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Escrito por José Joaquim

NOTA 1- A RODADA DAS GARFADAS

* O futebol brasileiro virou um caso gastronômico. Os jogos que foram realizados no dia de ontem, pelo menos quatro foram marcados por diversas garfadas. Foram garfos para todos os lados e todos os gostos, inclusive os utilizados em churrascos.

Três grandes públicos, com milhares de torcedores lotando o Maracanã, Arena do Grêmio e Allianz Parque, e dentro do gramado a avacalhação da arbitragem modificando alguns dos resultados.

Para nós nenhuma novidade, desde que a cúpula que comanda o futebol não tem credibilidade, e obviamente isso reflete nas competições através dos seus árbitros.

O pênalti cometido pelo zagueiro Mina, do Palmeiras, que seria favorável ao Sport, foi tão escandaloso que o técnico do time alviverde concordou que aconteceu. Só falou porque saiu vitorioso.

Ricardo Marques Pereira, árbitro do jogo fingiu que não viu, e agravou mais o seu erro, desde que a continuidade do lance terminou com o primeiro gol do time paulista. Foi uma garfada no Leão, que atuou bem, e melhor do que o seu adversário, que saiu vencedor por 2x1.

A festa continuou no Maracanã, e dessa vez o garfado pelo árbitro Anderson Daronco foi o Corinthians, que validou um gol do atacante Paolo Guerrero, do Flamengo, que estava impedido de forma escandalosa. Aliás foram três jogadores do rubro-negro na mesma posição. Uma bela garfada e o placar de 2x2. O presidente Eduardo Bandeira, do time da Gávea reconheceu o grotesco erro.

No Couto Pereira, Raphael Claus precipitou-se na expulsão de Kleber que só estava em campo por três minutos, por conta de uma reclamação. Foi uma garfada saborosa, e prejudicou a equipe paranaense, que teve forças para empatar o jogo contra o Fluminense mesmo com 10 jogadores em campo (1x1). Nunca vimos um árbitro ser tão esculhambado pelos jogadores, sem condições de tomar qualquer atitude. Só faltou apanhar.

Na Arena do Gremio, Francisco Carlos do Nascimento, o árbitro que já foi FIFA por indicação de Renan Calheiros, além de fraco, garfou o Internacional ao expulsar um jogador, no caso Rodrigo Dourado, que foi separar uma briga, levou dois socos de Edilson do Grêmio, que também recebeu cartão vermelho. A culpa do atleta Colorado foi apanhar. O placar final foi 0x0.

Nos demais jogos, apenas o do Atlético-MG 3x0 Figueirense teve uma pequena mordida com o garfo do árbitro Graziane Maciel Rocha, quando não marcou um pênalti de Victor no atacante do time catarinense. O Cruzeiro venceu o Vitória por 1x0, com o time baiano perdendo um pênalti, e o Santos derrotou o Chapecoense por 1x0.

O futebol brasileiro está no fundo do poço, perdendo o que restava de credibilidade por conta de desastradas arbitragens, e dirigentes incompetentes.

A rodada foi péssima para Vitória e Sport que estão lutando contra o rebaixamento, para o preenchimento da última vaga disponível.

NOTA 2- O PRESENTE PARA O LULA

* Nunca na história desse país vivenciou-se tantas imundices.

O jornal Folha de São Paulo em sua edição de ontem, publicou um trecho da delação premiada de Emílio Odebrecht, em que afirma que a Arena Corinthians foi um presente de sua construtora ao ex-presidente Lula.

Aliás todos sabiam desse fato, que mostra a realidade em que o país vivia nesses últimos anos, onde a corrupção, os corruptos e os corruptores dominaram.

Para nós nenhuma novidade, desde que o próprio presidente do clube na época, Andrés Sanchez, em seu livro sobre a Arena, escreveu que Lula pediu a ajuda de Emílio para a sua edificação.

Na verdade, a Lava-Jato sabe muito mais do que o que foi apresentado pela Folha, e que tem muito mais gente envolvida nessa obra.

