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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- COMEÇA A SEMANA DECISIVA PARA O SPORT

* O Sport Recife no meio da turbulência com relação a saída do treinador Oswaldo de Oliveira que acertou contrato com o Corinthians, começa na manhã de hoje a semana decisiva na sua luta contra o rebaixamento.

A diretoria do clube afirma que nada sabia sobre o assunto do seu técnico, mas na verdade esses que negam foram os mesmos que mantiveram contatos com três agentes de treinadores, e tinham na ponta da lista Milton Cruz, que foi assistente técnico do São Paulo por muitos anos. Todos tinham conhecimento da tratativa do técnico com o clube paulista, inclusive os dirigentes rubro-negros. 

Por outro lado as informações que colhemos é que independente da ida de Oliveira para o alvinegro paulista, seu destino já estava marcado no caso de uma derrota contra a Chapecoense.  

Trata-se sem dúvidas de um evento importante e com um bom percentual de decisão para o rubro-negro da Ilha do Retiro, desde que em quatro jogos como visitante nesse returno não conquistou sequer um ponto.

Uma derrota poderá leva-lo para a zona da degola. A segunda decisão será no final da semana, jogando como mandante contra o Vitória, que é um dos que tentam fugir da foice do carrasco.

A torcida rubro-negra irá rezar para Nossa Senhora Aparecida para que seu time não tome o caminho do Gólgota.

NOTA 2- O JUVENTUDE E A SUA BASE

* O Juventude de Caxias já esteve por muitos anos na Série A Nacional, teve o seu momento de decadência e terminou batendo na Série C, onde permaneceu por muitos anos, e no último domingo conseguiu subir para a B.

Por outro lado o clube ainda está disputando as quartas de final da Copa do Brasil, tendo como adversário o Atlético-MG que venceu o jogo de ida realizado em Belo Horizonte, com o placar de 1x0. Tem chances de continuar na competição.

Empatar em Fortaleza e conseguir o acesso perante 60 mil torcedores contrários, representa algo que não pode deixar de ser debatido.

O clube sofreu uma metamorfose, através do planejamento de uma diretoria com os pés no chão. Os seus custos em 2016 chegarão ao valor de uma folha salarial do Internacional.

Gastará no futebol R$ 9,6 milhões nos 12 meses, inclusive nas escolinhas, e comissão técnica. Dos 32 jogadores da equipe principal, 18 vieram da base. O Juventude é o terceiro maior formador do Rio Grande do Sul, e os investimentos são feitos em jovens do próprio estado.

Voltamos ao tema que batalhamos a anos. A formação será a salvação do futebol de Pernambuco, mas para tal terá que ser bem feita, com uma boa estrutura. Existe um esgotamento de contratações que levam do nada para o nada, e mais um exemplo para comprovar tal fato vem do interior gaúcho.

NOTA 3- PALMEIRAS X CORINTHIANS

* Os dois melhores clubes do Brasileirão são aqueles com boas gestões, embora com modelos diferentes.

O Palmeiras tem uma governança monocrática, com um presidente rico que empresta dinheiro do seu próprio bolso.

Do outro lado, o Flamengo cujo modelo é o ideal, com uma governança corporativa que o transformou no maior clube do Brasil.

O alviverde domina a competição na liderança por 20 rodadas seguidas, e sempre com o rubro-negro em seu encalço. Em todos os sites de probabilidades, o clube paulista é o favorito absoluto.

Esses percentuais são tirados de acordo com as performances de cada um, e pelo que vem pela frente. O Flamengo leva vantagem por ter jogado menos do que o adversário, conta com o Maracanã lotado em seus três últimos jogos em casa, e está fora da Copa do Brasil.

Observando-se os adversários dos cinco próximos jogos da equipe alviverde, essa ganha de goleada com relação ao grau de dificuldade. Enfrenta o Cruzeiro, Figueirense, Sport, Santos e Inter. Deses só o time peixeiro está numa boa colocação, os demais lutam contra o rebaixamento.

Por outro lado o clube da Gávea joga contra o Fluminense, Internacional, Corinthians, Atlético-MG e Botafogo, ou seja, apenas um da parte mais abaixo, e quatro que lutam pelo G6.

