é o de jogar para não perder, e ganhar por acaso, e isso tirou os torcedores dos estádios, inclusive os das poltronas.

Infelizmente poucas vozes na ocasião em que isso acontecia foram ouvidas, e a esperteza de alguns, aliada a mediocridade de uma sociedade tomou conta da nação, e do futebol, e com um agravante, quando não aparece nenhum sinal de reação para mudanças, e o conformismo de ser medíocre tornou-se algo geral no país.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

Mais uma vez o Brasileirão foi enlameado pelas atuações dos apitos amigos. Uma vergonha que merece uma investigação ampla para que possa ser detectado o que vem acontecendo.

São muitas coincidências ao mesmo tempo.

O Palmeiras disparou na liderança após a derrota do Flamengo em Porto Alegre. Por uma coincidência depois da gritaria do seu presidente Paulo Nobre, foi ajudado pelo apito amigo, Igor Junior Bevenuto, que marcou um pênalti indecente em Gabriel de Jesus, e fechou os olhos para um que aconteceu no atacante Rafael Silva, do Figueirense. 

O placar final foi de 2x1, com o time alviverde jogando mal mais uma vez, contando com uma ajuda poderosa. O Circo só tem paulistas no seu comando, e o seu presidente Del Nero é palmeirense e não tem credibilidade na praça.

Em Curitiba, na Vila Capanema, no primeiro gol do Atlético-PR contra o Coritiba, a bola tinha ultrapassado a linha de fundo, e o apitador amigo, Bruno Arlei Araujo, fingiu que não viu.

O Furacão derrotou o Coxa por 2x0, deixando-o na 14ª posição, bem próximo do Vitória que está na 17ª. O placar final foi de 2x0 para o rubro-negro.

A festa continuou, e a bola da vez foi Wagner Raway, um apito amigo do Mato Grosso, que prejudicou o Atlético-MG em seu jogo contra o Botafogo, muito embora o time carioca tenha realizado uma boa partida.

No primeiro gol do time da Estrela Solitária, Bruno Silva ajeitou a bola com a mão de forma escancarada. Um pênalti do botafoguense Emerson, foi escandaloso, mas o apitador não observou.

Final do jogo com o placar de 3x2 para o Botafogo, e mais um placar modificado com erros dos árbitros.

Na Ilha do Retiro, em um dos piores jogos da competição mostrando a razão porque os dois clubes lutam contra o rebaixamento, o Sport derrotou o Vitória por 1x0, com um gol de Diego Souza, com o time baiano perdendo dois pênaltis, um defendido por Magrão e o outro batendo na trave.

Pelo menos o time pernambucano fez o seu dever de casa e deu uma pequena fuga da zona de degola.

O apito amigo de Andre Luiz de Castro funcionou de forma bipolar. O segundo pênalti não existiu, a bola estava fora do campo, tocada pelo atleta baiano, quando o zagueiro do time pernambucano trombou com esse. Ao marcar a penalidade teria que expulsar Matheus Ferraz que já tinha um cartão amarelo por conta da primeira. Errou duas vezes numa mesma jogada.

Nos demais jogos da rodada, não aconteceram lambanças. O Internacional com um excelente segundo tempo derrotou o Flamengo por 2x1, afastando o time carioca do líder Palmeiras, e saindo da zona de rebaixamento, dando o seu lugar ao Vitória. A arbitragem foi normal.  

O Cruzeiro com o seu goleador Ábila perdendo um pênalti, empatou com o afoito Chapecoense por 0x0, a Ponte Preta goleou um dos sacos de pancadas da competição, o Santa Cruz com o placar de 3x0. O tricolor completou a sua 20ª derrota, e junto com o America-MG, já foram degolados. Campanhas grotescas.

O Corinthians de Oswaldo Oliveira, derrotou o America-MG, por 2x0, em um jogo que rivalizou com o do Sport por conta da mediocridade, e o Santos jogando contra uma equipe reserva do Grêmio, na Vila Belmiro, deixou escapar a chance de chegar ao G3. O Placar final foi de 0x0.

A rodada termina na noite de hoje, com o jogo Fluminense x São Paulo, com o tricolor paulista na sua luta contra o rebaixamento.

O Palmeiras distanciou-se do Flamengo e é o virtual campeão do Brasileirão de 2016, embora nesses últimos jogos esteja vencendo com dificuldades, e algumas vezes com a ajudinha dos apitos amigos.

Um Campeonato bem equilibrado, e que está sendo concluído com vários respingos de lama, o que não é novidade em um país chamado Brasil.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SÃO PAULO FUGIU DA DEGOLA

* O Deuses do futebol não estavam olhando o São Paulo com carinho. Em alguns jogos, embora sem jogar um bom futebol, os gols perdidos e as traves barravam resultados melhores para o clube.