Alexandrino Alencar que viajava com Lula para o exterior para fechar contratos de obras para a Odebrecht, e que tornou-se um delator nessa operação, é amigo de Sanchez.

Por outro lado, em 2011, o ex-presidente do Corinthians em uma entrevista à Revista Época, que por coincidência ainda temos em nosso poder, declarou: ¨Quem fez o estádio fomos eu e o Lula. A parte financeira ninguém mexeu. Só eu, o Lula e Emílio Odebrecht.

Na realidade o Corinthians é uma vítima desse processo, que está prejudicando a sua vida financeira, e não pode ser culpabilizado por crimes cometidos por seus dirigentes, que deverão paga-los na Justiça, na companhia do ex-presidente, cujos atos envergonham a parte séria do Brasil.

A instituição Corinthians é uma das mais importantes do futebol brasileiro e não merece o que vem acontecendo.

Lamentável.

NOTA 3- UM MODELO OLIGÁRQUICO

* Qual o modelo do futebol brasileiro?

Trata-se de uma pergunta que é feita diariamente pelos sócios dos clubes, como também por seus torcedores.

O mais interessante que esse esporte é um dos mais democráticos do mundo, contando com a participação de todos os segmentos da sociedade, mas a sua gestão está bem longe disso.

Não existe um modelo mais fechado do que o aplicado em nossos clubes. Nem o da Coreia do Norte sob a liderança de Kim Jong Un.

Não tem transparência, e tudo é resolvido por um pequeno grupo de ungidos. A palavra democracia passa bem ao largo.

Temos um bom exemplo nos processos eleitorais.

Quem indica os futuros gestores? Os associados são ouvidos? Existem prévias para as escolhas? Isso tudo poderia acontecer se o modelo adotasse o sistema democrático, pelo contrário sempre apresenta um prato feito, como um regime fechado.

O futebol brasileiro é oligárquico quando um pequeno grupo resolve o seu futuro.

O processo eleitoral é decidido numa mesa de restaurante, por duas pessoas. Quando aumenta mais as presenças, são apenas quatro cadeiras ocupadas.

A parte mais importante, o associado não é ouvida, e recebe a encomenda por um pacote postal. Não se rebela e no final ainda participa do sistema quando concede o seu voto, o que é lamentável.

Ou muda o sistema, abrindo os intramuros, ou com raras exceções que ainda praticam a democracia, todos irão morrer abraçados em um grande oceano. Os oligarcas não tem procuração do associado para resolver e falar em seu nome.

São coisas do futebol brasileiro.

NOTA 4- COPA BRASIL SUB-20

* Poucos torcedores tem conhecimento da realização da Copa Brasil Sub-20, uma competição importante para solidificar o trabalho de formação.

Não lemos, nem ouvimos nada sobre essa competição.

Nos jornais do Sudeste a situação é mais trágica. Ninguém fala, ninguém viu. Parece que contraíram a doença dos nossos políticos, quando o Brasil estava sendo assaltado, e ninguém sabia de nada.

Pernambuco entrou na competição com os três clubes da capital.

O Santa Cruz foi eliminado no jogo de ida, derrotado em casa pelo Internacional de Porto Alegre (3x0).

O Náutico conseguiu passar da primeira fase, superando o Vasco da Gama, mas foi atropelado pelo São Paulo na seguinte.

A melhor campanha é a do Sport, que passou pelas duas fases iniciais, e irá disputar as quartas de final em dois jogos contra o Atlético-MG.

Na primeira o rubro-negro passou pelo Palmeiras, na segunda, a bola da vez foi o Vitória.

Uma notinha sobre a competição não faz mal a ninguém, e é muito mais proveitosa de que algumas notícias do nada para o nada que são divulgadas por nossas mídias.

NOTA 5- SAMPAOLI JÁ ESTÁ FAZENDO HISTÓRIA NA ESPANHA

* Assistimos no dia de ontem alguns jogos do futebol europeu, e um que nos chamou a atenção foi o do Sevilla x Atlético de Madri, que foi ganho pelo primeiro com o placar de 1x0.

Um padrão de futebol bem diferente.