Os amigos que visitam o blog poderão proceder com os seus cálculos, e acharem quem irá ser o campeão. O blog tem a sua opinião, e crava o Palmeiras para a conquista do troféu.

NOTA 4- MALDITO CALENDÁRIO

* O responsável pelo Calendário do futebol brasileiro deveria pagar uma penitência de joelhos sobre caroços de milho, assistindo jogos das diversas competições realizadas no Brasil, ouvindo os nossos narradores e comentaristas.

O Grêmio de Porto Alegre terá uma maratona de quatro jogos em dez dias, com uma viagem intercalada, ou seja 2,5 dias de diferença entre cada partida.

No dia 13 joga em casa contra o Atlético do Paraná, no dia 16 enfrenta o Santos na Vila Belmiro, no dia 19 é a vez do Palmeiras pela Copa do Brasil, em São Paulo e finalmente no dia 23, o Grenal.

Um crime contra os profissionais, e casa cheia nos Departamentos Médicos.

Só no Brasil de Del Nero.

NOTA 5- VIVA O FUTEBOL BRASILEIRO

* Passado seis meses do fim do Campeonato Mineiro, árbitros da Federação local ainda não receberam os pagamentos de alguns jogos apitados no torneio.

Compromissos no Módulo I, Módulo II, e confrontos das categorias de base não tiveram as suas taxas repassadas para os profissionais do apito.

O mais grave é que esses tiveram que arcar com os custos de deslocamento, alimentação e hospedagem do próprio bolso.

A Federação Mineira que enche as suas burras com as taxas cobradas, até o momento não tomou nenhuma providência para o tais pagamentos.

VIVA O FUTEBOL BRASILEIRO, O MAIS ORGANIZADO DO MUNDO.

Escrito por José Joaquim

Ontem conversamos com um amigo que entende bem dos assuntos esportivos, e em especial, sobre os do futebol, e obviamente que a região Nordestina e em especial o nosso estado foi o mais discutido, por ser dos nossos interesses.

O questionamento é o mesmo. O que mudou nos clubes e nas Federações? A resposta é bem simples: ¨Nada. Tudo continua como dantes¨. Os clubes com mais recursos e mais dívidas, e as entidades mais ricas.

Na noite do domingo assistimos a quinta tentativa do Fortaleza de ascender à Série B, com um estádio lotado com sessenta mil torcedores. Sentimos a dor daqueles que estavam presentes no Castelão. Mais um caso que reflete a decadência desse esporte no Nordeste.

A região Nordestina pena nas competições em que os seus clubes participam. O ABC de Natal com a sua passagem salvou um pouco o golpe sofrido pelo tricolor do Ceará. O Náutico tem chances de assim fazê-lo na Série B, enquanto os representantes na A, um está rebaixado, Santa Cruz, e os outros dois lutam contra tal fato, Vitória e Sport.

Os nossos problemas começam com entidades regidas pelas mesmas pessoas ou mesmos grupos por várias décadas. O trabalho de base sem projetar talentos, onde para suprir as necessidades se contentam com a contratação de dezenas de atletas, alguns desses de péssima qualidade.

As conversas são as mesmas, assim como as gestões. Dirigentes apaixonados e inteiramente amadores. Utilizam a paixão e esquecem a razão. Planejamento para esses é um palavra proibida, e deixam de lado os princípios da boa administração com reflexos nas suas agremiações.

Por outro lado, as Federações, e em particular a local, formam um retrato do que não se deve fazer nos esportes. As promessas de melhorias nunca são cumpridas. Os dirigentes usam e abusam das benesses do cargo, pouco se importando com os seus filiados.

Não existe um único projeto de recuperação da região, que se contenta com uma Copa do Nordeste, que hoje transformou-se em uma simples competição, e com a maioria dos clubes em processo de hibernação.

Que mal faz o esporte para ter dirigentes que assumem o poder, ganham status e, as vantagens do cargo, sobretudo para viagens, almoços, jantares, etc, e esquecem dos princípios básicos para que foram eleitos?