No primeiro tempo do jogo de ontem parecia que iria haver a repetição, com o time perdido em campo, e o adversário dominando, inclusive com um das jogadas mais bonitas do campeonato de autoria de Wellington. Saiu com a bola de sua intermediária, driblando todos que estavam à sua frente, e depois de passar pelo goleiro do tricolor paulista sofreu um pênalti, que foi batido pelo próprio e convertido em gol.

Final do primeiro período 1x0 para o Fluminense.

Na segunda etapa os Deuses do futebol abençoaram o São Paulo, e abandonaram o tricolor carioca, que recuou, e sua defesa voltou aos tempos das trapalhadas, com os jogadores batendo a cabeça.

O tricolor do Morumbi aproveitou e virou o placar para 2x1, fugindo da zona perigosa, passando a ocupar a 12ª colocação com 39 pontos, e ao mesmo tempo salvando a cabeça de Ricardo Gomes, seu treinador.

A arbitragem do pernambucano Nielson Nogueira Dias foi perfeita, sem erros, mostrando que ainda existe vida nesse segmento. Sem trapalhadas ou mumunhas.

Com essa vitória, o São Paulo deixou nas costas do Coritiba, Sport, Vitória e Internacional o peso de lutar contra a degola, desde que só necessitará de 6 pontos dos 21 a serem disputados.

São coisas dos Deuses, que resolveram ficar ao lado de um time que tinham abandonado.

NOTA 2- O FENÔMENO BOTAFOGO

* A grande mídia tem os olhos voltados para os chamados ¨grandes¨ clubes, e deixam de lado outros que não são tão poderosos mas estão fazendo boas campanhas no Brasileirão.

O Botafogo é um fenômeno.

Com uma folha salarial do mesmo nível do Sport Recife, tendo apostado em jogadores que não estavam sendo aproveitados, e na prata de casa, o time da Estrela Solitária teve uma evolução grandiosa no returno do Campeonato, com um aproveitamento de 77,28%, ficando apenas atrás do líder Palmeiras, que tem 77,78%.

O seu percentual é de um time campeão. Nessa segunda fase somou 8 vitórias e teve 4 derrotas. É uma equipe que empatou muito pouco em todo o Brasileirão. Um clube que vivia afundado em dívidas, conseguiu com o Profut o parcelamento, equilibrou as finanças, e durante a temporada não atrasou um único dia com seus pagamentos.

O Botafogo é o 5º colocado na tabela de classificação, no G6 da Libertadores. Apesar do sucesso, terá pela frente um problema, que será o da manutenção do elenco, que na maioria tem contratos curtos, com alguns jogadores bem valorizados.

Um bom exemplo para outros clubes, inclusive os nossos.

NOTA 3- O VALE TUDO NO FUTEBOL

* O futebol brasileiro vive um momento em que o vale tudo impera. A palavra ética não existe, e como já citamos várias vezes essa é individual e pertence a cada clube participante.

No último domingo, Renato, atleta do Figueirense, emprestado pelo Palmeiras até o final da temporada, recebeu um estranho telefonema do gerente executivo do alviverde paulista, Cicero Souza, em que esse o pressionava para não atuar na partida em que iria enfrentar o seu time de origem, inclusive afirmando que se jogasse iria ter problemas no seu retorno.  

Uma vergonha, que foge a qualquer padrão de dignidade.

Obvio que o clube resolveu afasta-lo da partida, inclusive do banco de reservas.

O Circo que comanda o futebol nacional acabou com aqueles contratos entre os clubes, para que jogadores emprestados não atuassem contra a entidade de origem, que na verdade era de uma imbecilidade latente.

O problema é que os cartolas tinham receio de que esses tivessem uma boa atuação, e demonstrassem aos torcedores de que tinham espaços nos seus elencos.

Tal determinação está sendo cumprida, mas sempre existe um jeitinho para burla-la, e o fato acontecido com Renato, é a demonstração de que no futebol pode existir de tudo, menos o respeito a ética e sua moralidade.

Lamentável.

NOTA 4- AS MUDANÇAS DAS PROBABILIDADES

* O Brasileirão a cada rodada oferece várias mudanças nas probabilidades matemáticas, tanto para os que disputam o título, como para aqueles que lutam contra o carrasco da degola.

No final da 31ª rodada, que foi benéfica para o Palmeiras, desde que os dois clubes que estavam na luta pelo título foram derrotados, os números deram uma grande variação, com o time alviverde apresentando 77% de chances do título, contra 19% do rival Flamengo, 3% do Atlético-MG e 1% para o Santos.

Um percalço do clube paulista e a vitória do mais próximo, irá dar uma guinada nas estatísticas, embora hoje esse seja o virtual campeão. Os números lhes são favoráveis.

Por outro lado na zona de rebaixamento, as vitórias do Sport e Internacional e São Paulo, e as derrotas do Coritiba, Vitória e Figueirense, mudaram de forma bem radical as chances de degola para alguns clubes.

O Internacional que era o quarto provável para receber a foice do carrasco, aparece agora com 25% de chances para que isso aconteça.