Nos bancos de reservas dois técnicos argentinos. Diego Simeoni, da equipe madrilenha, e Jorge Sampaoli do time de Sevilla. Duas propostas opostas.

Enquanto o Atlético jogava com a bola aérea, o Sevilla jogava com intensidade, trocas de passes e com a bola no chão.

O resultado final foi um presente para quem jogou o bom futebol.

Jorge Sampaoli já começa a fazer história no futebol espanhol.

Em 15 jogos o técnico argentino colocou o seu time na liderança do seu grupo na Liga dos Campeões, em conjunto com a Juventus da Itália, e na vice-liderança da Liga Espanhola, à frente do Barcelona.

O seu trabalho positivo em outros clubes, e na seleção chilena não foi obra do acaso e sim da competência.

Escrito por José Joaquim

O Sport Recife está bem próximo de uma mudança em seus poderes diretivos. No mês de dezembro os associados irão escolher aqueles que irão comanda-lo para o próximo biênio.

Vivenciamos tal fato muitas vezes, assim como a vida desse clube, e hoje temos a convicção que as agremiações mudaram para muito pior, inclusive o rubro-negro da Ilha do Retiro, muito embora tenham crescido nas receitas.

Os torcedores e, principalmente os sócios, deixaram de ser os seus donos, cedendo os seus lugares para algumas pessoas que se consideram acima das instituições, e atuam como tal.

Não se pensa mais na entidade, sim nos interesses de grupos, transformando política em uma guerra pelo poder a qualquer custo. O que menos importa é o seu futuro.

O Conselho quando eleito não reflete a realidade, virou uma peça do jogo pelo poder, inclusive com um agravante, uma queda em sua qualidade.

Na maioria dos clubes do Sul e Sudeste, quando existem várias chapas na disputa eleitoral, esse órgão é composto de forma paritária de acordo com a votação recebida, ou seja os vitoriosos são maioria, mas existirá uma minoria que possa acompanhar os modelos de suas gestões.

Muitos sócios com capacidade de ajudar, foram pouco a pouco sendo afastados dos Conselhos, que transformaram-se numa sucursal do poder executivo, e um órgão de amigos.

Muitas vezes a renovação é para pior, quando as cabeças pensantes são degoladas, e a qualidade do órgão reduzida. A prioridade é para os amigos do poder, que aprovam tudo que vem do executivo, e no final os resultados são iguais aos que assistimos pelo Brasil afora. 

Na realidade os clubes deixaram de ser dos seus associados, para ficar nas mãos de um poder dominante que os utilizam muitas vezes para os interesses pessoais, numa inversão de valores, desde que sempre pertenceram aos seus torcedores e associados.

O universo do futebol é único. As agremiações em sua maioria não são dirigidas visando os seus associados, e sim para uma minoria de ungidos.

Na verdade, o Sport Recife faz parte desse contexto, e poderia aproveitar-se desse processo eleitoral para mudar o sistema, e em especial, planejado a sua refundação, posto que o modelo atual entrou em estado de exaustão.

Para que isso possa acontecer, necessário se faz uma visão mais objetiva do seu associado, na escolha do melhor para o clube.

Presidência de um clube não é brincadeira de mesa de bar, e sim da maior importância pois irá mexer com sentimentos e paixões. O equilíbrio e a capacidade gerencial de quem irá dirigi-lo é fundamental para o sucesso.

Sem dúvidas esse tema merece uma boa reflexão. Que os amigos o façam.

Escrito por José Joaquim

Quando o ¨Tapetão¨ é utilizado em nosso futebol, surgem os profetas com ideias copiadas de modelos europeus para a atuação de nossos Tribunais Esportivos. Estão pedindo os Tribunais Penais. São apedeutas.

Na verdade o nosso Código Desportivo tem que ser modificado em alguns dos seus artigos, e isso já está sendo discutido no Congresso Nacional, que pelo momento que vive não seria o fórum ideal para tal debate. Os regulamentos das competições poderão enxuga-lo, desde que algumas punições deveriam ser previstas nos seus artigos.

O nosso problema não é a legislação esportiva e sim os homens que a interpreta.