Não tem projetos, nem ideias para que o futebol possa prosperar. Os cartolas deveriam perceber que o cargo é para o bem coletivo, e não a serviço das vaidades e interesses pessoais.

Se existem culpados para a inércia existente no futebol regional são os clubes, os seus sócios, torcedores e a imprensa, que fingem que nada acontece, permitindo que o futuro continue sombrio.

Na verdade o futebol Nordestino, em especial o pernambucano não tem futuro.

Lamentável.

Escrito por José Joaquim

O Brasileirão teve o seu início no ano de 1971, completando nessa temporada 45 anos sem a devida maturidade com relação aos públicos nos estádios. Sempre ouvimos falar que o Brasil era o país de futebol, algo que deveria ser melhor analisado, desde que as estatísticas afirmam o contrário.

O público do futebol brasileiro continua emperrado e não passa dos 15 mil (média) em seu principal campeonato. Para que se tenha uma ideia exata da realidade, a maior média do Brasileirão aconteceu há 33 anos, em 1983, com 22.953 pagantes.

Na primeira competição tivemos uma média de 20.360 torcedores. Na década de 90, a mais expressiva foi em 1999, com 17.018. De 2001 em diante, tivemos em 2009, 17.807 pagantes por jogo, que foi o melhor nesses 15 anos.

Quando discutimos o público do atual Brasileirão, esse é nada mais, nada menos, do que a repetição de dezenas de anos, ou seja, os torcedores podem até gostar do futebol, mas não gostam dos estádios, posto que, são de resultados. Quando os seus times vão bem, ou lutam contra a degola, esses os lotam.

São detalhes que deveriam ter motivado uma análise mais profunda, mas não fazem, principalmente os apedeutas que dirigem o futebol nacional. No caso de Pernambuco, os torcedores são os mesmos de sempre. No início do Todos com a Nota apareceram, mas o encanto foi perdido no decorrer do tempo.

Hoje são as mesmas caras de antigamente, e com um detalhe, o da ausência de uma geração mais jovem e com o compromisso com os esportes. O crescimento aconteceu apenas com as torcidas organizadas, que pelas benesses dos clubes sempre estão com os espaços ocupados.

Nas novas Arenas, as do Palmeiras (75% de ocupação) e Corinthians (69%), ultrapassaram a média de 50%. No caso do time alvinegro, por conta de sua fraca participação no Brasileirão, os últimos jogos não chegaram aos 20 mil pagantes. Isso caracteriza de forma bem forte, o que chamamos de ¨Torcedor de Resultados¨.

Algo que vem ao encontro de nossa tese, estamos vivenciando em Porto Alegre com seus dois clubes e duas novas arenas. O Inter que melhorou a média nos dois últimos jogos, por ter aberto os portões para os seus sócios, só chegou a 47% de ocupação, enquanto o Grêmio está com 34%. O Cruzeiro em Minas Gerais é um outro exemplo, com 41% no Mineirão. Todos não vão bem no Nacional.

Quando são realizadas pesquisas, o número de pessoas que gostam de futebol é expressivo, com cerca de 60% da população acima dos 16 anos, mas isso não repercute na frequência dos jogos.

Durante a construção das Arenas para Copa do Mundo, os ufanistas gritaram aos quatro ventos que o esporte da chuteira no Brasil iria evoluir, em especial no seu público. Nada aconteceu. O Náutico é um bom exemplo. Nos Aflitos tinha uma média de 12 mil pagantes por jogo. Na Arena Pernambuco que é um excelente palco, essa é de 4.209.

Os ilusionistas estão adorando o novo santo ¨São Tite¨, e esquecem da necessária reflexão desse problema, na busca de alternativas para que os estádios recebam bons públicos. A cartolagem do Circo pouco se preocupa com esse fato. O negócio maior deles é a seleção, que sobrevive graças a patrocinadores que misturam as suas marcas em algo tão impuro, e aos torcedores que ainda não entenderam o mal que estão fazendo ao futebol prestigiando algo que também precisa mudar. Os Nordestinos formam a maior parte desse contexto.