O Vitória da Bahia passou a ocupar o seu lugar com 33%. América-MG e Santa Cruz estão rebaixados, e o Figueirense bem próximo, com 85% de chances.

Entre os outros clubes que concorrem com o time batano, o Coritiba teve um aumento nas chances de degola, contando agora com 25%. O Sport reduziu para 21%, e o São Paulo para 8%.

Como poderá acontecer no G4, na próxima rodada se alguns desses clubes não repetirem as performances da anterior, teremos uma nova ciclo de pesquisas que irão dar para mais ou para menos, dentro da margem de erro.

É o futebol atrelado a matemática.

NOTA 5- O REBAIXAMENTO E A SÍNDROME DOS CAMPEÕES

* Um fato bem interessante e que faz estremecer os clubes que estão na luta contra o rebaixamento, é que há 10 anos sempre um clube campeão do Brasileirão é rebaixado.

Essa síndrome começou com o Corinthians em 2007, e fez uma fileira. Em 2008 foi a vez do Vasco, 2009, Sport e Coritiba, 2010, Guarani de Campinas, 2011, Atlético-PR, 2012, Palmeiras, 2013, Vasco, 2014, Bahia e 2015, mais uma vez o Vasco da Gama.

No atual campeonato são cinco clubes campeões lutando contra a degola: São Paulo, Cruzeiro, Sport, Coritiba e Internacional, que irão manter a tradição, desde que um desses será o quarto rebaixado.

São coisas do futebol brasileiro.

Números do site sr.goool

NOTA 6- O PÚBLICO MELHOROU COM AS PROMOÇÕES

* Quando os clubes vão bem em suas competições, pouco estão ligando para seus sócios e torcedores.

Quando a fome por pontos bate às suas portas, a necessidade faz que esses personagens sejam lembrados com promoções que contemplam até ingressos grátis.

Isso é um produto de gestões indigestas.

Na 31ª rodada, os desesperados tiveram a presença de um bom público, inclusive o Sport Recife que tinha sido abandonado pelos seus torcedores.

O Internacional teve o maior desses, com 31.981 pagantes, seguido pelo Sport (24.138), Cruzeiro (17.225) e Figueirense (16.467).

O futebol brasileiro não se emenda, e só desperta para a realidade quando o fundo do poço se aproxima.

Escrito por José Joaquim

Qual a razão de um dirigente esportivo passar um longo tempo no poder? Uma boa pergunta na busca de uma resposta.

Os esportes brasileiros sofrem de uma doença denominada de TOP- Transtorno Obsessivo Pelo Poder.

Trata-se de uma síndrome que ataca os dirigentes, jogadores e torcedores, e cujo tratamento demanda muito tempo.

São cargos que representam encargos, com muitas cobranças, mas nada disso interfere, desde que todos desejam continuar. Conhecemos várias pessoas que já estiveram no poder, o deixaram, mas continuam sonhando numa volta. Rondam os clubes na espera de uma vaguinha.

Nada mais obsessivo do que acontece em nossas entidades que administram o futebol e dos clubes participantes, onde os dirigentes quando abocanham o comando, ficam inebriados com as benesses do mando, e não querem largar.

Muitas vezes são péssimos gestores, fingem que não o são, por conta do TOP que tomou conta de seu organismo. Basta dar uma volta no Brasil esportivo e os exemplos estão bem latentes à disposição de todos.

Por sua vez, os atletas abandonaram a bola, transformaram-se em um produto de marketing. São mais celebridades do que jogadores de futebol. Estão mais nas páginas sociais do que nas esportivas. Fazem parte dessa cadeia atacada pelo TOP. Hoje fala-se mais dos seus cabelos, do que das  suas performances nos gramados.

Estamos em plena ¨Era da Imbecilidade¨.

O consumidor, que é a parte mais importante do sistema, também contaminou-se e tornou-se omisso com relação ao que se passa em seu entorno, principalmente nos clubes, onde os sócios são de pouca valia, e se acomodam com aquilo que vem de cima.

Qual o clube que convoca uma Assembleia para discutir o processo eleitoral com os seus sócios?

Nenhum. Uma mesa e quatro cadeiras resolve o problema, quando tiram da cartola os futuros dirigentes, que são sempre os mesmos do sistema. No Sport existe a ¨República de Toquinho¨, cujos assuntos são tratados e resolvidos à revelia dos associados.

Os consumidores atacados pelo TOP, só enxergam o seu clube, e não contemplam o que acontece no mundo futebolístico, que é importante para todos.

Se esses tivessem a capacidade de mobilização o sistema já teria sido derrubado, mas preferem as filas para as compras dos ingressos, as borrachadas da Policia, de chegarem em casa no outro dia por conta dos horários pornográficos de alguns jogos, mas felizes pela vitória do seu time.

Isso acontece há anos, e não irá mudar, desde que essa doença quase não tem cura, e as gerações vão mudando, trazendo dentro de si algo que impede uma união contra o sistema apodrecido e que está arruinando o futebol brasileiro.