O último imbróglio que movimentou os noticiários foi o da tentativa de mais um ¨Tapetão¨ do Fluminense, que foi o clube que o implantou em nosso futebol em 1969 quando recorreu a Justiça Comum para escalar o atacante Flávio, na final do campeonato estadual contra o Vasco da Gama. O jornalista Nelson Rodrigues escreveu que o tricolor havia escalado um jogador nos ¨tapetes dos tribunais¨. O ¨Tapetão¨estava criado.

A decisão do presidente do STJD acatando tal recurso, é a demonstração do que afirmamos, os homens é que são os responsáveis pelo que acontece, quando interpretam as leis de acordo com os seus interesses. Dois dias após, atendendo um ¨parecer¨ do Procurador do Tribunal, mandou arquivar o pleito do tricolor carioca.

Qual a razão de não ter negado quando do encaminhamento feito pelo clube?

Pelo que conhecemos dos bastidores esportivos, o recuo não se deu por conta de tal parecer, e sim por sua repercussão negativa, que não estava atendendo aos interesses da dona dos direitos de transmissão.

Os analistas no Brasil são iguais aqueles grupos que andam pelas ruas protestando contra a PEC dos Gastos Públicos, sem terem o menor conhecimento de economia.  

O grande problema da Justiça Desportiva brasileira é a falta de autonomia. Não tem recursos e é subsidiada pelo Circo que paga suas despesas. No caso dos estados, essa depende das federações. As taxas que são descontadas pelas entidades estaduais no Brasileirão, dariam para sustenta-la de forma independente, e ainda poderia ter a participação do Ministério do Esporte, que tem o interesse em tal assunto.

Há anos que escrevemos sobre esse tema, e sempre batendo na mesma tecla, com relação a composição dos Tribunais Esportivos.

O legislador pensou que estava democratizando o setor ao elaborar o novo Código, mas na prática o desorganizou e sobretudo tornou-o cúmplice do poder vigente. Com exceção da indicação feita pelo Conselho Federal da OAB (no caso do STJD), e pelas Ordens estaduais (no caso do TJD de cada estado), as demais não são levadas à sério.

O atual presidente do maior órgão da Justiça Desportiva, Ronaldo Piacente, foi indicado por uma manobra de Marco Polo Del Nero, ainda como vice-presidente do Circo, através da Associação dos Árbitros, cujos associados dependem da entidade para o exercício de seu trabalho.

Isso acontece com relação as entidades dos atletas e dos clubes. São colocados alguns jabutis na jabuticabeira, e poucos sabem como isso aconteceu.

O sistema é ruim e apodrecido. Auditor de um Tribunal tem que passar por um concurso e, um período de quatro anos. Além disso deverá ter conhecimento do direito esportivo, e uma ficha limpa no tocante a idoneidade.

Essas são as mudanças mais importantes e não os Tribubais Penais, que poderão ser substituidos como afirmamos, pelos Regulamentos das competições.

Existe pelo Brasil afora vários Institutos de Direito Esportivo, inclusive em nosso estado, com componentes do mais alto nível, tanto na ciência jurídica, como na seriedade pessoal, e que poderiam prestar uma grande contribuição ao setor.

O resto é conversa fiada de quem não deseja moralizar o futebol brasileiro.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O SÃO PAULO DEU ADEUS AO CARRASCO

* Os Deuses do futebol mais uma vez ficaram com o São Paulo, que teve um primeiro tempo medíocre no seu jogo contra a Ponte Preta, embora tenha saído à frente no placar com um gol de pênalti, mas sofreu durante os 45 minutos, contando com a ajuda da trave, e algumas boas defesas do seu goleiro Denis.

O time paulista entrou no gramado com cinco jogadores formados na base, e na segunda etapa, com mais dois por conta da substituição.

A Ponte Preta é um time organizado, mas não contou com a ajuda dos Deuses, inclusive com o atacante William Poker perdendo um gol cara a cara com o goleiro. Minutos após, David Neres, uma das revelações do tricolor fez o seu primeiro gol como profissional.

Com o resultado de 2x0, o time do Morumbi somou 42 pontos, e na ocasião deu um adeus ao carrasco da degola, que continuará seguindo alguns clubes que estão na luta contra o rebaixamento.