O futebol brasileiro com relação a técnica caiu, mas com o público é o mesmo de mil anos atras.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- OS DOIS PRÓXIMOS JOGOS DO SPORT DECIDIRÃO A SUA VIDA NO BRASILEIRÃO

* A luta contra o rebaixamento tem cinco personagens. Coritiba, Cruzeiro, São Paulo, Vitória e Sport. Uns com mais chances de queda, e outros com menos. Com relação ao Figueirense, que seria o sexto clube, esse praticamente selou o seu destino no último domingo com a derrota em casa contra o Botafogo.

Pelos cálculos com dados atualizados, considerando-se os seus próximos jogos, o clube catarinense tem 78% de chances de ser degolado. O Internacional é o quarto clube na lista do carrasco degolador, com 43% de chances, seguido pelo Sport Recife com 30%, o Vitória, 21%, São Paulo, 10% e Coritiba, 8%.

Os jogos contra a Chapecoense (fora) e Vitória (Casa) serão importantes para o rubro-negro. Somando pelo menos 4 pontos, o passo será dado, e o homem da foice irá bater em outra porta.

Todos os cálculos que fizemos apontam que o Sport estará na Série A de 2017. Os números dão o mote, mas não são definidores, e por conta disso todo cuidado é pouco.

Internacional e Vitória lutarão contra a última vaga, que é mortífera e ninguém a deseja, sendo que o time gaúcho é poderoso e nunca foi rebaixado no Brasileirão.

Como estamos no Brasil, de tudo pode acontecer.

NOTA 2- O PALMEIRAS TEM 75% CHANCES DE ALCANÇAR O TÍTULO

* O Flamengo está realizando uma excelente campanha no Brasileirão, inclusive com uma diferença de três pontos para o líder Palmeiras, que vem mantendo-se firme nessa posição por vinte rodadas seguidas, mas pelas análises dos números dificilmente irá chegar ao topo mais alto no lugar do time paulista.

Nas análises procedidas, o alviverde tem tudo para alcançar os seus objetivos, principalmente nos jogos que ainda irá realizar, em comparação com aqueles do seu adversário. Os sites que trabalham com estatísticas, dão em média 75% de chances para que o alviverde consiga o seu objetivo, e 19% para o rubro-negro carioca.

O Palmeiras foi o melhor no Turno, com 63,16% de aproveitamento, e cresceu no returno ficando também na primeira colocação com 80,0%. Tem o melhor ataque, com 52 gols, e a terceira melhor defesa, com 27 gols contra.

Uma campanha consistente, e que certamente irá leva-lo ao pódio mais alto, deixando o ¨Cheirinho do Hepta¨ para trás.

NOTA 3- CONTRA O ¨CUCABOL¨

* Não gostamos do ¨Cucabol¨, embora o time que o aplica está com os pés e as mãos na Taça do Brasileirão.

O futebol aéreo é grotesco, tira o encanto da troca de passes, que o próprio Palmeiras fez com competência no segundo gol contra o America-MG.

Por conta disso fizemos uma busca em tudo relacionado ao assunto, e descobrimos em um livro que faz parte de nossa biblioteca, com o título ¨Os Números do Jogo¨, dos jornalistas americanos, Chris Anderson e David Sally, que relaciona uma pesquisa em vários itens do futebol, e com resultados que surpreendem.

Segundo os autores, ¨quando o lateral do seu time cava um escanteio, levanta a torcida do estádio. Presunção de gol? Segundo a pesquisa: não. Foram avaliados 1.434 escanteios na temporada de 2010/2011 na Premier League, e a média de gols foi de 0,2022 por jogo, o que é irrelevante¨.

Cuca está errado e Guardiola tem razão, quando aplica o sistema de manter a posse de bola com os pés. Bola aérea é para o voleibol.  

NOTA 4- GRAFITE FALOU BEM TARDE

* Mais uma vez o atacante Grafite do Santa Cruz, que é a maior referência do time, teceu criticas severas a falta de planejamento do tricolor pernambucano, algo que há muito tempo chamávamos a atenção.

O mesmo se dava com o jornalista Claudemir Gomes, em seus comentários no blog, e na Rádio Globo, que bem diferente de alguns setores, alertava que o Santa Cruz iria ser rebaixado por conta da manutenção de um time de Série B disputando uma divisão maior.