Com a promoção do ingresso no valor de R$ 10 o torcedor do São Paulo compareceu ao estádio, com 49.673 pagantes.

No futebol brasileiro de hoje, os torcedores só vão aos jogos por conta de promoções, e quando os seus times estão na miséria.

A rodada continuará amanhã, com estádios lotados, e a perspectiva da melhor média do ano.

NOTA 3- O OESTE AJUDOU O NÁUTICO

* Com a derrota frente ao Luverdense por 2x1, o Náutico corria o risco de cair para a 6ª posição caso o Bahia vencesse o Oeste em jogo válido pela 32ª rodada do Brasileiro da Série B.

O time de Itápolis saiu na frente do marcador, mas cedeu o empate, tirando dois pontos do tricolor baiano, ajudando ao Londrina que continuou no G4, e sobretudo ao alvirrubro de Pernambuco que permaneceu na 5ª colocação, continuando a depender apenas dos seus resultados para conseguir o objetivo maior.

O Vasco enfim ganhou um jogo após um longo período de jejum. Apesar de ter jogado um futebol de baixo nível, aproveitou-se das lambanças da defesa do Paraná para marcar o seu gol vencedor no segundo tempo.

A equipe paranaense vendeu o seu jogo e atuou em Cariacica, com o estádio contando apenas com torcedores vascaínos. Só no futebol brasileiro acontecem vendas do mando de campo, que ferem os interesses de terceiros.

Na realidade as atuações do time carioca já estavam levando a sua torcida ao desespero, e na ocasião do gol assistimos cenas de choro nas arquibancadas, com a aparência da conquista de um título.

Com essa vitória o Vasco somou 57 pontos e está bem próximo do acesso, quatro abaixo do líder, o Atlético-GO.

Nos demais jogos da tarde, em um abraço de afogados, o Tupi empatou com o Sampaio Correa (1x1), mesmo placar para o jogo de Paysandu x Goiás.  

No período noturno tivemos duas partidas, e entre essas a melhor que assistimos entre as diversas da Série B em toda a competição, envolvendo Atlético-GO x Criciuma, que teve nos goleiros os seus maiores destaques.

O rubro-negro goiano mostrou que deverá conquistar o título de campeão, ao derrotar a equipe catarinense por 2x1, com um gol aos 50 minutos do segundo tempo, e jogando um bom e diferenciado futebol, como aconteceu com o seu adversário.

Virtualmente já é o primeiro clube a ter o acesso garantido, já que completou 61 pontos, quatro a mais do que o Vasco, sete do Avai, 3º colocado, 9 do Londrina o 4º, e com 18 à disputar.

Em Maceió, o CRB de virada venceu o Joinville, pelo placar de 2x1, e voltou a sonhar com o acesso, chegando aos 49 pontos, três a menos do que o Londrina, o último do G4.

O time alagoano era dado como morto na competição e de repente ressuscitou.

Na próxima terça-feira começa tudo de novo.

Haja folego.

NOTA 4- A REFUNDAÇÃO DO FUTEBOL

* Postamos uma mensagem no twitter, em que mostrávamos que qualquer candidato à presidência do Sport Recife, terá que trabalhar na sua refundação, desde que o modelo atual exauriu-se no decorrer dos anos.

Ficamos surpresos com o número de impressões, que em três horas superou a casa dos 1.500.  Esse retorno mostrou que o tema é importante. 

O rubro-negro da Ilha do Retiro viveu como a Carolina de Chico Buarque, que não viu o tempo passar, e  não mudou de rumo.

Há pouco publicamos uma nota com o título ¨O Fenômeno Botafogo¨, analisando a metamorfose que esse passou, saindo das cinzas como uma Fênix, o pássaro da mitologia grega que depois de morto ressurgia para a vida. Refundou-se.

O time da Estrela Solitária é o exemplo da refundação. Estava no velório, graças a gestões atabalhoadas, e por conta do sucesso de uma administração bem planejada, voltou com todas as forças ao mundo dos vivos.

Com um elenco montado para a Série B de 2015, um time forjado com poucos recursos, não tinha a confiança dos seus torcedores, mas terminou trazendo todos de volta por conta dos resultados.

A campanha do returno é impecável, está na primeira posição. Poderá perdê-la para o Palmeiras que joga hoje. Em 13 jogos foram dez vitórias e três derrotas, e com a defesa menos vazada, com cinco gols. Joga no limite e consegue o sucesso.

Na tabela geral é o 5º colocado, com vaga na Libertadores.

A politica rasteira foi expulsa do clube, e com uma gestão competente, tornou-se um bom exemplo para todos aqueles que estão chorando hoje, por conta de um ontem mal preparado, sem um projeto adequado para o futuro.

A refundação de alguns clubes é necessária para o futebol brasileiro, e o Sport está entre um desses que necessitam que isso aconteça, e só conseguirá com uma gestão séria, profissional e de pessoas que não pensem em si, sim na entidade.

O sucesso em campo está atrelado a uma boa administração.

NOTA 5- O ITAQUERÃO É UMA BOMBA RELÓGIO

* A Lava-Jato está passeando no Itaquerão, de acordo com as delações que estão sendo feitas pelos diretores da Odebrecht.

Além da queda, coice.

A Revista Época dessa semana, mostra com documentos que o atual presidente do Corinthians, Roberto Andrade, fraudou ata de reunião em fevereiro de 2015.

De acordo com a publicação, o mandatário antes de ser eleito e tomar posse, assinou como presidente do clube. O cartola assumiu dois dias depois da assinatura da ata, e não poderia fazê-lo.

Isso pode ser considerado como falsidade ideológica, por configurar informações falsas em documento oficial.

A pauta da reunião explica a razão desse dolo.

Nessa foi aprovada um aumento para o prazo de entrega do Itaquerão, e com isso tirando a obrigação da construtora de pagar multa. Uma pequena ¨mumunha¨.

Um outro assunto foi o contrato com a empresa OMNI, ligada ao ex-presidente Andrés Sanches, para o arrendamento do estacionamento, que será também palco de eventos.

Esse é o modelo de gestão em alguns clubes brasileiros, que funcionam às escondidas e de forma ilegal e estranha.

Que a Lava-Jato chegue rápida para que todos possam saber da realidade.

O Corinthians é um grande clube, com uma torcida fiel e não merece isso.

NOTA 6- MALDITO CALENDÁRIO

* Nos divertimos quando lemos ou ouvimos algumas notícias sobre o futebol de nosso país.

Tomamos conhecimento de um pleito hilário. O técnico Cuca do Palmeiras, solicitou de Tite, treinador da seleção do Circo, que só colocasse Gabriel de Jesus para jogar contra o Peru por meio tempo, desde que deseja contar com o atleta em um jogo pelo Brasileirão um dia após.

A nossa alegria é a de constatarmos que tudo que falávamos sobre o Calendário do futebol brasileiro a cada dia se confirma.

Se os dirigentes dos clubes, em especial o do alviverde de São Paulo tivessem lutado por um calendário mais racional, um pleito como esse não iria acontecer.

Os dois jogos do time do Circo do Futebol Brasileiro, conhecido como CBF, pela fase eliminatória Sul-Americana da Copa do Mundo irá refletir em duas rodadas do Brasileirão em sua reta final.

Os nossos clubes irão ser desfalcados dos seus jogadores, não somente para a seleção local, como das outras do Continente.

Fizemos uma relação dos atletas que estarão participando desses jogos, e verificamos que o buraco é muito profundo.

Atlético-MG - Lucas Pratto (Argentina), Erazo (Equador), Cazares (Colombia) e Otero (Venezuela).  

SÃO PAULO- Rodrigo Caio (BR), Buffarini (Argentina) e Cueva (Peru).

CRUZEIRO- Arrascaeta (Uruguai).

FLAMENGO- Alex Muralha (BR) e Guerrero (Peru).

SANTOS- Lucas Lima.

ATLÉTICO-PR- Weverton.

CORINTHIANS- Fagner.