Na realidade são duas competições bem diferentes, sendo que o Brasileirão requer mais qualidade no elenco para que possa enfrentar equipes mais fortes.

Além da falta de planejamento, um fato mais grave aconteceu no tricolor, os atrasos salariais, que tira o foco dos atletas, desde que todos tem as suas obrigações pessoais.

Quando assumimos o Sport em 1990 durante a Série B, uma das exigências formuladas ao presidente Luciano Bivar foi a do pagamento dos salários e gratificações em dia, que estimulam sem dúvidas a atuação da equipe.

Prometemos ao elenco que isso seria cumprido, tiramos desse algumas ovelhas desgarradas, e no final veio o título nacional e o retorno a maior divisão do Brasil.

Sem planejamento e sem salários o destino foi esse que tomou conta do Santa Cruz, levando-o de volta a Segundona.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- MAIS UMA DERROTA DO SANTA CRUZ

* Sem zebras a 29ª rodada do Brasileirão não apresentou surpresas. Tudo dentro do previsível.

A perseguição ao Palmeiras continua sendo realizada pelo adversário Flamengo. Ambos ganharam os seus jogos, por coincidência para os piores times da competição, o lanterna America-MG, e o vice-lanterna Santa Cruz. 

O alviverde de São Paulo venceu o time mineiro por 2x0, enquanto o rubro-negro goleava o tricolor de Pernambuco por 3x0. Achar que esses dois piores times do Brasileirão poderiam ganhar ou empatar seus jogos, era algo totalmente fora de curva. Uma venda de ilusões por ilusionistas amadores. Tornaram-se vendedores de mando de campo.

Ambos estão rebaixados e não existem rezas, cálculos matemáticos que possam resolver os seus problemas. Já deveriam começar a fazer o seu planejamento para o ano de 2017, na Segunda Divisão. 

Por outro lado, embora a chance de fugir da degola ainda exista, o Figueirense que foi derrotado em casa pelo Botafogo por 1x0, aos 47 minutos do segundo tempo, ingressou numa área de turbulência, com a tendência de curva descendente, firmando-se como o terceiro mais cotado para a foice do carrasco da degola.

Uma última vaga será disputada pelo Cruzeiro, Coritiba, São Paulo, Vitória e Sport. Cinco clubes à procura de um abrigo para escapar do degolador.

Pela Série B, foi realizado o último jogo da rodada, com a vitória do Bahia por 4x0 contra o Tupi.

O time baiano continua respirando na competição, mas terá muitas dificuldades para a obtenção do acesso.

NOTA 2- MAIS UM ANO PERDIDO PARA O FORTALEZA

Na Série C, quatro clubes já tiveram o acesso para a B de 2017. Do Nordeste apenas o ABC, dois do Sudeste, Guarani-SP e o Boa de Varginha-MG e um do Sul, o Juventude de Caxias. 

A derrota do Asa de Arapiraca para o time de Campinas foi uma surpresa. O time alagoano tinha ganho em casa o jogo de ida por 3x1, poderia perder e levar o acesso, mas foi derrotado pelo placar de 3x0.

O alviverde campineiro retorna a competição após a sua queda em 2012, muito embora continue numa situação de dificuldades financeiras.

A derrota mais dolorosa foi a do Fortaleza por conta do empate por 1x1 contra o Juventude de Caxias.

A história se repetiu mais uma vez. Pela quarta vez em cinco anos, o tricolor perdeu o acesso à Serie B jogando em casa na fase de mata-mata da competição. Na Arena Castelão lotada, com 60 mil torcedores, o Fortaleza esbarrou nas defesas do goleiro Elias, e amargará mais uma temporada na Terceira Divisão.

O seu torcedor viveu um drama que vem sendo repetido há vários anos.

O incrível é que nossa região tinha a chance real de classificar os seus quatro clubes, e ficou com apenas um. Isso é o retrato de um futebol cada vez menor no cenário brasileiro, dirigido por cartolas sem a devida competência.