No total são treze atletas que estarão fora dos gramados, ou dependendo de uma logística após o segundo jogo do time do Circo, para jogar, em plena reta final da competição.

Nada mais, nada menos são vítimas de um calendário imbecil, produzido por apedeutas esportivos.

Eles merecem.

Escrito por José Joaquim

NOTA 1- O NÁUTICO PEDIU, LEVOU

* O Náutico aos 8 minutos do primeiro tempo saiu à frente do marcador através de um gol de pênalti, no seu jogo contra o Luverdense, no estádio Passo da Ema, em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso.

Com esse resultado o alvirrubro de Pernambuco estava provisoriamente assumindo a vice-liderança da competição.

Depois disso desapareceu da partida, e não conseguiu segurar o placar, levando uma virada no segundo tempo, também através de um pênalti, e no segundo gol com uma falha do goleiro Rodolpho, que antes tinha salvo o time com boas defesas.

O Náutico jogou pouco, mas teve o resultado nos pés dos seus jogadores e esses não souberam segura-lo. Até um empate seria um mal menor, mas a derrota o deixou fora do G4, na 5ª colocação, e poderá perder mais uma posição no caso de uma vitória hoje do Bahia contra o Oeste.

Com essa derrota foi embora uma invencibilidade de oito jogos, com seis vitórias seguidas.

O Náutico pediu, levou.

No outro jogo de ontem, o Ceará derrotou o Bragantino por 2x0, subindo de forma provisória para a 7ª colocação, e ainda sonhando com o G4, fato esse impossível de acontecer na realidade, somente em sonhos.

NOTA 2- O BRASILEIRÃO NA RETA FINAL 

* Na tarde de hoje teremos a continuidade da 32ª rodada do Brasileirão, que no seu final representará 84% de jogos já realizados. Essa foi iniciada na última segunda-feira com o jogo entre Santa Cruz 0 x Botafogo 1.

São Paulo x Ponte Preta fazem o único encontro do sábado, com perfis bem diferentes. O tricolor do Morumbi com 39 pontos, ainda não conseguiu fugir do carrasco da degola,e esse encontro é por demais importante para que possa se aproximar dos 45 pontos que é a marca do disco final.

Quanto ao time de Campinas, a situação é mais tranquila. Ainda luta pelo G6 e já saiu do perigo, com os seus 45 pontos. O jogo será bem interessante, e acreditamos pelo que jogou na última rodada contra o Fluminense, o São Paulo será o vencedor.

Na luta pelo título, o Palmeiras tem 77% de chances para alcança-lo, contra 19% do Flamengo, 3% do Atlético-MG e 1% do Santos.

O alviverde paulista irá enfrentar o Sport, e o rubro-negro de volta ao Maracanã, o combalido Corinthians. Ambos tem chances de vitória, e com isso prolongar a luta para a próxima rodada.

No caso do rebaixamento, pelo menos seis clubes estarão em campo procurando pontos para escapar do sofrimento que isso representa.

O Figueirense que joga fora com o Atlético-MG, tem 85% de chances para ser rebaixado, e o jogo de amanhã poderá leva-lo mais ainda ao fundo do poço.

Um outro sério concorrente à degola, o Vitória da Bahia irá enfrentar como mandante o Cruzeiro, que vem subindo na competição, mas teve um jogo difícil no meio da semana pela Copa do Brasil. O time baiano tem 37% de chances para sofrer a degola, e o mineiro 14%.

O Internacional tem pela frente o Grenal, que pela tradição é um jogo difícil. Precisa ganhar, desde que apesar da boa vitória contra o Flamengo, ainda tem 29% de chances para a queda.

O Sport Recife que joga no Allianz Parque contra o líder Palmeiras, pelo futebol que vem jogando dificilmente terá um resultado positivo, e corre o risco dependendo dos demais resultados, no caso de uma derrota, ingressar na ZR. O rubro-negro tem 20% de chances para ser degolado, o mesmo percentual do Coritiba, que joga em casa contra o Fluminense.

O público que tem sido constrangedor deverá melhorar, em especial por conta do Maracanã que estará lotado com o retorno do Flamengo.