Um clube que coloca um número extraordinário de torcedores no estádio, deveria ter uma melhor sorte. Mas faltou mais uma vez competência.

Pobre futebol Nordestino, que se contenta com uma Copa do Nordeste como fosse uma grande coisa.

Lamentável.

NOTA 3- OS CRITÉRIOS TÉCNICOS E O ACESSO NA SÉRIE B

* O número mágico para o acesso na Série B é de 61 pontos, de conformidade com a atual tabela de classificação.

Tal pontuação levará a um desempate pelos critérios técnicos, fato esse que já estamos vivenciando com três clubes com o mesma pontuação (48), e cuja decisão na classificação está se dando pelo número de vitórias e saldo de gols.

O Náutico leva uma vantagem sobre o Avaí por conta desse segundo item, e sobre o Londrina nos dois casos.

Com relação ao saldo de gols, a vantagem alvirrubra será impossível de ser alcançada, a não ser que o time sofra goleadas seguidas, que não será o caso. A parte mais importante será o número de vitorias, desde que está empatado com o Avai (14), mas leva uma vantagem sobre o Londrina e Bahia, que são os que ainda tem chances de subirem para a Série A de 2017.

O time alvirrubro para alcançar o objetivo terá que manter esse padrão, e as vitórias em casa serão a chave do sucesso. 

NOTA 4- O BANHO DE CUIA DA MLS

* O futebol americano não tem tradição firmada no cenário mundial, mas a sua Liga Profissional (MLS), vem mostrando que esse esporte poderá atingir patamares bem mais altos.

Nos 316 jogos realizados na atual temporada, a média de público dá um banho de cuia, ou melhor uma lambreta no futebol brasileiro.

Enquanto o país tupiniquim não consegue chegar aos 15 mil torcedores por jogo, os norte-americanos já atingiram uma média de 21.512,  total de 6.798.843 pagantes.

O Brasileirão com 287 jogos realizados, apresenta uma média de 14.468 torcedores por jogo, e um total de 4.152.811.

Por outro lado, na MSL não tem um único público abaixo dos 10 mil, enquanto no Brasil vários são os jogos que tiveram uma participação menor do que tal número, e com o agravante com seis desses com públicos inferiores a mil torcedores.

Isso é um verdadeiro banho de cuia.

NOTA 5- OS CLUBES GASTAM, E AS FEDERAÇÕES SE DIVERTEM

* Oito Federações estaduais que tem filiados disputando a Série A Nacional, com a cobrança de suas taxas nos jogos realizados enchem as suas burras de ouro.

Computamos 287 jogos realizados, desde que não obtivemos os movimentos dos três de ontem. O total recebido foi de R$ 7.575.953,25, um valor bem alto para quem não tem sequer um único jogador em suas folhas salariais.

A Federação de São Paulo recebeu R$ 3.434.485,80, superior as receitas líquidas de 13 clubes. A seguir a Gaúcha com R$ 1.035.525,67, Carioca, com R$ 1.020.647,85, Mineira, R$ 891.940,08, Paranaense, R$ 420.121,50, Pernambucana, R$ 272.018,20, Catarinense, R$ 153.274,50 e Baiana, R$ 151.377,80.

Uma verdadeira vaca leiteira onde todos mamam menos os clubes.

NOTA 6- INDECÊNCIA

* Todos os dias são descobertas mais bandalheiras praticadas por aqueles que estiveram no poder nos últimos 13 anos.

O jornal Folha de São Paulo revelou que a Odebrecht fez uma transação sigilosa com a Caixa Econômica Federal em 2014, para cobrir um rombo milionário para a construção da Arena Itaquera de propriedade do Corinthians. Aliás todos sabiam e fingiam que nada acontecia. 

De acordo com a Folha, o dinheiro gasto pela empreiteira na obra, não tinha prazo para retorno, como até hoje não tem.

Por conta disso surgiu a fórmula indecente de ajudar a Odebrecht a recupera-lo. O Banco estatal comprou debêntures emitidos pela empresa no valor de R$ 350 milhões, e tudo foi resolvido. 

O Brasil é muito forte, pois aguentar tantas bandalheiras e não fechar, é um milagre.