Para alguns, a única coisa que tem que ser feita é rezar por conta de suas situações na competição.

NOTA 3- COMPARAÇÕES DOS FUNDAMENTOS

* No Brasileirão, em oito fundamentos aconteceu um empate entre Santa Cruz e Sport (4 para cada lado), conforme os dados do site da Gazeta Esportiva.

Por outro lado o rubro-negro tem 14 pontos de diferença para o tricolor, por conta das finalizações que foram convertidas em gols.

PASSES CERTOS- SANTA CRUZ - 10.107- SPORT 9.672.

LANÇAMENTOS CERTOS- SANTA CRUZ- 51O- SPORT- 446-

CRUZAMENTOS CERTOS- SANTA CRUZ- 151- SPORT- 105.

DESARMES CERTOS- SANTA CRUZ- 487- SPORT- 444.

DRIBLES CERTOS- SPORT- 118- SANTA CRUZ- 93-

FINALIZAÇÕES- SPORT- 150- SANTA CRUZ- 104-

GOLS PRÓ- SPORT- 40- SANTA CRUZ- 35.

GOLS CONTRA- SPORT 48- SANTA CRUZ-58.

Na análise dos números, verificamos que a defesa tricolor tem boa parte na responsabilidade da derrocada do time. Se o clube tivesse um analista de estatísticas teria detectado o fato antes de ser rebaixado.

Futebol é para profissionais e não amadores. 

NOTA 4- UM PÉSSIMO RANKING DE NEYMAR

* O jornal espanhol ¨Marca¨, fez uma análise dos batedores de pênaltis das cinco maiores Ligas da Europa, e a constatou que Neymar é o segundo pior batedor da história desses campeonatos.

No último jogo do Barcelona no Camp Nou, quando goleou o Manchester City por 4x0, o atleta brasileiro perdeu mais uma penalidade.

Segundo o levantamento do jornal, entre os jogadores que bateram 15 pênaltis ou mais nas cinco Ligas, Neymar tem o segundo pior aproveitamento. Em 15 cobranças errou em seis e acertou nove. Um aproveitamento de 60%, melhor apenas que o eslovaco Hamsik, que bateu 16 e converteu 7, aproveitamento de 43,7%.

Na lista dos cobradores, aparecem outros brasileiros, Diego Costa (17 pênaltis e 13 gols), Grafite (15 pênaltis e 13 gols) e Nenê (18 gols e 16 gols).

O melhor aproveitamento é do italiano Pazzini, que fez 17 gols em 18 cobranças (94,4%) de acerto.

O que irão dizer os nossos ufanistas?

NOTA 5- UM MODELO QUE DEU ERRADO

* A foto de Alírio Moraes, presidente do Santa Cruz, numa reunião com os funcionários grevistas do clube, além de constrangedora, é a demonstração que a sua gestão utilizou um modelo que deu errado. Nada mais representativo.

Na realidade não houve nenhum projeto para o futebol tricolor, como também para os demais setores.

Se tivesse um orçamento e o cumprisse, não estaria nessa situação de dar satisfação a quem não recebe pelo menos a cinco meses.

Por menor que fosse a receita do clube, as despesas teriam que ser compatíveis.  Com a casa organizada poderia ter produzido muito além do que foi realizado, que culminou com o rebaixamento para a Série B.

Trabalhar com o ovo dentro da galinha é inviável e o prenúncio de uma morte anunciada.

Sem organização, planejamento estratégico nenhum clube conseguirá sobreviver, e o Santa Cruz não mostra nada que possa vislumbrar um futuro mais promissor.

O vice-presidente deu uma declaração que demonstra a realidade do clube, quando afirmou que  foco em 2017 será o estadual, para manter a hegemonia tricolor na década.

O dirigente ainda não entendeu que esse tipo de competição já morreu e faz parte do passado.

A nacionalização do futebol é uma realidade, e quem não embarcar nesse navio não terá vida longa.

Apenas um aviso: não existe solução sem a adequação ao binômio, Receitas x Despesas, cuja placa com essas palavras, deveria ser colocada na mesa do presidente.

Lamentável.